Capítulo Oito

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Pov’s Jennie Kim 

Faz exatamente dois dias que Theodoro não vê a Senhorita Manoban, nos finais de semana a agência proibi a moça de trabalhar, eu sinceramente não entendia o motivo, afinal, todas as babás dessa agência trabalham nesses dias, realmente não faço ideia do porque que com a loira era diferente, mas de qualquer forma ela não estaria aqui se pudesse, afinal, a jovem ainda está se recuperando do incidente que aconteceu lá em casa.

Tem sido um pouco complicado explicar para o Theo que ele não poderá ver Lalisa por enquanto, o menino tem se sentido sozinho esses dois dias e precisei faltar ao trabalho para poder dar atenção a ele quando o mesmo chegasse da escolinha.

Depois do que aconteceu na quinta eu não consigo parar de pensar naquilo, não sei o que sentir no momento e pra piorar passei a noite em claro, pois não consegui dormir naquele dia. Eu tive que ir pra sala para poder analisar minhas últimas corridas na época em que era piloto de fórmula 1.

Sem dúvidas aquilo me ajudava muito sempre que eu precisava pensar na minha própria vida, pois na maioria das minhas corridas, sempre meus pais estavam lá, na arquibancada, no vestuário, na sala vip, toda vez eles torciam por mim e lembrar disso me deixava muito feliz.

Descobrir sobre os machucados no Theo foi como se eles tivessem sido feitos em mim e que lá no fundo eu quis acreditar que não foi a McKenzie que havia feito aquilo. Por mais que isso tenha acontecido, eu ainda continuo casada e me senti mal ao ter o pensamento de que se eu tivesse beijado a Lalisa, com certeza estaria traindo Maya McKenzie, foi isso que me impediu de provar daqueles lábios tão convidativos. 

A verdade é que eu me sinto confusa com o que aconteceu, com tudo que está acontecendo pra falar a verdade.

Eu não sei lidar com mudanças e isso está me machucando muito.

Suspirei estacionando o carro atrás de um prédio e encostei minha cabeça no volante me sentindo estúpida.

FLASHBACK (ON)

Hoje de manhã precisei ir na Ruby Race Academy para organizar a papelada que havia adiado ontem a noite, Maria havia feito o jantar pra mim antes de ir embora e não sei se foi por causa do excesso de trabalho ou porque a comida estava bem apimentada, mas lembro que não consegui trabalhar depois disso.

Porém no momento estou com a cara enterrada em milhares de contratos e listas de reposições.

— Jesus, Maria e José!! — Gritou Clarice após abrir a porta da sala e me ver sentada na poltrona procurando o número dos fornecedores de pneus na caderneta, a de olhos verdes levou a mão até o peito e suspirou aliviada.
— São cinco da manhã, eu mal cheguei na empresa e já encontro uma assombração.

— Mais respeito com a sua chefe. 

— Disse mantendo os olhos na lista telefônica. — Que eu saiba você já deveria ter se acostumado, por acaso está devendo a algum agiota? 

— Óbvio que não!! — Exclamou a brasileira parecendo ofendida. — Não é porque eu contei uma fofoca do meu país que eu seja praticante dessas coisas.

— Pela forma que você contou aquela história da sua vizinha trambiqueira, achei que era normal essa prática entre vocês.

— Expliquei tirando o comprimido da cartela e levando até a boca. — Até hoje me pergunto como aquela mulher não foi morta por eles.

— E como eles iriam matar se ela dava o xibiu pra eles? — Olhei para Clarice com feições confusas. — O marido dela era um corno cuscuz, não existe outro igual a ele.

Drifit - Jenlisa (G!P)Onde histórias criam vida. Descubra agora