Capítulo 31

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Harry on:

Voltar para a mansão Riddle depois da reunião do Wizengamot me deixa inquieto. A tensão entre Dorian, Tom e eu é enorme, e a preocupação com o julgamento de meu pai me consome. A conversa anterior com Dumbledore me trouxe algum alívio, mas as palavras de Dorian ainda ecoam na minha mente, alimentando minhas dúvidas e incertezas.

Assim que entro na mansão, sou recebido pelo silêncio. Tom está ao meu lado, também aparentando estar perdido em seus próprios pensamentos. Caminho pelos corredores, e ele me acompanha em silêncio, ambos absorvendo a tensão do dia.

"Vou falar com Isabelle," digo, quebrando o silêncio enquanto nos dirigimos para a biblioteca. Tom acena em concordância, indicando que ele vai revisar alguns documentos enquanto isso.

Encontro Isabelle em seu quarto, sentada na cama, folheando um livro. Seus olhos se iluminam quando me vê. "Harry! Você está de volta."

Sorrio, tentando parecer mais tranquilo do que me sinto. "Sim, voltei. Como você está?"

Ela suspira, fechando o livro. "Estou bem, mas preocupada com você. Você está sempre tão tenso e distante ultimamente. O que está acontecendo?"

Sento-me ao lado dela na cama, sentindo o peso de suas palavras. "Isabelle, eu... há muitas coisas acontecendo. O julgamento de nosso pai, Dorian tentando nos desestabilizar... é muita coisa para processar. Eu só estou um pouco cansado, mas vou ficar bem."Ela coloca a mão sobre a minha, seus olhos cheios de preocupação.

"Eu sei que é difícil, Harry. Mas você não precisa carregar tudo sozinho. Eu estou aqui para você."

Sinto um nó na garganta, tocado pela sinceridade de suas palavras. "Eu sei, Bells. Eu só não quero que você se preocupe com tudo isso. Já passou por tanta coisa."

Ela aperta minha mão, firme. "Harry, eu sou mais forte do que você pensa. E quero estar ao seu lado, enfrentando isso juntos."

Respiro fundo, sentindo a tensão diminuir um pouco. Acaricio suas mãos pequenas e macias nas minhas. "Obrigado, Isabelle. Prometo que vou tentar ser mais aberto com você."Ela sorri, um sorriso que ilumina o quarto. "Isso é tudo o que eu peço, Harry. Estamos juntos nisso."

Passamos um tempo conversando, eu lhe contando histórias e lembranças. É um momento de leveza em meio ao caos, e sinto que, apesar de tudo, ainda temos um ao outro.

Depois de algum tempo, Isabelle olha para mim com uma expressão séria. "Harry, e quanto ao Tom? Como estão as coisas entre vocês?"Hesito, sentindo a complexidade da situação.

"Tom e eu... estamos tentando trabalhar juntos. Ele tem sido um aliado valioso, mas é difícil confiar plenamente nele. Ainda há muita desconfiança."

Isabelle assente, compreendendo. "Eu sei que é complicado, mas talvez vocês possam encontrar um equilíbrio. Afinal, estamos todos no mesmo barco."

Sorrio, admirado com a sabedoria de minha irmã. "Você está certa, Bells. Vamos encontrar uma maneira."

Tom on:

Hoje foi um dia cheio, e mesmo assim, meus pensamentos foram sugados para o meu marido. Estamos juntos a um bom tempo, mas ainda há tantas pontas soltas.

Eu me vi sentado em meu escritório na mansão Riddle, uma pilha de documentos à minha frente, mas minha mente estava longe, vagando pelos corredores sombrios de Durmstrang, onde Harry passou seus anos de escola. Era fascinante para mim, tentar entender o que moldou o homem que ele se tornou, e a influência daquela escola sombria certamente deixou sua marca, e eu podia sentir a escuridão vazando da magia de Harry quando ele está com raiva.

