Capítulo 4: O guardião das chaves (parte 2).

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"Ele se sentou, fitou o fogo durante alguns segundos e então falou:
— Começa, eu acho, com.. Com uma pessoa chamada, mas é incrível você não saber o nome dele, todo o mundo no nosso mundo sabe...
— Quem?
— Bom... Não gosto de dizer o nome dele se puder evitar. Ninguém gosta."

- Isso ainda continua? - James perguntou revirando os olhos.

- No meu tempo não, ninguém tem medo desse nome lá. - disse Harry, em seu tempo, até crianças falavam esse nome, quem ainda tinha um pouco de receio eram os mais velhos, mas falavam mesmo assim.

Os de 1977 ficaram impressionados, mas também felizes, tinha passado.

"— Por que não?
— Gárgulas vorazes, Harry, as pessoas ainda estão apavoradas. Droga, como é difícil. Olha, havia um bruxo que virou... Mau. Tão mau quanto alguém pode virar. Pior. Pior do que o pior. O nome dele era...
Hagrid engoliu em seco, mas não conseguiu dizer nada.
— E se você escrevesse? — sugeriu Harry.
— Não, não sei soletrar o nome dele. Está bem, Voldemort. — Hagrid estremeceu. — Não me faça repetir. Em todo o caso, esse... Esse bruxo faz uns vinte anos agora, começou a procurar seguidores. E conseguiu alguns por medo, outros porque queriam ter um pouco do poder dele, sim, porque ele estava ficando poderoso. Dias funestos Harry, ninguém sabia em quem confiar, ninguém se atrevia, a ficar amigo de bruxas ou bruxos desconhecido. Coisas horríveis aconteciam. Ele estava tomando o poder. E claro que algumas pessoas se opuseram a ele, e ele as matou. Terrível. Um dos únicos lugares seguros que restaram foi Hogwarts. Acho que Dumbledore era o único de quem Você-Sabe-Quem tinha medo. Não ousou se apoderar da escola, não no começo, pelo menos.
Ora sua mãe e seu pai eram os melhores bruxos que eu já conheci."

Os citados sorriram.

"Primeiros alunos em Hogwarts no seu tempo! Suponho que o mistério era por que Você-Sabe-Quem nunca tentou convencer os dois a se aliar a ele antes... Provavelmente sabia que eram muito chegados a Dumbledore para querer alguma coisa com o lado das Trevas. Talvez ele achasse que podia convencê-los... Talvez quisesse tirar os dois do caminho. Só o que sabemos é que ele apareceu na vila em que vocês estavam morando, num dia das bruxas, faz dez anos. Na época você só tinha um ano de idade. Ele foi à sua casa e... E..."

Marlene respirou fundo, não gostava de saber disso.

Ninguém gostava.

"Hagrid puxou depressa um lenço muito sujo e manchado e assoou o nariz, fazendo o barulho de uma buzina de nevoeiro.
— Desculpe — disse. — Mas é muito triste, conheci sua mãe e seu pai e não podia existir gente melhor, em todo o caso... Você-Sabe-Quem matou os dois. E então, e esse é o verdadeiro mistério da coisa, ele tentou matar você. Queria fazer o serviço completo, acho, ou então tinha começado a gostar de matar. Mas não conseguiu. Você nunca se perguntou como arranjou essa marca na testa? Isso não foi um corte normal. Isso é o que se ganha quando um feitiço poderoso e maligno atinge a gente, destruiu os seus pais e até a sua casa, mas não fez efeito em você, e é por isso que você é famoso, Harry."

- Mas por que ele não conseguiu? - James perguntou virando-se para Harry.

- Vocês vão saber depois, tem tudo no livro. - ele respondeu somente isso.

"Ninguém nunca sobreviveu depois que ele decidia matá-lo, ninguém a não ser você, e ele já havia matado alguns dos melhores bruxos da época, os McKinnon"

Marlene parou de repente, havia lido sem nem perceber. Ela havia...

- Não... - Lilian sussurrou com os olhos marejando - Lene...

Era dos Marotos lendo: Harry Potter e a Pedra Filosofal.Onde histórias criam vida. Descubra agora