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Me despedi dela e fui para a saída do hospital e vi que tinha bastante polícia por aqui, então o Diogo deve ter ido embora. Peguei meu celular para ligar pra ele que não demorou muito e atendeu.

Chamada on

Liz: Você está aonde? Aqui está cheio de polícia.

Morte: Estou escondido, mas consigo te ver. Vai para o ponto de ônibus que te busco lá.

Chamada of

Ele fala isso e desliga. Faço o que ele falou e procuro ele olhando para os lados, já que ele disse que consegue me ver.

Vou caminhando até o ponto de ônibus e fico em pé esperando ele aparecer que logo aparece.

Morte: Vamos rápido, se segura.

Me segurei na cintura dele abraçando com força para não correr o risco de cair, porém infelizmente ele passou correndo rápido demais por algumas viaturas. Que merda.

Liz: Eles estão nos seguindo.

Morte: Já fugiu da polícia antes loira?

Liz: Não. - Falo desesperada

Morte: Então se segura, porque sua primeira vez vai ser foda. - Me seguro com mais força na cintura dele e consigo ver pelo espelho as viaturas chegando perto. Como já está tarde, as pistas não estão tão cheias.

Ele vai correndo rápido e entrando em várias ruas diferentes, mas mesmo assim eles estão na cola.

Morte: PEGA MINHA PISTOLA.

Liz: TÁ MALUCO? EU NÃO SEI USAR.

Morte: OU VOCÊ ATIRA NELES, OU ELES NÃO NÃO SAIR DA NOSSA COLA.

Droga. Droga. Pego a pistola da cintura dele e faço que nem via nos filmes, para destravar a arma, pelo visto deu certo. Com uma mão eu aponto a pistola para as viaturas e com a outra fico segurando a cintura dele.

Dei o meu primeiro disparo que acertou uma das viaturas, logo dei mais alguns tiros e um deles acertou o pneu de um dos carros que fez com que ele capotasse. Isso nos deu tempo de conseguir fugir.

Chegamos na entrada do morro e ele falou para ficarem de olho, que tinha polícia atrás dele. Ele seguiu até minha casa e eu entrei em choque com o que tinha acontecido.

Morte: Tudo bem loira?

Liz: Si..sim. - Me sento no sofá e olho para a pistola que eu ainda segurava na mão. Coloco ela no chão e cruzo as pernas no sofá.

Morte: Foi mal aí. Não queria que você passasse por isso.

Liz: Eu não consigo acreditar que eu atirei em um polícia, talvez não tenha pega nele, mas eu atirei nele, né? O que eu fiz? Será que eles vão saber quem eu sou? Será que vou ser presa? Se eu for presa, vão anunciar no jornal?

Morte: Caralho, calma loira. Fica suave, não é pra tanto tudo isso.

Olho para ele que me olhava e que logo senta do meu lado me puxando para deitar no peitoral dele.

Morte: Fica tranquila, não vou deixar nada acontecer com você. Se eles vinherem atrás de você, eu mato cada um deles.

Liz: Acho melhor eu ir dormir. - Me levanto do sofá indo para o quarto e vejo que ele continua sentado. - Você não vem?

Coringa: Posso?

Liz: E porque não poderia?

Ele vem e tira a roupa ficando só de cueca novamente e eu coloco a roupa que eu estava usando antes.

Me deito no canto da parede e ele fica na ponta e logo vem se chegando para que eu faça um cafuné nele.

Papo reto mesmo, acho que eu nunca me imaginaria viver isso aqui. Eu tô gostando dele, não vou mentir, sou muito fácil de me apaixonar.

Morte: Tá caladinha assim porque, tá pensando em algo?

Liz: Não, só estou pensando em como a Sol deve estar agora e a doideira que foi até chegar em casa.

Morte: Meu mundo é assim loira, isso que você passou hoje, foi fraquinho.

Liz: Mais fraco que fugir da polícia? Impossível!

Morte: Te juro. - Ele levanta a cabeça e olha pra mim - Vou ensinar alguns meninos a atirar, tu não quer ir não?

Liz: Amanhã?

Morte: Sim. Bora?

Liz: Amanhã não tem como né filho, vou pro hospital.

Morte: Suave, mas você não me escapa.

Liz: Tá bom. Vamos dormir?

Morte: Bora, tô cansadão.

Acabo rindo e deitamos para dormir. Hoje o dia foi longo.

No morro da RocinhaOnde histórias criam vida. Descubra agora