Capítulo 11

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Algo me diz que vocês irão gostar desse capítulo...Comentem o que acharam, assim fico motivada para atualizar mais rápido! :)

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O bar do Joe estava movimentado naquela noite.

O som da música alta preenchia o ambiente, enquanto a luz suave dos letreiros de neon coloria os cantos do bar. Risadas e conversas se misturavam com o burburinho de copos sendo enchidos e brindados. O time de bombeiros tinha chegado cedo e, como de costume, garantido uma mesa no canto mais reservado do bar — um hábito já conhecido para aqueles que queriam um pouco mais de privacidade em meio ao caos noturno.

Mas naquela noite, mesmo com o barulho e a companhia familiar, Maya sentia-se deslocada, inquieta.

Andy, sempre a mais animada, levantou-se e anunciou com um sorriso largo:

— A primeira rodada é por minha conta!

A mesa explodiu em gritos de comemoração e palmas, o tipo de energia que contagiava até os mais reservados. Em poucos minutos, as primeiras doses de tequila chegaram à mesa, uma fileira de pequenos copos reluzindo sob a luz do bar. Todos pegaram seus shots, brindaram, e os copos rapidamente foram esvaziados, seguidos por caretas e risadas.

Maya também brindou e virou o shot, mas sua mente estava em outro lugar. Já havia passado das sete horas da noite — o horário em que ela e Carina tinham combinado de se encontrar. Tentava, em vão, não parecer ansiosa, mas era difícil se concentrar na conversa ao redor quando tudo o que conseguia pensar era na ausência de Carina. Cada vibração de notificação no celular a fazia sentir um frio no estômago, apenas para ser frustrada ao perceber que não era a mensagem que esperava.

A noite seguiu, e a mesa continuava a celebrar. Mais rodadas de tequila chegavam, e as risadas ficavam mais soltas, as conversas mais animadas. Maya, já na sua terceira dose, pegou o copo e, antes de virá-lo, sentiu uma presença atrás de si.

— Talvez você devesse ir com calma nisso — uma voz familiar e suave falou ao seu ouvido.

Maya virou-se rapidamente, e lá estava Carina, um sorriso divertido nos lábios, os olhos brilhando sob as luzes do bar. Antes que pudesse reagir, todos na mesa comemoraram a chegada dela, como se estivessem esperando por aquele momento tanto quanto Maya. Carina foi recebida com abraços e cumprimentos, e alguém prontamente puxou uma cadeira para ela se sentar.

— Senta, Carina! — Andy gritou, empurrando a cadeira com o pé. — Chegou bem a tempo para a próxima rodada!

Carina riu, mas antes de se sentar, se inclinou em direção a Maya e sussurrou.

— Desculpa o atraso. Fiquei presa com um paciente no hospital. Foi uma loucura.

— Está tudo bem — Maya respondeu, sentindo o alívio tomar conta de seu corpo. A presença de Carina era como um bálsamo para a tensão que ela vinha carregando durante toda a noite.

Enquanto Carina se acomodava, a conversa voltou ao ritmo frenético de antes, mas Maya mal conseguia prestar atenção. Ela olhou para Carina, que agora estava ao seu lado, sorrindo e interagindo com os outros, e sentiu aquele aperto no peito — um misto de alívio e desejo.

— Aqui, esse é seu — Travis disse, já erguendo um copo na direção de Carina.

— Obrigada — Carina disse, rindo. Ela não hesitou. Pegou o copo, olhou para Maya de soslaio com um sorriso, e virou a dose sem fazer qualquer careta.

Maya ficou hipnotizada. A tequila desceu suavemente pela garganta de Carina, e a expressão dela permaneceu inalterada, apenas um leve brilho nos olhos. Assim que o copo voltou à mesa, todos ao redor aplaudiram e gritaram, impressionados, enquanto Carina dava de ombros, com um sorriso de canto, e olhava diretamente para Maya.

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