Capítulo 9

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O trajeto até o restaurante não foi longo. Maya dirigia pelas ruas de Seattle, tentando esconder seu nervosismo enquanto se aproximavam do restaurante. Carina estava relaxada no banco do passageiro, respondendo à pergunta de Maya sobre o seu dia no trabalho.

Maya lutava para se concentrar no que a italiana estava dizendo, já que o nervosismo, combinado com o quão linda Carina parecia com o vento bagunçando seus cabelos, dificultava sua concentração.

A cidade estava viva com a vida noturna — luzes piscando e pessoas caminhando pelas calçadas. Maya olhou brevemente para Carina, admirando como o luar iluminava seu rosto e a suavidade de seu sorriso enquanto falava sobre o hospital. Ela respirou fundo, tentando se concentrar na estrada e nas palavras de Carina.

A voz suave da italiana tinha um efeito calmante, embora Maya achasse difícil se concentrar completamente.

— E como foi seu dia? — Carina perguntou. Maya piscou, trazendo sua atenção de volta à conversa.

— Foi bom — respondeu ela. — Passei um tempo com minha mãe e depois escolhi onde te levar esta noite.

Ela olhou de relance e viu um sorriso nos lábios de Carina.

Ah, aqueles lábios...

— Tenho certeza de que vou adorar — Carina respondeu, ainda sorrindo.

Tentando manter a compostura, Maya respondeu.

— Espero que sim.

O resto do trajeto foi em silêncio, e após alguns minutos, Maya parou o carro em frente ao restaurante. Quando Carina olhou pela janela e viu a fachada do The Pink Door, seus olhos brilharam de surpresa e alegria.

— Esse é meu restaurante favorito! — Carina exclamou animadamente, virando-se para Maya com um sorriso radiante.

Maya sorriu, claramente satisfeita.

— Fico feliz que acertei — disse enquanto soltava o cinto de segurança.

— Você acertou! — Carina respondeu, ainda sorrindo. — Eu amo este lugar. É perfeito.

Maya saiu do carro, fechando a porta atrás de si com um clique suave. Ela contornou o veículo com passos decididos, o ar fresco da noite roçando seu rosto. Ao chegar ao lado do passageiro, abriu a porta e ofereceu a mão para Carina.

Carina aceitou a mão de Maya, saindo do carro com uma graça natural. Seus olhos brilhavam de alegria enquanto olhava ao redor, absorvendo a atmosfera do lugar. Maya entregou as chaves do carro ao manobrista com um sorriso gentil antes de voltar sua atenção para Carina.

Ela colocou delicadamente sua mão direita na parte inferior das costas da italiana, sentindo a maciez do tecido contra a palma. Com um toque leve, guiou Carina em direção à entrada do restaurante.

Carina estremeceu levemente ao contato, um choque de eletricidade percorrendo seu corpo. Ela mordeu os lábios para conter um sorriso, tentando não mostrar o quanto aquele simples gesto a afetou.

Elas caminharam juntas até a porta, cada passo em sincronia, como se estivessem em perfeita harmonia. A mão de Maya permaneceu firme, mas gentil, nas costas de Carina.

Ao entrarem no restaurante, foram recebidas por uma luz ambiente quente e uma música suave de fundo. A atmosfera era aconchegante e íntima, com mesas elegantemente arrumadas e uma mistura de conversas baixas preenchendo o ar.

Depois que Maya mencionou a reserva em seu nome, elas foram conduzidas a uma mesa perto da janela, com uma linda vista da cidade iluminada. Maya puxou a cadeira de Carina, e ela se sentou com um suave "obrigada", observando Maya sentar-se do outro lado.

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