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"Você surge para mim,
Uma imagem tão vívida
Como se estivesse realmente ali,
Mas quando estendo a mão
Você simplesmente desaparece.

Entre todas as memórias que acumulei,
Eu escolho e junto as que são sobre
você.
Enquanto vejo elas projetadas pelo
quarto
Eu sinto você em cada pontada de dor.

Ooh

La la la, la la la

La la la, la la la

La la la, la la la

Ooh

La la la, la la la
La la la, la la la

La la la, la la la

Decompondo a ponto de não absorver
mais água ou luz,
Cubro a ferida em meu coração com um
juramento sem raiz ou folhas.

Dois copos, um ao lado do outro
Apenas ficam ali, sem cumprir seu
papel, desde que você tocou neles pela última vez.

Entre todas as memórias que acumulei
Eu escolho e junto as que são sobre
Você.
Enquanto vejo elas projetadas pelo
quarto

Eu sinto você em cada pontada de dor.

Não importa se está certo
Eu só queria que você continuasse
sorrindo,
E sendo a pessoa gentil que você é (ooh)
Se pudéssemos medir as lágrimas,
demorou um pouco
Mas finalmente consegui chegar ao seu
lado,

Eu achei você, ooh

Entre todas as memórias que acumulei
Eu escolho e junto as que são sobre
você,
Enquanto vejo elas projetadas pelo
quarto (ooh, ooh)

Eu durmo com você em meus braços,
você não vai mais desaparecer.

O som das palavras que você sussurra
Vaga pelo quarto sem rumo
Enquanto durarem, enquanto durarem
O cheiro e o calor que eu sinto.

Você surge para mim
Uma imagem tão vívida
Como se estivesse realmente ali,
Mas quando estendo a mão
Você simplesmente desaparece."


16HRS


Já fazia uma semana que eu tinha tido uma "não conversa" com o Jeon, e ainda não tive coragem de ligar para ele.

Sempre mantive em mente a ideia de que precisamos ouvir todos os lados da história, como Hobi me ensinou.

Então, eu não estava com medo ou receoso de ouvir o lado dele, tinha medo de estar no mesmo lugar que ele, de ouvir sua voz, de sentir seu cheiro amadeirado, de olhar em seus olhos.

Me conheço bem, olha o que aconteceu da última vez.

Porém, por quanto tempo mais eu poderia esperar? Não tive coragem de ligar, mas tive coragem de enviar uma mensagem.

ME:
Olá Jeon, aqui é o Jimin|
Quando estará livre para conversarmos?|


Cliquei em enviar e bloqueei a tela. Tentando agir normalmente, corri para a cozinha para tentar distrair minha mente, pegando qualquer coisa nos armários e pondo na panela.

Meu celular vibrou no meu bolso.

Meu coração vibrou na caixa torácica.

JEON:
| Ah, Jimin, tudo bem?
| Pode ser amanhã? Estou ocupado hj.
| Amanhã na parte da tarde. Terei a tarde livre.

Combinei de encontrá-lo em um café que ficava aqui perto. Escolhi esse lugar porque era bem movimentado a qualquer momento, não queria estar em um lugar que poderia me fazer agir impulsivamente.

Eu estava com meu dia livre, e Félix havia me chamado para dar uma volta. Jhope me repreendeu por ter aceitado; segundo ele, eu não estava pronto para entrar em um novo relacionamento, ainda mais agora que Jeon voltou e deixou um turbilhão de dúvidas na minha mente.

Porém, eu não estava saindo em um encontro e deixei isso bem claro para Félix. Estava saindo com um amigo e colega de trabalho.

Não tinha nada além disso.

― Você parece mais distraído que o normal.

Sorri ao perceber que estava há quase meia hora divagando.

― Me desculpe, só estou com a cabeça um pouco cheia.

― Problemas?

Ele perguntou com um tom curioso.

― Posso dizer que sim. Mas talvez ele esteja mais perto de ser resolvido. Assim espero.

Finalizei a última parte mais para mim mesmo.

No meu celular marcava 16 horas, uma ironia na minha visão.

Eu estava chegando no café que combinei de me encontrar com Jeon. Falei meu nome na recepção, como era um lugar muito movimentado precisava fazer reserva com antecedência.

Quando entrei, encontrei-o sentado de forma descansada, fazendo alguma coisa no celular.

Parei alguns centímetros dele e fiquei observando. Pouca coisa nele havia mudado: seu cabelo agora estava maior, ele também parecia maior, mais maduro e musculoso.

Como se sentisse que alguém o observava, ele virou o rosto devagar em minha direção, sorrindo ao me ver lá.

Eu não retribuí o sorriso, mas meu coração quase infartou ao ver o dele.

O sorriso dele ainda mexia comigo da mesma forma que antes.

― Vai ficar o dia todo aí?

Ele perguntou num tom brincalhão.

Me aproximei, sentando na cadeira que estava à sua frente, tendo apenas uma mesa nos separando.

Minhas pernas estavam bambas.

Respirei fundo e o cumprimentei: ― Boa tarde, Jeon.

― Boa tarde, Jimin. Quer pedir alguma coisa antes de começarmos?

Ele perguntou educadamente.

― Só um café mesmo.

Falei simplório.

Ele chamou o garçom e fez nossos pedidos.

No primeiro momento ficamos em silêncio, esperando sei lá o quê.

Talvez o garçom para nos servir, talvez o outro começar a falar, talvez a coragem.

Só sei que ficamos em silêncio por um longo tempo, vez ou outra nos encarando, sem saber o que se passava na cabeça do outro.

― Então...

Falamos juntos, fazendo com que tanto eu quanto ele sorríssemos com isso.

― Você pode falar, até porque estamos aqui para isso, para você falar e contar seu lado da história.

Já ouviu a teoria do lobo mau? Aquela que dizem que ele não é mau, que só achamos isso porque só ouvimos o lado da Chapeuzinho Vermelho?

Talvez fosse isso que estivesse acontecendo todo esse tempo.

Pintei o Jeon como o vilão, e eu o coitadinho que sai ferido e machucado na história.

Então, eu precisava dar essa chance dele se explicar. Talvez o lobo mau não exista nessa história e, se existir, talvez não seja o Jeon.

Próximo cap vcs vão entender nosso
querido Jeon
Não esqueçam de votar

𝑭𝒊𝒐 𝒗𝒆𝒓𝒎𝒆𝒍𝒉𝒐 𝒅𝒐 𝒅𝒆𝒔𝒕𝒊𝒏𝒐 - 𝒋𝒊𝒌𝒐𝒐𝒌  [⚡]Onde histórias criam vida. Descubra agora