Capítulo Dezesseis
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ㅤㅤNa manhã seguinte, o trio havia saído bem cedo de seus dormitórios para correr até o corujal e despachar uma carta para Sirius contando sobre tudo que descobriram de Sr. Crouch e sobre Harry ter ido a floresta proibida. Todos os três estavam exaustos depois de passarem quase a noite toda conversando sobre Crouch.Durante a tarde, eles tiveram aula de História da Magia e depois Defesa Contra Artes Das Trevas com Prof. Moody, que também conversou brevemente sobre o ocorrido da noite passada. No dia seguinte, Sirius devolveu a coruja de Potter com uma mensagem preocupada pelo garoto ter ido a floresta proibida. No conteúdo pedia que ele tomasse cuidado e praticasse estuporamento e azarações para terceira prova do Tribruxo. Sirius temia pela segurança de Harry e ordenou que o garoto ficasse em Hogwarts todo o tempo e não saísse para nada, nem mesmo para visitá-lo. Harry sentiu uma leve chateação e raiva pela preocupação excessiva de seu padrinho, resmungando que no tempo dos marotos, Sirius aprontava o tempo inteiro e não ligava para as consequências.
Os dias que se seguiram, Harry passou quase todo o tempo livre na biblioteca com Hermione e Ron, consultando nos livros sobre azarações ou em salas de aula desocupadas em que eles entravam às escondidas para praticar. Se concentrando no Feitiço Estuporante assim como Sirius havia indicado.
Harry mal via Malfoy, com o pedido alarmante do padrinho, ele estava tão focado na terceira prova que não conseguia se concentrar em outra coisa. Ele e Draco apenas tinham encontros coincidentemente pelos corredores quando ambos estavam acompanhados de seus colegas de casas. Os dois acabavam se insultando para manter as aparências. Potter apenas focava seus pensamentos em Draco quando ia até a biblioteca e parava no mesmo lugar que eles deram seu primeiro beijo.
Os dias pareciam normais agora no castelo, ele e Ron correram juntos para sua última aula: Adivinhação na Torre Norte. Harry se sentia tão cansado com tudo que acabou adormecendo ali mesmo. Foi na aula da Profª. Sibila que ele foi atormentado com um sonho que causou tremores por todo seu corpo.
No sonho, uma coruja voava para dentro de uma casa decrépita e tenebrosa, que parecia completamente abandonada. O grifinório se sentiu muito incomodado quando entrou naquele ambiente. A ave continuou sobrevoando em direção as escadarias que davam para o segundo andar, e Harry a seguiu, subindo os degraus um passo de cada vez com cautela para a madeira velha não ranger. A ave planou sobre o longo corredor e foi ao que parecia ser o último cômodo da casa.
Ao adentrar atrás da coruja em um quarto escuro onde não havia outras saídas, Harry sentiu a atmosfera desoladoramente hostil. As janelas eram pregadas com tábuas e as paredes estavam mofadas e com infiltrações. Não havia quase nenhuma luz, exceto a que vinha da lareira. A coruja pousou em uma poltrona e o garoto pôde ver duas formas escuras no chão, as sombras de duas silhuetas. Uma era de uma enorme cobra e a outra de um homem, este era muito baixinho e calvo, ambos estavam de costas para Harry. Havia outro homem também, que o garoto conseguia ver com clareza. Ele reconheceu este pela sua fisionomia.
Os cabelos eram louros mel e muito ressecados, seu olhar profundo e desonesto, as orelhas e nariz pontudos e os dentes grandes como de um roedor, era Rabicho.
A cobra sibilava a medida que o homem de estatura baixa vociferava para Rabicho. O homem parecia está descontente com algum erro cometido pelo outro. Desafortunadamente, o pequeno homem levantou sua mão pálida quase esquelética e apontou uma varinha em direção a Rabicho que suplicava por misericórdia.
Harry conseguia ver ali, no sonho, Voldemort torturar Rabicho com o feitiço Crucios.
Quando acordou, Harry estava caído sobre o chão da sala e sua cicatriz ardia e doía com uma intensidade inimaginável. Toda a turma da Profª Sibila estava em volta dele. Quando a professora de Adivinhações lhe encheu de perguntas acreditando que o garoto tinha tido visões do futuro, o grifinório mentiu dizendo que não era nada, embora sua postura mostrasse o oposto. O garoto tocava levemente a cicatriz em sua testa e pediu a professora para poder ir até a Ala hospitalar alegando sentir uma leve dor de cabeça. Quando conseguiu finalmente convencer-la, ele saiu apressadamente da sala, mas não foi a Ala hospitalar seu foco, e sim o escritório de Dumbledore, como instruído por Sirius caso sua cicatriz voltasse a doer.
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November Rain • Drarry
FanficQuando Potter é um dos escolhidos para o Torneio Tribruxo, a inveja e a raiva de Draco Malfoy atingem novos níveis. Um dia, junto com seus colegas da Sonserina, ele resolve elaborar um plano para fazer Potter pagar por "trapacear". O que Malfoy não...