- mãe ele é meu marido e infelizmente tem seus deveres como Capo na Sicília — expliquei com a voz baixa segurando seu rosto com carinho e uma lágrima desce pelo meu rosto — não abandonarei vocês, sempre que puder irei vir visita-los, e a senhora e o papá poderão me visitar na Sicília..
- Aquele italiano quer roubar você de nós — minha mãe chora baixinho inconformada com a ideia —
Dois dias atrás eu contei aos meus pais sobre os planos de me mudar para a Sicília para morar com o Vicenzo, somos casados e não deixarei o meu italiano sozinho...
Além disso, duvido muito que ele me deixaria aqui em Milão e voltaria sozinho, ainda mais depois de tudo que passou por minha causa..
Acabei sendo convencida pela minha mãe de ficar mais 2 dias após o aniversário dela, o Luca ficou ainda mais furioso por não ter retornado no dia que ele quis, Vicenzo não quis me deixar para ir sozinha depois e ficou comigo...
Meu pai não ficou muito contente mas pareceu mais conformado com a ideia de eu morar com meu marido em outra cidade, já a minha mãe não quer aceitar...
Óbvio que meu coração está apertado por deixá-los aqui em Milão, e morar em outra cidade, já que desde que nasci nunca cogitei a ideia de sair de perto deles..
Eu e meus pais somos muitos apegados uns aos outros, sou grata por tudo que eles fizeram e ainda fazem por mim..
Já tem praticamente dois dias que não vejo meu italiano direito, meus pais fizeram questão de curtir o máximo possível da minha companhia...
Ele está ficando no meu apartamento nesses últimos dias, não consegui ir dormir com ele pois minha mãe pediu passar tempo comigo e além disso dormiu no meu quarto..
Vicenzo não está nada contente com isso, até conversei um pouco com ele por telefone, mas não é a mesma coisa que nos vermos pessoalmente..
- eu te amo demais, minha princesinha — ela diz com a voz chorosa e eu a puxei para um abraço —
- também te amo, mamãe — sussurrei com a voz falha —
- Eu quero muito que você seja feliz, filha, mas não consigo me conformar com a ideia de te ter longe de nós — mama diz triste tocando meu rosto com carinho —
- eu estarei por perto, mama, poderá me visitar quando quiser — respondo com um sorriso fraco e beijo sua bochecha —
Ela enxuga as lágrimas e aos poucos se acalmou, descemos as escadas juntas indo até a cozinha onde será servido o jantar..
Essa seria o último dia na minha casa, Vicenzo comentou comigo que iremos para a Sicília amanhã..
- oi, la mia Principessa — meu pai sorri ao me ver entrando na cozinha —
- olá papa — me aproximo abraçando-o por trás e beijo sua bochecha — hum... esse cheiro me parece muito familiar... — brinquei com um sorrisinho de lado sentindo o aroma de uma das minhas comidas favoritas —
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Protegida por ele - série irmãos Mancini - Livro 2
RomanceVicenzo Mancini, 36 anos, Capô e braço direito do seu irmão Luca, Don da cosa Nostra, se viu obcecado por uma italiana em uma viagem a Milão. O que ele não esperava era ser forçado ao um casamento arranjado onde a mulher na qual casara não é sua "pe...