9. Entrevistas

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Fui convidada para fazer um entrevista para falar sobre isto. Eu tenho de esclarecer tudo. Tenho de ser eu a o fazer.

***

Entrevistadora: Então, Martina, é verdade que é a estrelinha do Hans?

Martina: Ele trata-me assim. Mas nós não temos nada.

Entrevistadora: Então se não teve nada com ele. Porque motivo é que ele saiu do palco.

Martina: Eu estava a sentir-me mal.

Entrevistadora: Desculpe, mas nenhum homem faria isso sem estar apaixonado.

Fogo... a mulher não acreditava. Olhei para a janela atrás de mim. Lá fora chovia, muito.

Martina: Desculpe. Mas eu não tive nada com o Hans. Nós conhecemo-nos. Tornamo-nos amigos. Só isso nada mais... sou fã da banda. Fui a um concerto. Senti-me mal. Ele preocupou-se comigo e foi até mim. Como um bom amigo.

O Hans de repente entra na sala.

-Martina. - ele diz- Eu dei-te autorização para falares de nós os dois? Eu não o fiz. E não queria que o fizesses. Martina é isso que me magoou. Vim a correr. O Soren é que me contou. Agora, por favor, estrelinha, se vais responder a uma entrevista sobre nós os dois... diz que nós não somos só amigos. Porque amigos não olham um para o outro como nós fazemos. Eu apaixonei-me por ti desde o momento que te vi. Posso ser mulherengo? Sim. Mas nunca me senti assim por outra mulher. Por isso cancela a entrevista, e foge comigo.

Ele empurra as câmeras que nos filmavam, tirou o cartão de memória e ameaçou a jornalista.

-Se a senhora publica qualquer um destes momentos será processada.

A mulher não diz nada.

-Vens comigo?- ele pergunta.

-Vou, mas está a chover e muita.

-Tens medo de uma chovinha?

-Não.

-Então vem comigo- ele pega na minha mão e vai comigo a correr.

-Deviamos fazer isto mais vezes- rio.

-É.-ele ri-se.

-Sempre tive o sonho de dançar à chuva.

-O quê?

-Para de ser burro. Eu quero dançar contigo- digo e começo a rir-me.

Começamos a dançar no meio da rua desajeitados

-Tu tinhas tido que me amavas... quero que saibas jeg elsker deg også.-sossurro com a cabeça no seu peito.

-O quê?

-Nada, nada- minto.

Depois da vergonha na rua, ele acompanha-me até casa. Despedimo-nos com um abraço.



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