Capítulo 27

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Acordo com o som suave de uma porta se fechando. Abro os olhos lentamente, percebendo que Izzy não está mais ao meu lado. Respiro fundo, sentindo a tranquilidade da manhã.

Ela sai do banheiro, com uma toalha enrolada em torno do corpo, os cabelos ainda úmidos.

— Bom dia — diz ela com sua voz suave, seus olhos encontrando os meus. Um sorriso se forma no meu rosto.

— Bom dia, linda. Vou tomar um banho — respondo, me levantando e indo até o banheiro. O banho é rápido e logo estou de volta ao quarto, me vestindo após escovar os dentes.

— Vou treinar com o Max. Até depois — diz Izzy, se aproximando para me dar um selinho antes de sair.

Depois de me arrumar, saio do quarto e dou de cara com Jace e Clary no corredor.

— O que houve? Vocês parecem tensos — pergunto, notando o ar de preocupação entre eles.

— Dot está aqui, ela quer falar com a gente — responde Clary, visivelmente preocupada.

— Vem — diz Jace, já caminhando.

Seguimos até a área do elevador, onde encontramos Dot, acompanhada por um dos guardas. A tensão no ar é palpável.

— Nos dê um minuto — digo ao guarda, que se afasta, nos deixando a sós.

— Não sabia para onde ir nem em quem confiar, então vim direto para cá — a urgência na voz de Dot é evidente.

— Tá, o que houve? — pergunta Clary, direta.

— Têm notícias do Elliot? — Dot pergunta, visivelmente preocupada.

— Elliot Nourse? — pergunto, tentando lembrar.

— Não desde que ele saiu da loja da minha mãe e abriu a dele — responde Clary.

— Dot, o que aconteceu? — pergunto, sentindo que algo grave está prestes a ser revelado.

Dot mostra o pulso, onde uma tatuagem sombria e intricada marca sua pele. Um círculo com linhas complexas que parecem pulsar com uma energia obscura.

— Acho que algo terrível aconteceu com ele, e temo que serei a próxima — sua voz treme, os olhos fixos na tatuagem, como se ela pudesse ganhar vida.

Jace chama Alec e explica a situação. Agora, nós cinco estamos indo ao quarto da Clary para falar com mais privacidade.

— Depois que o Elliot abriu a loja, perdemos contato, mas quando éramos pequenos, ele era o melhor amigo da nossa mãe — Clary diz, suas palavras carregadas de lembranças.

— Foi ele que me apresentou à Jocelyn — acrescenta Dot, seu olhar distante.

— E você acha que ele está com problemas? — Alec pergunta, preocupado.

— A marca no braço da Dot é parte de um feitiço de proteção — explico, tentando juntar as peças.

— É um Sigilo. Ele só passa para outro feiticeiro se algo terrível acontecer.

— Então o que quer que ele estivesse protegendo deve ser muito importante — conclui Jace, pensativo.

Dot e Clary trocam olhares tensos.

— É o Espelho Mortal. Eu sei que parece loucura, mas acho que minha mãe sabia que Elliot faria de tudo para protegê-lo — Clary diz, sua voz vacilante.

— E Elliot confiou em mim — Dot completa, determinada.

— Você sabe onde o Espelho Mortal está agora? — Alec pergunta, direto.

Shadowhunters: O caminho das sombrasOnde histórias criam vida. Descubra agora