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Estava de frente com a Morte, já falei que esse nome é estranho? porque eu achei muito estranho.

Morte: Pode sentar.

Olho para trás de mim e vejo que tem um sofazinho, me sento e olho para ele, agora que estou mais de perto da pra perceber que o cara é lindo viu, um puta de um gostoso.

Morte: Então o que a patricinha quer comigo?

Liz: Eu não sou patricinha, porque todo mundo me chama assim, meu Deus.

Morte: Calma porra. - Fico calada com o jeito que ele fala, curto e grosso. - Vai ver porque você se veste que nem uma, meio óbvio isso.

Liz: Apenas ando bem vestida, diferente.

Morte: Que seja, manda o papo.

Liz: Que papo? -

Morte: Além de loira e lerda. - Fala revirando os olhos. - O que você quer falar comigo?

Liz: Ata, tinha esquecido, precisa falar assim não.

Morte: Falo como eu bem quiser, adianta logo, tenho o tempo todo do mundo pra você não.

Liz: Grosso.

Morte: Te mostrar o grosso já, já.

Credo. Fala logo o que você quer falar com ele mulher.

Liz: Bom, o que eu quero falar com você é que e fiquei sabendo que tem algumas casas para serem alugadas, e eu quero alugar uma delas, mas preciso dar uma olhada primeiro.

Morte: Tranquilo. - Ele pega no notebook que estava em cima da mesa e começa a mexer em alguma coisa. - Chega aqui.

Olho para ele e fico parada sem saber o que fazer, tô com medo, vai saber porque o nome dele é morte.

Morte: Chega aqui cara, vou te morder não.

Me levanto e vejo ele rindo de lado, provavelmente foi do que ele falou.

Paro do lado dele e consigo ver de olho de canto ele me olhando de cima a baixo, porque esses homens são assim?

Morte: Então, esse aqui é o mapa do morro, os que estão de verde são casas que já estão alugadas e os de vermelho são casas para serem alugadas.

Liz: Hum, podemos ir ver?

Morte: Tá zoando?

Liz: Ué, você quer que eu alugue uma casa sem ver? - Ele respira fundo e se levanta ficando bem pertinho de mim, da para sentir nossas respirações juntas se misturarem com o cheiro forte de maconha. - Para ser mais fácil, quero uma casa pequena, um quarto está bom e que o aluguel seja barato.

Morte: Beleza, sei de duas.

Ele sai de perto de mim e vai até uma gaveta e pega algumas chaves ali de dentro e depois pega a pistola que estava na gaveta da mesa dele. Ele passa por mim e vai até a porta saindo, e eu vou atrás né.

Saímos da boca voltando para o beco novamente e ele sobe em cima de uma mota e fica me esperando subir, só que a moto e mais alta do que a do Wl e pelo menos ele me ajudou a subir.

Liz: Pode me ajudar a subir, pelo menos?

Morte: Caralho, serve nem para subir em uma moto.

Liz: Qual o seu problema cara, pô, sério mesmo?

Tento subir na moto sem a ajuda dele mesmo e ainda estou tentando, não gosto de moto e não saber subir em cima de uma e um problema.

Morte: Já é cara, deixa eu te ajudar.

Liz: Deixa, não precisa, eu vou conseguir. - Não consigo, meu Deus. - AAAAAAAH, desisto.

Acabo gritando de raiva por não consegui subir em cima da moto.

Morte: Posso te ajudar agora?

Liz: Pode.

Ele simplesmente desce da moto e coloca o pezinho para eu subir na moto que estava para cima ao invés de estar para baixo onde eu deveria colocar o pé para subir, era só isso? e eu tentando esse tempo todo.

Morte: Pronto patricinha, pode subir agora.

Olho com raiva para a cara dele que estava rindo de mim e consegui subir, com dificuldade mas consegui.

Morte: Segura. - Me seguro no gancho da moto. - Melhor você segura em mim.

Liz: Não, estou bem assim.

Pra que eu fui falar isso? Ele ligou a moto e eu quase caí para trás quando ele começou a andar e isso acabou me fazendo segurar na cintura dele. Que ódio, ele fez de propósito.

Ele foi bem rápido mesmo e logo chegamos em uma casa. 

Essa primeira eu não gostei muito não, era um quarto com um banheiro dentro e uma sala e uma cozinha.

A segunda casa era um kitnet, muito pequena mesmo, só tinha um banheiro e a cozinha era junto com a sala, ou seja, meu quero seria a sala junto com a cozinha, odeio.

A terceira casa era linda, uma sala com uma cozinha americana e um corredor que tinha um banheiro e no final do corredor um quarto com uma vista linda do morro. Essa casa é toda no porcelanato e a pia e a ilha da cozinha no mármore preto.

Depois a gente foi em mais uma casa mais eu gostei da terceira mesmo.

Voltamos para boca para resolver qual casa eu iria querer.

Liz: Eu gostei da terceira casa, achei linda. Qual valor dela?

Morte: Deixa eu ver aqui. - Ele vê no notebook- Casa da rua 9 sem saída, perto do mercadinho e perto da praça, ela está no valor de 450,00.

Liz: Qual o valor das outras casas que a gente viu? - Ele olha novamente para o notebook.

Morte: Elas estão no valor de 250,00.

Liz: Então pô, deixa eu pagar 250,00 também.

Morte: Pô, aí tu me quebra né.

Liz: Por favor!

No final de tudo ele deixou eu ficar com a casa, falou que vai ver algumas coisas que precisam ser ajeitadas lá e eu já posso pegar a chave segunda feira, hoje é sexta, então da tempo de ir vendo algumas coisas para a casa.

No morro da RocinhaOnde histórias criam vida. Descubra agora