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Morte

Acordo cedo e saio da cama sem acordar ela, ela pode achar que eu não percebi, mas só consegui dormir quando vi que ela tinha dormido. Ela passou quase a noite toda acordada, deve pensar no que ela se meteu em ficar comigo ou na menina lá, prefiro acreditar que ela estava preocupada mesmo.

Saio da casa dela e pego minha moto e vou voado para minha casa. Tomo um banho e troco de roupa. Pego meu cordão de ouro e meu relógio e saio de casa indo até a padaria.

Morte: Bom dia seu João. Me vê vinte reais de queijo e presunto e três reais de pão de sal, por favor.

João: É pra já Morte.

Vou até o frizzer e vejo que tem suco natural feito hoje. Pego dois, um de morango ao leite e outro de manga.

João: Morte, tudo aqui deu quarenta e três reais. Vai ser no dinheiro ou no cartão?

Morte: Vê quando que fica com esses dois sucos aqui. Esse bolo de chocolate e de hoje?

João: É sim. Colocamos agora pouco, deve estar quentinho ainda.

Morte: Beleza. Me da um pedaço dele também.

João: O suco está seis reais e a fatia de bolo está sete, o total de tudo ficou no valor de sessenta e dois reais.

Dou pra ele uma nota de cinquenta e uma de vinte e falei que ele poderia ficar com o troco. Volto para a casa da loira e vejo que ela ainda está dormindo.

Arrumo as coisas em cima do balcão e vou no quarto chamar ela para comer, já são oito horas.

Me sento ao lado da cama e dou um beijo na testa dela e chamo ela balançando para um lado e pro outro.

Liz: Deixa eu dormir Diogo.

Morte: Vamos levantar, você tem bastante coisa para fazer hoje e eu fiz um café da manhã para a gente.

Liz: Você fez? Duvido.

Morte: Se você levantar dessa cama vai ver que não estou mentindo.

Ela levanta e vai até a cozinha e fica de boca berta. Arrasei.

Liz: Nossa, arrasou em. Obrigada. - Ela vem até mim e me dá um abraço.

Sentamos para comer e ficamos conversando sobre o que cada um iria fazer hoje.

Liz: Seu irmão fica cuidando das coisas quando você não está?

Morte: Só confio nele para cuidar disso tudo aqui. Ele foi a única família que me sobrou.

Liz: E seus pais, o que houve com eles?

Morte: Isso e papo pra outro dia, jae?

Ela não fala mais nada e volta a comer o pão com o suco de morango. Como eu já tinha terminado de comer, levando e vou pra boca resolver umas paradas, falei que quando ela estivesse pronta para me avisar.

Chego na boca e cumprimentos os vapores que já estão aqui.

Entro na minha sala e vejo que meu irmão estava na minha mesa mexendo em alguns papéis.

Morte: Qual foi desses papéis todos?

Lc: Porra. Tô cheio de coisa pra fazer hoje, ainda bem que tu veio, tava precisando falar com você mesmo.

Morte: O que tá rolando? passa a visão da bagulho caralho.

Lc: Tá rolando burburinhos com o nosso x9 lá do morro do chapadão, que eles estão vindo com tudo. O menor só não sabe o dia que eles iram vir.

Morte: Tava bom demais para ser verdade. Vou avisar aos moradores que vamos entrar em toque de recolher, assim ninguém sofre.

Lc: Acho uma boa. Vou mandar o Wl brotar aqui também, precisamos dele. - Concordo com a cabeça.

Aqui no morro em cada beco, cada rua, cada escadaria em cada canto mesmo, tenho um alto falante, onde eu sempre passo recados importantes ou quando vai rolar festividade ou como hoje, que vou ter que avisar os moradores sobre essa invasão.

Meninas, peço que vocês tenham calma comigo, acabei de ser demitida essa semana do meu emprego, então está tudo uma correria.

Eu espero que vocês estejam gostando!

No morro da RocinhaOnde histórias criam vida. Descubra agora