Capítulo 4

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Carina estacionou o carro na frente da sua casa e desligou o motor. A noite estava tranquila, o ar fresco da primavera soprava suavemente enquanto ela pegava sua bolsa no banco do passageiro e saía do carro. Ela caminhou até a porta, girando a chave na fechadura e empurrando a porta para dentro. O silêncio da casa era acolhedor, um contraste com a agitação do jantar. Carina fechou a porta atrás de si, soltou um suspiro de cansaço e satisfação ao mesmo tempo e largou a bolsa na mesa da entrada. Tirou os sapatos e sentiu o frio do piso de madeira em seus pés.

Com um movimento automático, Carina pegou o celular de dentro da bolsa. A tela acendeu, revelando uma mensagem não lida. Era de Maia. Um sorriso se formou instantaneamente nos lábios de Carina enquanto ela abria a mensagem.

"Ainda é cedo para dizer que quero ver você novamente? - M.B"

O sorriso de Carina se alargou. Maya tinha essa maneira de surpreendê-la, sempre deixando seu coração batendo um pouco mais rápido. Ela se encostou na mesa, digitando a resposta com cuidado.

"Se você tiver sorte, nos veremos em breve :)"

Depois de enviar a mensagem, Carina colocou o celular na mesa e suspirou feliz. Ela ainda podia sentir o calor da presença de Maya.

Ela deslizou até a cozinha, pegou um copo d'água e bebeu devagar, ainda perdida nos pensamentos sobre o jantar e a companhia agradável de Maya. Com o copo vazio, ela decidiu que era hora de se preparar para dormir. O dia seguinte prometia ser cheio e ela precisava descansar.

Subiu as escadas até seu quarto, onde trocou a roupa do dia por um pijama confortável. Foi até o banheiro, escovou os dentes e lavou o rosto, deixando a água morna relaxar seus músculos. De volta ao quarto, ajeitou os lençóis da cama e se deitou, sentindo o conforto da cama a acolher.

Com um último suspiro de satisfação, Carina se entregou ao sono, pronta para enfrentar o dia seguinte que teria no trabalho, ansiosa pelo momento em que veria Maya novamente.

O som do alarme despertador preencheu o quarto de Carina com um toque insistente e familiar. Ela estendeu a mão sonolenta, desligando o alarme e espreguiçando-se lentamente. O sol da manhã filtrava-se pelas cortinas, lançando um brilho suave sobre o quarto. Carina levantou-se e seguiu sua rotina matinal com calma, preparando-se para mais um dia de trabalho no hospital.

Depois de um banho revigorante e um café da manhã rápido, Carina pegou sua bolsa, conferiu o celular uma última vez para ver se havia novas mensagens de Maya.

Nada.

Ela suspirou frustrada e saiu de casa. O trajeto até o hospital foi tranquilo, e ela aproveitou o tempo para organizar mentalmente suas tarefas do dia.

Carina vestiu seu jaleco e prendeu o cabelo em um coque prático antes de sair do consultório e chamar sua próxima paciente. Ela olhou para o prontuário: Laura Martins, 27 anos, primeira consulta obstétrica.

— Laura Martins? — chamou Carina com um sorriso acolhedor, e uma jovem de olhar ansioso e barriga ainda discreta se levantou da sala de espera.

— Sou eu — respondeu Laura, a voz tremendo levemente, enquanto se aproximava.

— Entre, por favor — disse Carina, gesticulando para a cadeira ao lado de sua mesa. Laura sentou-se, apertando nervosamente as mãos no colo. — Bom dia, Laura. Como você está se sentindo hoje? — perguntou Carina, mantendo o tom de voz suave e tranquilizador.

— Um pouco nervosa, doutora. É minha primeira gravidez e não sei o que esperar — confessou Laura, olhando para baixo.

Carina sorriu gentilmente, ajustando seus óculos enquanto revisava o prontuário de Laura.

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