Capítulo Dezenove

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Pov’s Lalisa Manoban

Estou feliz por ter reencontrado a vovó depois de tanto tempo, os pais de Bambam também me acolheram como sempre fizeram antigamente, mas infelizmente naquela época tinha que fingir que estava bem por medo de acabar apanhando outra vez.

Ver todos naquela sala foi gratificante, a cada dia que passa sinto que devo mais coisas a Jennie e acho que essa lista só tende a crescer se continuarmos assim, sem dúvidas essa mulher é um anjo em nossas vidas.

Mesmo com os momentos bons, ainda restava um sentimento implicante dentro de mim, sabia que não estava pronta, mas precisava me preparar mentalmente para o que possivelmente poderia surgir daqui pra frente. Os pais do Bambam me disseram que a situação dos meus progenitores era bastante complicada e que eu não estava preparada para ver aquilo. Ouvir isso deles me assustou, mas de qualquer forma não poderia me apegar a uma sensação negativa, Jennie estava comigo naquele momento e me prometeu que não iria a lugar algum, com ela sendo minha âncora, eu definitivamente não preciso de mais nada.

FLASHBACK (ON)

A sala estava cheia da mesma forma em que encontramos no início, ninguém ousou sair do cômodo graças as risadas e comentários engraçados que rondavam naquela reunião.

Jennie estava sentada na cadeira dos acompanhantes assim como os gêmeos Mason, nenhum dos três quiseram se aproximar da mesa familiar depois da conversa que tiveram com meus parentes, a ruiva estava calada demais e isso me incomodava de certa forma, todos conversavam entre si e em alguns momentos dirigiam a palavra a ela que aparentemente não se incomodava em respondê-los. Era como se a mais velha estivesse dando espaço para nós, como se estivesse com medo de interromper ou algo assim e isso me deixou desconfortável por um momento que certamente durou horas.

E pelo visto, eu não fui a única que percebeu isso, pois Bambam também não tirava os olhos dela.

— Notaram que está faltando uma pessoa? — Yoko perguntou fazendo todos mudarem suas expressões para algo triste. — A situação está ficando cada vez mais séria e todos sabem disso.

— Como assim? — Questionei sem entender.

— Seu primo não contou? — Vovó perguntou em um tom confuso e suspirou quando eu neguei. — O que você disse pra ela, Bambam?

— Que meus tios estavam muito doentes e evitei entrar em detalhes por… — A voz do garoto falhou por um momento o que acabou chamando a atenção da Jennie.

— Segurança? — Minha tia perguntou recebendo um concordar do filho.

— Fez bem, querido. — Yoko disse antes de me olhar nos olhos. — Seus pais não estão só doentes, minha neta. Eles estão em um estado crítico, onde ninguém além de mim suporta estar tão perto.

Tentei abrir a boca pra falar, mas minha avó continuou.

— Estou cansada de ver meu filho definhando em cima daquela cama todos os dias, de ver meus netos desenvolvendo problemas que nunca sequer existiu na vida deles. — A mais velha suspirou bastante abatida. — No dia que eles inventaram essa suposta “morte”, seu primo nos contou tudo, os maus tratos que você sofria, a implicância que seus irmãos tinham com você e o que pra mim foi o pior… suportar a ira do seu pai quando o mesmo estava frustrado.

— Vovó, já chega. — Pedi ao perceber que Jennie estava prestando atenção na conversa, seu olhar parecia diferente. — Por favor… apenas, esqueça isso.

— Desculpe. — A Manoban mais velha disse em um tom triste. — O que eu queria dizer é que… Depois que você partiu, as coisas tomaram um rumo diferente aqui na Tailândia, a ganância cegou seu pai de uma forma irreversível, ele fez coisas que sinceramente, não tem perdão. — A cada pausa que a vovó dava, sentia o quão difícil estava sendo pra ela expor aquilo tudo. — Marco seria a maior decepção do seu avô se ele estivesse vivo, entende?

Drifit - Jenlisa (G!P)Onde histórias criam vida. Descubra agora