25. se endireita

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Continue me fazendo rir,
Vamos ficar chapados
A estrada é longa, vamos continuar
Tente se divertir nesse meio tempo

Born To Die - Lana Del Rey

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Consegui me desvencilhar da conversa com aquele cara e comecei a rir.

— Pensou alto, Alan? — Pedi baixinho.

Faz o seu trabalho aí. — Bufou.

Passei a mão por alguns documentos em uma mesa perto da porta de um escritório e logo pedi para Lizze me cobrir um pouco.

A mesma fez o que eu pedi e eu comecei a olhar os documentos disfarçadamente.

— ''Contrato de exposição falsa?'' — Pensei comigo meio alto e Lizze virou.

— Não tem muita gente aqui, o que é isso? — Olhou para o papel em minha mão.

— Acho que vão expor alguém. — Respondi.

— E quem seria? — Pediu ainda lendo.

— Talvez alguém que queiram manchar a imagem. — Sugeri.

— Marilyn? — Olhou para mim.

— O que as senhoritas de Los Angeles precisam na mesa de documentos da delegacia? — Uma voz firme nos assustou.

— As folhas haviam caído, estávamos apenas juntando. — Lizze deu a desculpa.

— Então vocês podem deixar isso para as faxineiras e empregadas, vocês não estão aqui para isso. — Sorriu debochado e eu assenti.

— Claro, senhor. — Respondi e me virei, mas percebi que o mesmo ainda estava ali presente.

— Senhor? — Pediu, com um olhar como se estivesse falando: Não está faltando nada?

— Senhor... — Fudeu.

— Butten... — Lizze tentou me ajudar mas fracassou também, Marilyn havia falado no sobrenome desse filho da puta mas não lembravamos.

Logo puxei ela para a sala e fechei a porta, trancando-a e colocando uma estante próxima na frente.

— Precisava disso? — Pediu.

— Iria ficar feio pro nosso lado. Alan, tem como falar algo que nos ajude nessa porra de situação? — Pedi.

— Vocês poderiam mostrar os peitos para aquele homem, ele abafaria o caso. — Respondeu.

Inferno.

— Espera, o Alan está na sua linha? — Lizze pediu se aproximando.

Alguns homens começaram a bater na porta e a gritar.

— Sim, está. — Respondi, ainda pensando no que fazer.

— Eu estou com o John, quero ele na minha linha. — Ela se aproximou de mim e colocou a mão para perto de minha orelha.

— Sabemos para quem vocês trabalham, se abrirem essa porta agora, conseguiremos reduzir qualquer ameaça de cadeia. — Um homem gritou do outro lado da porta, enquanto vários ainda tentavam a abrir.

— Como alguma sala fechada tem só uma parede de vidro que não abre? — Me indignei e fui para perto da parte de vidro.

— E o que fazemos? — Pediu.

— Luna está perto de onde vocês estão, deem um jeito no vidro e saiam daí, o carro é preto e a placa começa em OP e termina em 45. — Alan falou da escuta.

Sentimento CriminosoOnde histórias criam vida. Descubra agora