Capítulo 26

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Harry on:

Deixei a mansão Riddle antes do amanhecer, determinado a encontrar respostas e soluções. Aparatei direto nos terrenos de Hogwarts, sentindo uma onda de nostalgia ao ver os majestosos portões do castelo. Caminhei rapidamente pelos corredores familiares, dirigindo-me ao escritório do diretor.

"Harry," Dumbledore me cumprimentou calorosamente assim que entrei. "A que devo a honra desta visita tão cedo?"

"Professor," comecei, minha voz séria. "Precisamos conversar."

Ele acenou com a cabeça, indicando uma cadeira em frente à sua mesa. "Sente-se, meu caro. Estou à disposição."

Expliquei a situação para Dumbledore, desde a chegada de Isabelle à mansão Riddle até a tensa conversa que tive com meu pai. Ele me ouviu atentamente, seu semblante grave enquanto eu falava.

"Eu compreendo, Harry," disse Dumbledore, após um momento de reflexão. "A situação é delicada, mas você fez a coisa certa ao proteger Isabelle. No entanto, seu pai não vai desistir facilmente."

"Eu sei," respondi, minha voz firme. "Por isso estou aqui. Preciso de conselhos, e também preciso liberar minha magia de alguma forma. A tensão está me destruindo por dentro."

Dumbledore assentiu lentamente. "Há um lugar onde você pode fazer isso com segurança. Acredito que descobriu a Sala Precisa em seus tempos de escola? Ela se adaptará às suas necessidades."

"Obrigado, professor," disse, sentindo um alívio .

Dumbledore levantou-se e começou a caminhar pela sala, as mãos cruzadas atrás das costas. "Harry, a situação com seu pai é complexa. Ele tem poder e influência. Enfrentá-lo diretamente pode ter consequências graves."

"Eu não tenho medo dele," declarei, firme. "Não posso deixar que ele machuque Isabelle. Ele já fez o suficiente."

Dumbledore parou e me olhou nos olhos. "Coragem é uma qualidade admirável, Harry, mas deve ser temperada com sabedoria. Há maneiras de protegê-la sem desencadear uma guerra aberta."

"Como?" perguntei, desesperado por uma solução. "O que posso fazer?"

"Primeiro, continue mantendo Isabelle segura onde está. A mansão Riddle, apesar de tudo, é um local bem protegido. Segundo, você deve fortalecer suas alianças. Severus, por exemplo, pode ser um aliado valioso. E, finalmente, você precisa de tempo para planejar seus próximos passos."

Eu balancei a cabeça, absorvendo suas palavras. "E quanto ao meu pai? Ele não vai esperar pacientemente enquanto eu planejo."

"Não," admitiu Dumbledore. "Mas você também não precisa enfrentar isso sozinho. Estamos todos aqui para ajudar, Harry."

"Precisamos mais do que apenas proteção, professor. Quero desacreditar meu pai publicamente, expondo seus segredos. E também quero propor um novo projeto de lei sobre os abortos, para que nenhuma criança seja tratada como Isabelle foi."

Dumbledore franziu o cenho, pensativo. "Isso é ambicioso, Harry. Mas não impossível. Se conseguirmos atrair a atenção da mídia e criar um movimento de apoio, podemos ter sucesso. Mas lembre-se, essa batalha será longa e árdua."

Agradeci ao professor e saí de seu escritório, dirigindo-me ao sétimo andar. Quando cheguei à localização da Sala Precisa, fechei os olhos e me concentrei no que precisava: um espaço onde pudesse liberar toda a minha magia sem restrições.

A porta apareceu, e eu entrei, encontrando uma vasta sala vazia, com paredes reforçadas e encantamentos de proteção. Perfeito.

Fechei a porta atrás de mim e me deixei levar, canalizando toda a frustração, medo e raiva que vinham se acumulando. Raios de energia mágica dispararam de minhas mãos, atingindo as paredes, criando explosões de luz e som. Cada feitiço que eu lançava aliviava um pouco da pressão dentro de mim.

Os minutos se transformaram em horas enquanto eu liberava minha magia. Finalmente, exausto, caí de joelhos no centro da sala, respirando pesadamente. Sentia-me drenado, mas também mais leve, como se tivesse exorcizado parte da escuridão que me perseguia.

Quando saí da Sala Precisa, a luz do sol estava começando a enfraquecer. Sabia que precisava voltar para a mansão Riddle, para Isabelle. Ela precisava de mim, e eu precisava estar lá para ela, mais do que nunca.

Ao atravessar os corredores de Hogwarts, senti um renovado senso de propósito. Dumbledore estava certo; precisava controlar minhas emoções e usar minha força para proteger aqueles que amo. E faria isso, não importava o que meu pai ou qualquer outra pessoa tentasse fazer.

Voltei para a mansão Riddle determinado a enfrentar qualquer desafio que viesse. Isabelle estava sob minha proteção, e eu não deixaria nada nem ninguém machucá-la. A guerra estava apenas começando, mas eu estava preparado para lutar.

N/A: Muito obrigada pelos 1k! Capitulo quentinho para começar bem o dia!



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