Capítulo 13

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Uma queda geral nas temperaturas e o inverno finalmente chegou em sua devida época.

Nárnia se preparando para comemorar os seus dois dias de Natal, com direito a um banquete extravagante feito com sopas, tortas com cremes de frutas, carnes e vinhos. Brincadeiras na neve tipo descer ladeiras com trenó, montar bonecos de neve, pique pega nos lagos congelados e por aí vai.

Durante a tarde éramos agraciados com peças de encenações extrovertidas, uma parte do povo sempre prepara essas apresentações e no final de cada uma delas, jogamos folhas de louro para demonstrar o quanto gostamos.

Antes do banquete ser iniciado, trocamos cartas relevando segredos ou sentimentos com quem mais temos afinidade e durante a madrugada é chegada a tão aguardada hora, os recebimentos dos presentes diretamente do Papai Noel.

Lenhas de carvalho na lareira, azevinhos, viscos, pinheiros e velas decorando o castelo. Uma linda árvore de natal no meio do salão principal e vestimentas adequadas para o frio como por exemplo, meias e cachecóis de algodão, luvas de veludo e mantos de pele.

Assim é o natal em Nárnia.

Quando as meninas e eu conhecemos o papai noel pela primeira vez ficamos abismadas, tantos anos vivendo nessa terra mágica e ainda assim conseguimos nos surpreender.

Eu me tornei um tipo de rainha do qual tenho certeza que Somi ficaria orgulhosa, apesar de não matar entro nas batalhas para ajudar, o meu povo não reclama e minhas amigas me apoiam.

Isso não quer dizer que eu tenha paciência ilimitada, durante alguns confrontos com narnianos rebeldes sobreviventes da guerra de beruna, eu cedi a minha raiva e acabei lutando com muitos deles, não matei mas também não fui tão piedosa, aqueles criminosos ficaram bem machucados e estão até hoje na masmorra.

Fazendo companhia a Nikabrik.

Irene fez questão de mantê-lo vivo só para deixar que ele tivesse uma vida vegetativa, sem nada poder fazer além de encarar as celas que o prendem lá embaixo. Irene e eu temos alguns momentos dos quais não consigo explicar, quando eu era só uma garota pouco desenvolvida ela quase não me olhava direito, agora que sou uma mulher com corpo esbelto ela parece me notar.

Nós crescemos e nos tornarmos mulheres admiráveis, porém, nossas mentalidades são testadas a todo momento.

--- Tofu acorda! - Invadi seu aposento consumida por euforia. --- Jihyo fez a neve parar de cair - Me joguei no corpo da coreana que resmungou. --- Vamos correr no lago congelado!

--- Sannie - Abriu um dos olhos fitando a varanda. --- O sol ainda nem apareceu, volte a dormir.

--- Por favor...

Deitei em cima dela abraçando os seus ombros, a mulher está de bruços com os braços escondidos no travesseiro.

--- Vá sozinha - Seu empurrão me fez cair no chão.

Emburrada me retirei dali e o alvo foi Choi Mina, a mulher acabará de entrar no corredor usando uma túnica longa e nas mãos uma xícara com chocolate quente, chamei seu nome ganhando seus olhares em mim.

--- Não consegue dormir?

--- A neve parou cair!

--- Imagino que queira se divertir lá fora - Sorriu levemente saboreando sua bebida.

--- Dahyun não quer ir comigo, ela anda tão chata ultimamente.

--- Eu vou com você - Irene apareceu no corredor.

Tão linda como no início...

É estranho saber que nós quatro crescemos e por isso nossa aparência amadureceu, o que mudou bastante nossa fisionomia, de longe não éramos nem um pouco parecidas com aquelas garotas do começo.

Crônicas De Nárnia                                              ( TWICE )Onde histórias criam vida. Descubra agora