13. Lago Tveitevannet

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Um mês se passou. A primavera inundou as ruas de Bergen enchendo-a de flores, especialmente as minhas favoritas, tulipas. As temperaturas subiram ligeiramente e a vida voltou a ter cor ao saber que o Hans hoje voltaria.

Ele chegaria por volta das seis da manhã.

Acordo à sete e trinta e oito. Quando vejo que o Hans tinha mandado uma mensagem, disse que tinha uma surpresa para mim. E que iria-me buscar por volta das três da tarde.

Fiz todos os trabalhos que tinha a fazer enquanto ouvia a minha música favorita dos Artic Sparks.

Depois almocei com as meninas. Fiz uma maquilhagem simples e no cabelo coloquei um laço. Vesti um vestido de primavera, com flores.

Quinze minutos antes das três o meu coração começa a bater aceleradamente. Não sabia como Hans tinha esse efeito sobre mim.

Olho pela janela e finalmente  vejo o seu carro, desço as escadas depressa.

Quando ele sai do carro vou a correr abraça-lo e ele dá-me um beijo na bochecha.

-Preciso que tu uses esta venda- ele diz- já agora estás linda, estrelinha.

-Obrigada- coloco a venda nos olhos e ele ajuda-me a ir até ao lugar do passageiro.

A viagem durou cerca de 15 minutos.

-Chegamos.- Ele diz e tira-me a venda. Rapidamente percebo onde estou, no Lago Tveitevannet, sei que o nome parece inventado mas existe, podem ir ao Google se quiserem. Tinha um barco na àgua, com uma guitarra. Presumo que seja para darmos um passei de barco. Quando olho para o Hans ele está com um buquê de tulipas, as minhas flores favoritas.

-Obrigada- abraço-o.

Ele ajuda-me a entrar no barco e ficamos lá à conversa por uns vinte minutos até que ele pega na guitarra e diz.

-Hmm bem, estrelinha, queria cantar-te esta música.

"Agarra minha mão
Não tenhas medo
Deixa os pássaros cantarem
Pela ultima

O fim do mundo está perto
Mas não interessa
Porque o meu amor prevalece

Deixa a primavera chegar
O nosso amor não irá acabar
Pelo menos até ao fim do mundo
Irei-te amar

Prometi te amar
Até ao fim
E vou-o fazer
Até não conseguir mais respirar"

Reconheço rapidamente, aquilo tinha sido eu a escrever. Como ele teria consequido um poema meu? Pergunto-me. É óbvio. Joanne. Ela teria-lhe enviado aquilo. E ele cantou aquilo para mim.

-Amo-te- foram as únicas palavras que consegui pronunciar no fim daquilo.

-Também te amo, estrelinha- ele diz com um sorriso na cara.

Este nosso amorOnde histórias criam vida. Descubra agora