Capítulo 30

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Harry on:

Com toda a correria em torno de James Potter, eu acabei por esquecer de Dorian. Foi apenas na reunião semanal do Wizengamot que ele voltou à minha mente. A grande sala estava cheia, o som de murmúrios e debates ecoando pelas paredes antigas. Sentei-me ao lado de Tom, que estava mais focado do que nunca.

"Senhores e senhoras, a reunião de hoje começará com a revisão dos casos pendentes," anunciou o chefe do Wizengamot, sua voz ressoando pela sala. "E, claro, discutiremos o julgamento de James Potter."

Eu troquei um olhar rápido com Tom, que assentiu levemente. Tínhamos discutido nossos planos e estratégias até tarde da noite, mas havia sempre a sensação de que algo mais estava por vir.

Quando a reunião começou, tentei me concentrar, mas minha mente continuava vagando. Foi então que Dorian Markov entrou na sala. Ele caminhou com confiança, sua presença chamando a atenção de todos. Lembrei-me imediatamente de nossas interações anteriores e do quão perigoso ele poderia ser.

"Dorian," murmurei para Tom, tentando não parecer alarmado.

Tom olhou para mim, seus olhos escurecendo. "Fique calmo, Harry. Vamos lidar com ele."

Dorian se sentou do outro lado da sala, mas parecia que seus olhos estavam fixos em mim. Senti um calafrio descer pela minha espinha. Durante a reunião, tentei manter minha atenção nos tópicos discutidos, mas era difícil ignorar a presença de Dorian.

No intervalo, Tom e eu fomos para um canto mais isolado para discutir. "Temos que descobrir o que Dorian está tramando," disse ele, a voz baixa e cheia de determinação.

"Concordo," respondi, tentando parecer mais confiante do que realmente me sentia. "Ele está claramente interessado em algo."

"Precisamos de informações," continuou Tom. "Vou falar com alguns de nossos contatos. Você precisa ficar de olho nele e descobrir o que puder."

Assenti, sabendo que Tom estava certo. Precisávamos estar um passo à frente de Dorian.

Quando a reunião recomeçou, Dorian se levantou para falar. Sua voz era calma e controlada, mas havia algo em suas palavras que me deixava desconfortável.

"Senhores e senhoras do Wizengamot, é com grande preocupação que trago à tona algumas questões sobre as recentes ações tomadas contra James Potter. Embora seja essencial que a justiça seja feita, devemos ter cuidado para não permitir que questões pessoais interfiram em nossos julgamentos," disse ele, olhando diretamente para mim.

Senti minha raiva aumentar, mas me forcei a manter a calma. "Está insinuando que nossas ações são influenciadas por motivos pessoais, Dorian?" perguntei, tentando manter minha voz firme.

Dorian sorriu, um sorriso que não alcançava seus olhos. "Não estou insinuando nada, Harry. Apenas acredito que devemos ser vigilantes e garantir que a justiça seja imparcial."

Tom se inclinou para frente, seus olhos fixos em Dorian. "Acredito que todos aqui concordam com isso, Dorian. No entanto, os fatos são claros e as provas contra James Potter são incontestáveis."

Dorian manteve seu sorriso, mas havia uma tensão palpável no ar. "Claro, Tom. Estou apenas garantindo que todos se lembrem da importância da imparcialidade."

A reunião continuou, mas a presença de Dorian me deixou inquieto. Quando finalmente terminou, Tom e eu nos reunimos novamente.

"Precisamos agir rápido," disse ele, sua voz baixa e urgente. "Dorian está claramente planejando algo."

"Concordo," respondi, sentindo a pressão aumentar. "O que você sugere?"

Tom pensou por um momento antes de responder. "Vamos reforçar nossa segurança e manter um olho nele. E precisamos descobrir mais sobre suas intenções. Não podemos deixar que ele nos pegue desprevenidos."

Assenti, sabendo que a luta estava longe de terminar. A presença de Dorian era uma ameaça constante, e precisaríamos de toda a nossa astúcia e força para enfrentá-lo.

Enquanto voltávamos para a mansão Riddle, senti um peso no coração. Isabelle estava segura por enquanto, mas sabia que precisaria estar mais vigilante do que nunca. A batalha contra meu pai era apenas o começo. E com inimigos como Dorian à espreita, a guerra estava apenas começando.

Quando chegamos à mansão, fomos recebidos pelo silêncio pesado que sempre pairava ali. Tom foi direto para seu escritório, mas antes que ele entrasse, ele se virou para mim.

"Harry, precisamos estar preparados para qualquer coisa. Vou fazer alguns contatos agora mesmo. Você deveria fazer o mesmo."

"Eu sei," respondi, sentindo a exaustão pesar sobre mim. "Vou cuidar disso."

Fui para a sala de estar, onde encontrei Isabelle lendo um livro. Ela olhou para mim com uma expressão preocupada.

"Harry, está tudo bem?" perguntou ela, colocando o livro de lado.

Sentei-me ao seu lado e passei a mão pelos cabelos, tentando encontrar as palavras certas. "Isabelle, precisamos falar. As coisas estão ficando complicadas e perigosas. Dorian Markov está se envolvendo e precisamos estar preparados."

Os olhos de Isabelle se arregalaram de medo. "O que ele quer?"

"Não tenho certeza ainda, mas sei que ele não está do nosso lado," respondi, tentando manter a calma. "Precisamos ser cuidadosos e confiar um no outro. Eu prometo que vou te proteger, mas você precisa me ajudar, ficando alerta e seguindo as regras."

Ela assentiu, mas vi a tensão em seu rosto. "Eu farei o que for preciso, Harry. Só... não me deixe de fora. Quero ajudar."

"Eu sei que quer, Isabelle," disse, segurando sua mão. "E você vai ajudar. Precisamos ser fortes e unidos."

Passamos a noite discutindo nossas estratégias, analisando cada movimento que poderíamos fazer. Tom se juntou a nós mais tarde, trazendo novas informações que conseguiu com seus contatos.

"Tivemos uma resposta positiva de alguns aliados potenciais," disse Tom, olhando para mim. "Mas precisamos continuar pressionando."

Assenti, sabendo que não podíamos relaxar nem por um segundo. "Vamos fazer o que for necessário."

Enquanto a noite avançava, senti a exaustão tomar conta de mim, mas sabia que não podia desistir. Isabelle precisava de mim, e eu estava determinado a protegê-la a qualquer custo.

Na manhã seguinte, acordei com uma renovada determinação. Havia muito a fazer e pouco tempo para isso. Fui até o escritório de Tom para discutir nossos próximos passos.

"Precisamos aumentar a pressão sobre meu pai," disse, olhando para Tom. "Precisamos usar a mídia para desacreditá-lo e tentar um novo projeto de lei sobre os abortos."

Tom assentiu, sua expressão séria. "Sim. E precisamos agir rápido. Dorian está claramente tramando algo e não podemos deixar que ele ganhe vantagem."

Saímos juntos da mansão, prontos para enfrentar mais um dia de batalhas e desafios. Sabíamos que o caminho à frente seria difícil, mas estávamos preparados para lutar. Por Isabelle, por nós mesmos e por um futuro onde ela pudesse finalmente ser livre e segura.


O marido de Tom Riddle Onde histórias criam vida. Descubra agora