Apparently, it was meant to be?!

quarenta e três

A/N: Antes tarde do que nunca. Espero que gostem.

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Belo Horizonte

Rosamaria POV

A luz do abajur do quarto da Caroline era a única fonte de luz naquele ambiente, mas era o suficiente para que eu conseguisse ficar admirando nossas mãos que estavam entrelaçadas sobre o meu abdômen. Estávamos as duas deitadas e suadas na cama de Caroline depois de fazermos amor. Sério, por mais brega que seja descrever a nossa transa dessa forma, eu não consigo dizer que o que fizemos foi outra coisa a não ser fazer amor. A forma com que ela me olhava e me fez sentir prazer foi totalmente diferente das outras vezes. Eu nunca me senti tão conectada a alguém como eu me senti com ela naqueles momentos. E agora, deitada enquanto acalmo minha respiração, eu só consigo imaginar como vai ser essa vida junto dela.

Carol me desperta de meus pensamentos quando ela solta minha mão e usa a sua para fazer um leve carinho em meu ventre fazendo com que eu olhe pra cima para tentar enxergar seu rosto. Eu estava deitada em seu peito mas aquela posição não era de todo confortável para meu pescoço então eu começo a sair de cima de seu peito e me deito de lado virando para ela. Ela entendendo que eu quero poder ficar olhando em seus olhos se vira e ficamos deitadas de lado olhando uma pra outra. Ela volta a fazer seu carinho em meu ventre e sorri pra mim. Eu apenas fecho meus olhos curtindo aquele momento e quando os abro novamente eu falo com uma voz baixa com medo de estourar nossa bolha.

"Tu ta bem com isso né?"

"Claro Rosa, eu te amo e vou amar a versão miniatura que vai sair daí. A gente tem que conversar sobre isso tudo, mas não precisa ser nesse momento." Ela me fala e deixa um beijinho na ponta do meu nariz. Eu apenas sorrio com sua demonstração de carinho.

"Tá bom, mas só quero deixar uma coisa bem clara pra ti. Foi antes da gente começar qualquer coisa." Eu digo, pois eu não quero que isso seja algo que ela pense.

"Eu sei Maria. Eu confio em ti. Posso ter meus momentos de ciúmes, mas eu sei que ocê nunca iria me machucar de forma intencional." Ela me diz.

Eu fico ali fazendo um carinho em seu rosto enquanto ela continua a acariciar meu ventre até que eu me lembro de uma coisa.

"Cá, tu disse que não ficou preocupada com a minha reação e que sabia que as coisas dariam certo." Eu falo e Carol apenas concorda com um barulho do fundo da sua garganta me encorajando a continuar com meus pensamentos. "Então porque tu desligou na minha cara e não atendeu minhas ligações?" Ela abre seus olhos que se fecharam enquanto eu usava a ponta dos meus dedos para traçar suas feições e me olha. Eu consigo ver que ela tinha um olhar um pouco envergonhado antes de começar a falar.

"Eu não estava preocupada com a tua reação, mas não posso negar que fiquei chateada com o que cê falou na hora. Eu não sou de ferro, né?! Depois que eu me acalmei eu te mandei aquela mensagem pra ocê ficar aqui em casa porque não fazia sentido cê ir pra outro lugar né?! Mas aí no caminho pro treino eu conseguir deixar o iphone cair e cê sabe que ele já tava com a tela quebrada, ai ele quebrou de vez. Inclusive vou precisar comprar um novo antes da tua consulta amanhã." Ela me diz de forma super casual, como se tivesse que ir comprar pão. Essa mulher realmente precisa dar mais valor ao dinheiro dela.

"Como assim? Tu ta sem celular?"

"É. Eu deixei ele cair e quebrou ai comprei minha passagem pelo ipad pra BH com medo de perder a consulta já que eu não tinha como entrar em contato com ocê." Ela me fala e eu apenas olho pra ela incrédula.