Capítulo Vinte

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Hellou, capítulo está curto, mas espero que gostem.

Boa leitura.
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Pov’s Autora. 

A chave estava a centímetros da fechadura, o som da tranca sendo aberta trazia ansiedade para aqueles que estavam do lado de fora, a voz que chamava o morador era conhecida, familiar. Sentimentos confusos, desconexos e sabotadores exalavam sobre todos eles, dúvidas e perguntas se instalavam no ar a cada barulho que a chave emitia ao liberar as fechaduras. O timbre fazia parte da vida do proprietário, talvez tenha se tornado o favorito entre eles depois de tudo que aconteceu, quando a porta foi aberta uma sensação devastadora rasgou o peito do loiro, seus olhos transmitiam negação, medo, espanto, pavor e o mais importante.

Culpa.

A mente de Kiran não se importou com a quantidade de pessoas que estavam em sua porta, seus olhos alcançaram os de Lisa que observava as feições do garoto com receio do que viria a seguir. Os lábios trêmulos, a garganta seca, o conjunto perfeito para aquele que havia visto uma assombração, mas aquela garota jamais  seria uma assombração, ela era de carne e osso, uma mulher humana, viva, uma pessoa que compartilhava do mesmo traço sanguíneo que ele. Sem dúvidas não era um sonho, pelo menos não para Kiran que tremia de um jeito desesperador, por mais que houvesse medo, receio e toda ansiedade correndo nas veias da tailandesa, Lalisa não conseguiu ignorá-lo. A loira caminhou entre todos e sem qualquer hesitação segurou o rosto de Kiran, o rapaz permanecia agitado, suas orbes passeavam de um lado para o outro capturando todos os detalhes daquela linda mulher, muitas perguntas atingiram a cabeça daquele pobre menino.

— Panpri… — Ele gaguejou desistindo de chamá-la.

— Pranpriya. — Lisa completou sem expressão alguma enquanto deslizava seu polegar limpando as lágrimas do mais novo. — Você… se lembra? — O garoto concordou e mesmo hesitante quebrou a distância entre os dois, abraçando a irmã.

— Está viva. — Kiran sussurrou deixando a tailandesa sem palavras. — O papai se enganou.

— Sim, pequeno. — Jennie tomou a frente da situação ao notar a destra da loira tremendo. — Foi um engano. Que tal conversarmos lá dentro? 

O pequeno Manoban olhou para a ruiva notando a presença dos outros que lhe acompanhavam, suas orbes foram de encontro ao rosto inexpressivo de sua irmã que apenas assentiu, passando a segurança que o menor precisava naquele momento. 

Ambos entraram na residência analisando o ambiente ao redor, o caçula não conseguia tirar os olhos da irmã um minuto sequer, todos perceberam isso, menos Lalisa que parecia perdida em suas memórias. 

Os móveis, a casa, tudo continuava impecável da mesma forma que ela lembrava, por mais que fosse perturbador recordar de tudo aquilo, Lisa estava tentando, tentando não se afogar em seus pensamentos, tentando recuperar as lembranças boas, mesmo sabendo que eram poucas, ainda assim ela continuava tentando.

Não por Jennie, mas por si mesma. 

Assim como Lalisa, os gêmeos observavam todos os detalhes da casa, por mais que desse a ilusão de uma pequena casa, por dentro era extremamente luxuosa, cheio de quadros sem assinatura, obras essas que roubavam a atenção da loirinha, o que obviamente Jennie Kim percebeu de primeira. Só ela sabia dos dotes artísticos da tailandesa, afinal, Lisa já havia desenhado a ruiva de diversas formas, retratos bem realistas em poses naturais, trajando absolutamente nada e tudo ao mesmo tempo. Artistas quando amam costumam eternizar seus amores com aquilo que eles sabem fazer de melhor, ver aqueles quadros fez a piloto entender o motivo por trás de cada pincelada, todos eles transpiram tristeza, solidão, dor, agonia e o pior de todos, desprezo.

Drifit - Jenlisa (G!P)Onde histórias criam vida. Descubra agora