Lembro-me das histórias que Harry compartilhou sobre a rotina em Durmstrang. As aulas eram rigorosas, com um foco intenso nas Artes das Trevas e nas habilidades mágicas mais obscuras. Os professores não tinham piedade e esperavam nada menos que excelência de seus alunos. Não era um ambiente para os fracos de coração, isso era certo.

E então, havia as interações com Dorian. Embora ele já houvesse me contado o que  acontecera entre eles na França, meu interesse estava na dinâmica que existia entre eles enquanto estudantes. Eu me perguntava como as diferenças ideológicas se manifestavam no dia a dia, nas salas de aula e nos corredores sombrios de Durmstrang.

Imagino Harry, jovem e determinado, navegando pelas complexidades daquele ambiente hostil. Seu talento e teimosia certamente o destacava, mas também suspeito que tenha havido momentos de desafio e conflito. Ele nunca foi do tipo a se esquivar de uma discussão, especialmente quando se tratava de seus princípios.

E ainda assim, apesar de todas as dificuldades, Harry emergiu daqueles anos com uma força e determinação que eu admirava profundamente. Sua jornada em Durmstrang moldou-o de uma maneira que eu mal podia compreender completamente, mas sabia que era uma parte fundamental de quem ele era.

Enquanto refletia sobre as experiências de Harry em Durmstrang, senti uma mistura de curiosidade e admiração. Não importa o quão sombrio ou desafiador o ambiente possa ter sido, Harry encontrou uma maneira de prosperar e crescer. Era uma lição que eu estava determinado a levar comigo, enquanto continuava a enfrentar meus próprios desafios e lutas na busca pelo poder e pela grandeza.

Enquanto eu ponderava sobre as experiências de Harry em Durmstrang, uma ideia surgiu em minha mente, uma peça que faltava no quebra-cabeça de sua jornada mágica: o fato de que ele escondeu seu verdadeiro poder enquanto estudava em Hogwarts.

Sabia que Harry tinha habilidades maiores do que deixava transparecer, pois poucos podiam realmente duelar comigo -mesmo informalmente- e realmente vencer ou empatar, mas descobrir que ele as mantinha ocultas durante seus anos na escola britânica acrescentava outra camada intrigante à sua história. Isso significava que ele não só enfrentou os desafios de Durmstrang quando mais velho, mas também navegou pelas águas turbulentas de Hogwarts com uma máscara cuidadosamente construída.

Fiquei imaginando como ele conseguia manter esse disfarce, como conseguia controlar seu poder e mantê-lo oculto dos olhos atentos de seus colegas e professores. Era uma façanha impressionante e revelava muito sobre sua habilidade de adaptação e astúcia. Na verdade, houve muitas vezes que me perguntei por que Harry não era um sonserino.

Mas, ao mesmo tempo, isso também me fazia questionar suas motivações. Por que Harry escolheu esconder seu verdadeiro poder? Seria por medo de ser julgado ou rejeitado? Ou havia outras razões mais profundas e complexas por trás dessa decisão?

Essas perguntas ecoaram em minha mente enquanto eu continuava a refletir sobre a jornada de Harry. Havia tanto mais para descobrir sobre ele, tanto mais para entender.

Eu queria respostas e não iria parar até conseguir o que quero.

N/A: Oi gente, como vai?

Eu tenho muitas notícias para dar, e a maioria é muito ruim.
Eu ganhei um celular, depois de anos pedindo. Eu estava muito feliz que poderia atualizar mais rápido, mas adivinhem? Meu pai colocou a merda do family link. E ele não sabe que eu estou escrevendo isso. Não posso contar para ele, senão eu acabaria em muitos problemas, ele é mais sufocante que a minha mãe.

Em geral, fica MUITO mais difícil atualizar, pois a minha mãe não vai ficar me dando o celular dela toda hora. Vou tentar escrever no meu celular e depois usar um aplicativo para transferir para o dela, mas vai dar muito mais trabalho. Estou feliz por ter postado tanto semana passada. A partir de agora provavelmente será bem mais complicado. Vou tentar manter um ou dois capítulos por semana, mas quem sabe! Obrigada pela compreensão e pelo carinho 💚🖤

















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