Capítulo 33 - XXIX. | DO UT DES

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XXIX.
DO UT DES
(eu dou para que você possa dar)


- Porra. Porra. Porra.

Cada palavra sussurrada foi seguida por um forte impulso.

Eles nem tinham chegado ao quarto. Granger estava com as pernas firmemente enroladas em volta da cintura dele e Draco estava transando com ela contra a parede do corredor. A testa dele descansava contra a dela, os lábios entreabertos estavam a apenas um centímetro dos dele e a cada gemido ele sentia o hálito quente dela em sua pele.

Granger choramingou baixinho quando gozou. Draco ficou tenso e fechou os olhos, apenas para aguentar mais alguns segundos. Foi inútil. A mão dela enterrada em seu cabelo, o corpo trêmulo contra o dele e a sensação maravilhosa quando ela se agarrou a ele o derrubou. Ele engasgou e finalmente chegou ao clímax também.

Depois disso, levou alguns minutos para recuperar o fôlego. Ele estava com o rosto na curva do pescoço de Granger, inalando seu perfume sedutor. Pergaminho, chuva na terra quente, protetor solar e algo indefinidamente frutado, cítrico, fresco. Delicioso.

Essa bruxa. Ele não sabia exatamente o que ela estava fazendo com ele, mas ela estava apertando os botões certos, isso era certo. Ele se afastou dela, ainda ofegante.

- Isso foi...

- ... inesperado - ele terminou a frase e percebeu que ela estava sorrindo maliciosamente.

- Eu ia dizer atrasado - ela corrigiu, e Draco ergueu as sobrancelhas.

- Oh, é?

Ele empurrou a parede e as pernas dela encontraram o caminho de volta ao chão. Ela ajeitou a saia. Nenhum deles se preocupou em tirar uma única peça de roupa. Antes que Draco pudesse fazer isso sozinho, ela estendeu a mão e abotoou sua calça jeans com dedos hábeis. Ele permitiu e não conseguiu suprimir a admiração que ela despertou nele ao fazer isso.

- Não fique tão surpreso. Você sabe perfeitamente que eu queria isso quando você me puniu naquele banheiro.

Ela encolheu os ombros e Draco não pôde deixar de rir da expressão agora bastante séria dela.

- Quando eu puni você?

Suas bochechas coraram um pouco e ela suspirou de vergonha.

Bem, é claro que ela acertou em cheio. Afinal, a intenção de Draco era fazê-la sofrer por evitá-lo de forma tão covarde. Ele ficou surpreso, porém, por ela ter interpretado tudo de forma absolutamente correta. Ela era muito inteligente, ele tinha que dar isso a ela.

- Você queria que eu me sentisse mal porque eu não podia admitir que queria sexo com você. Entendi - ela murmurou, dando um tapa de brincadeira no peito dele antes de passar por ele e entrar na cozinha, onde encheu um copo com água e tomou.

Merlin, Granger tinha duas caras.

Draco a seguiu lentamente e se acomodou no sofá.

Deve ter sido seu dia de sorte. Não só foi ela quem deu o primeiro passo no elevador (porque ele certamente não o teria feito), mas o sexo foi ainda melhor do que da primeira vez. Além disso, ele finalmente conseguiu desabafar o vapor que vinha crescendo dentro dele desde o incidente na festa, com masturbação ou não.

Ele observou Granger de perto enquanto ela colocava o copo na pia e trançava o cabelo. Eventualmente ela se aproximou e sentou-se ao lado dele. Isso também foi uma estreia. Até agora, um deles sempre fugia quando a situação piorava de alguma forma. E era exatamente assim que Draco teria descrito a transa deles no corredor se alguém lhe perguntasse sobre isso: cada vez mais intensa.

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