O início das aflições

330 58 183
                                    

Capítulo Dezessete


ㅤㅤ
Sábado
24 de junho de 1995.

ㅤㅤNo café da manhã da terceira prova foi uma tertúlia barulhenta na mesa da Grifinória. O correio-coruja apareceu trazendo para Harry um pequeno pergaminho com a impressão de uma pata de cachorro enlameada, o que fez o grifinório sorrir. Era uma carta de Sirius.

"Estou assegurado que tenha praticado bastante para a última prova assim como indiquei. Independente de qual for o resultado sei que fará o seu melhor. Tome cuidado e boa sorte, Harry!"

Naquele mesmo dia os alunos tiveram seu exame de História da Magia, exceto Harry que estava dispensado dos testes do fim do trimestre por ser um dos participantes do torneio. Ainda pela manhã, o rapaz foi chamado para se reunir em uma câmara ao lado do salão, aonde as famílias de todos os campeões estavam os aguardando para ver-los antes na prova.

Harry surpreendeu-se, ele não tinha família e os Dursley não eram bem o melhor exemplo que ele poderia considerar como "a sua".

Perplexo e desacreditado que os Dursley estariam lá para ver-lo, ele caminhou, ponderando sobre a conversa que poderia ter com eles, mas para sua surpresa e alívio foi a Sra. Weasley e seu filho mais velho Bill quem apareceram. Os três conversaram bastante e Harry os levou para passear pela propriedade, mostrando-lhes a carruagem de Beauxbatons e o navio de Durmstrang. Depois, voltaram para o salão principal para almoçar.

Já pela parte da tarde, Harry passeou com os dois ao redor de Hogwarts e voltaram apenas na hora do banquete da noite. Haviam muito mais pratos com comida naquele dia e muitos rostos empolgados para o começo da prova. Harry analisou atentamente o salão principal. O chefe do Departamento de Jogos e Esportes Mágicos, Ludo Bagman, estava excessivamente animado sentado à mesa dos professores, ao lado de Cornélio Fudge, que por sua vez estava calado e com uma expressão muito séria.

Ao observar todos por um tempo, Harry que antes estava confiante agora começava a ficar nervoso. O garoto apenas conseguiu mastigar uma maçã e rodelas de beterrabas cozidas.

Quando o teto encantado do salão começou a desbotar de azul para um violáceo crepuscular, Dumbledore se ergueu da mesa dos professores e o salão todo ficou em um repleto silêncio. O diretor pediu a todos que dentre cinco minutos se encaminhassem ao estádio de quadribol para assistir à última tarefa do Torneio Tribruxo. Já os campeões, que acompanhassem o Sr. Bagman ao estádio imediatamente.

Harry levantou da mesa com aplausos de sua casa Grifinória e um 'boa sorte' vindos de Hermione e Ron. O rapaz dirigiu-se à porta do Salão Principal ao lado de Cedric, Fleur e Krum. Todos os quatros junto com Sr. Bagman chegaram no estádio pouco depois.

O campo de quadribol estava tomado por sebes verdes-escuras de aproximadamente seis metros de altura. Havia uma abertura diante deles: a entrada para o imenso labirinto cuja a passagem adentro era caliginosa.

Cerca de cinco minutos mais tarde, todas as arquibancadas estavam lotadas de alunos, professores, jurados e até uma orquestras que também tocava. Os torcedores assobiavam e gritavam os nomes de cada campeão, assim como agitavam cartazes e bandeiras das escolas.

Harry mirou seus amigos e companheiros de casa que recitavam em coro de encorajamento, o que o fez sorrir agradecido. Isso o deixara mais corajoso para o desafio que estava prestes a enfrentar.

─ Vamos patrulhar o lado externo do labirinto. ─ disse a professora Minerva aos competidores. ─ Se estiverem em apuros e quiserem ser socorridos, disparem faíscas vermelhas para o ar com as varinhas e iremos buscá-los, entenderam?

November Rain • DrarryOnde histórias criam vida. Descubra agora