Capítulo 25

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Aviso de conteúdo: PORRADARIA

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Antes de fazer o que eu queria, precisava fazer o que eu deveria. O velho Gray tinha levado Alfie para a oficina de Richy, segundo Jessy, e eles estavam tentando acalmá-lo, então não me restava escolha a não ser ir para tentar ajudar.

Estranho entrar no carro de quem eu jurei que não entraria mais, mas a necessidade de ser mais rápida era mais importante que o meu orgulho, e pela primeira vez não me incomodei com a velocidade de Phil ao volante.

Ruim foi quando ele estacionou na frente da garagem e eu já podia avistar de longe o velho Gray de pé ao lado de Alfie, sentado no chão abraçando os próprios joelhos enquanto Richy tentava consolá-lo com um pirulito. Quando saí do carro e todos viraram na nossa direção, o clima ficou tenso, pra dizer o mínimo. Richy parecia ter visto um cachorrinho sendo chutado, a julgar pela cara que fez, e Jessy parecia não saber como reagir. Gray não deu a mínima, claro, e Alfie, quando me viu, se levantou e correu para mim, no que eu me abaixei para segurá-lo e erguê-lo no colo e ele recomeçou o choro.

Dei o meu melhor para ignorar o climão ali porque o importante era acalmar o Alfie, mas foi impossível.

— O que foi que o Thomas fez? — perguntei.

— O rapaz Miller parecia convencido de que Alfie viu Hannah ser arrastada para a floresta — o velho Gray começou. — E queria que o Alfie explicasse a história. O problema é que a delicadeza do rapaz deixou o Alfie ainda mais assustado e quando perdeu a paciência, quebrou o brinquedo do menino com as mãos.

— Jessy? — ela se assustou quando a chamei. — Preciso que descubra onde ele está, por favor.

— O que vai fazer?

— Quero conversar com ele. Peça para ele vir aqui imediatamente, por favor.

— Ah, okay — ela respondeu sem jeito, tirando seu celular do bolso.

— Häschen — fiz Alfie soltar os braços do meu pescoço. — Quer falar sobre o que aconteceu? — ele negou com a cabeça.

Alfie ainda estava soluçando um pouco e fungando e eu só conseguia pensar em por que diabos a Sra

Walters não estava ali se tinha feito um escândalo na ligação. Era o tipo de comportamento que só confirmava que ela não gostava do próprio filho e só agia/reagia de certa forma por questão de aparência. O garoto merecia uma mãe melhor que aquela...

— Ele disse que não quer vir — disse Jessy.

Tirei meu celular do bolso e liguei para Jake, mas a surpresa foi ele ter atendido.

— Preciso de um favor.

— Sim?

— Preciso que rastreie o Thomas. Por favor.

— O que pretende fazer?

— Não vou discutir isso. Vai me ajudar ou não?

Jake suspirou do outro lado.

— Me dê um minuto.

— Valeu — eu disse, e ele desligou.

Comecei a ligar para o idiota. Três vezes ele recusou a ligação, mas continuei insistindo até ele finalmente atender a droga do celular, tendo, ainda, a audácia de estar irritado.

— O que foi?!

— Precisamos conversar.

— Não quero conversar com gente mentirosa que esconde as coisas de mim! Você sabia?!

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