Flerte, sorriso e algumas bobagens

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Capítulo Cinco

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Segunda-feira
19 de dezembro de 1994.

ㅤㅤUma semana. Draco havia tentado durante uma semana e, apenas em outras duas ocasiões conseguira chegar até Potter e se desculpar, mas Harry nem sequer dava oportunidade para que Draco articular suas desculpas, pois o grifinório fugia mais rápido que o diabo fugindo da cruz, assim que ouvia as palavras: "me desculpe". E Draco praguejava, murmurava e cuspia todas as ofensas existentes que conhecia para Potter.

Quem Potter achava que era para não aceitar suas desculpas? Mesmo que essas fossem completamente falsas? Maldito era Harry Potter. Com o seu ridículo senso de moralismo. Tão irritante. Idiota. Certinho e... Perfeitinho.

O ódio do sonserino pelo grifinório só aumentavam cada vez mais.

─ Eu me recuso! ─ gritou, sua voz repercutia apreensão misturada com irritação. ─ Não vou continuar me humilhando para aquele moleque nojento, Pansy. Ele nem sequer olha para mim. Você tem noção de que eu fiquei perseguido ele pelos corredores por dias tentando encontrá-lo sozinho e as duas vezes em que finalmente conseguir ele me ignorou e fingiu que eu não existia? Isso é humilhante, eu sou a porra de um 𝘔𝘢𝘭𝘧𝘰𝘺! ─ enfatizou, deslizando os dedos sobre o cabelo de forma descontrolada para trás, impotente.

E Pansy só soube revirar os olhos.
─ Tudo bem, Draco. Você não precisa mais se desculpar com ele. Caramba, você é tão dramático. ─ a garota pegou o pergaminho do plano que estava sobreposto na mesa de Draco e começou a lê-lo com atenção redobrada. ─ Vejamos. Você já se desculpou, acho que já está na hora de colocar em prática a segunda fase. Sua quedinha por Potter.

─ Não sei como farei para aguentar isso, é torturante. Um crucios doeria menos. ─ declarou cabisbaixo, a melancólica tinginda em seus olhos azuis.

Pansy ignorou e continuou analisando o pergaminho.

─ Que tal, hã... hoje no jantar? Você pode sorrir para ele e quando ele te notar, desvie o olhar de forma tímida, como se não esperasse que ele percebesse. Jogue todo o seu charme sonserino e confunda a mente dele.

Draco revirou os olhos com exasperação e deitou-se na cama, com os dedos cruzados atrás da cabeça.

─ Que tal eu lançar um incedio erupto nele? Parece melhor. ─ respondeu de forma displicente, lançando um olhar frio para a amiga.

Pansy segurou a risada e estalou a língua no céu da boca. Ela verificou o relógio e colocou alguns fios de seu cabelo atrás da orelha.

─ Idiota. Mesmo se você quisesse só vamos aprender esse feitiço no próximo ano. Então deixe dessas bobagens e vamos, só temos vinte minutos até o jantar. Eu voltarei para o meu dormitório e você vai ter que se preparar porque hoje é o seu grande dia!

─ Me preparar? Só se for psicologicamente. ─ interrompeu Draco, sem ocultar a acidez no tom de suas palavras.

Pansy riu e agarrou o cotovelo de Draco puxando-o para se levantar, lutando para empurrar o loiro em direção ao banheiro, que resistia.

─ Vamos, se arrume e fique bem bonito para o seu grifinório.

Draco murmurou baixinho um xingamento e entrou no banheiro. Se amaldiçoando por está fazendo exatamente o que Parkinson propôs. Mas antes que fechasse a porta ele gritou alto o suficiente para que a morena ouvisse.

─ Aliás eu levo muito mais do que vinte minutos para ficar gostoso. Não é atoa que eu sou um dos mais cobiçados de Hogwarts!

Pansy bateu a porta rindo e Draco esfregou os olhos focando-se em começar a se preparar para a refeição do jantar. Inspirou profundamente e expirou longamente. Aquele plano estava acarretando tantas frustrações que Draco mal podia contar.

November Rain • DrarryOnde histórias criam vida. Descubra agora