O Fruto Proibido [Seungchan/Chanmin]

Capitulo 01

Gente, como já disse, se essa fic flopar eu não faço mais nenhum ship do Stray Kids! Então comecem a votar e a comentar seus preguiçosos, porque Stay de verdade não é preguiçoso.

[Kim Seungmin]

...Dias atuais

— Não quero ir — sussurro calmamente, me olhando no espelho e aplicando outra camada de gloss lábio sabor cereja.

— Sei que não, mas seria deselegante. Seu pai irá, temos que ir. — Não respondo absolutamente nada, aliás, o que diria? Qual desculpa inventaria dessa vez? Pelos últimos cinco anos inventei uma porção delas, todas
que vieram à minha cabeça e eu sabia que naquelas em que não podia encontrar uma, ele encontrava porque não nos esbarrávamos
nos eventos familiares.

Chan me odeia e mais que isso: ele me despreza.

É bem diferente de indiferença, ele só me olha e sinto que quer me pulverizar viva.

Meu estômago retrai com o nervosismo, porque sei que não
seria capaz de desprezá-lo da mesma forma, por mais que venha me esforçando muito nos últimos meses. É porque ele encontrou alguém — a voz sabotadora na minha mente debocha.

As revistas os chamam de “o casal mais quente do ano” ou então “o príncipe finalmente encontrou sua princesa”, e eu não posso ir contra isso. Ela é bonita, simpática e já conquistou toda à família. Até mesmo minha irmã, Winter, teceu elogios intermináveis para a bela morena que ocupou o espaço que eu sempre quis
ocupar. Desde quando sou apaixonado por Chan? — Puxo em
minha mente o primeiro dia que o vi, naquela viagem ao Canadá que
mudou minhas certezas.

Era só um adolescente bobo, não que
muitas coisas tenham mudado desde então, mas me vi completamente envolvido na teia sensual que o acompanha.

Chan é... Magnético. Ele é lindo, às pessoas querem parar Ao seu lado e ouvir o que tem para dizer. O Alfa tem um poder de convencimento inquestionável, sua dicção perfeita deve ser usada para conquistar cada ômega que cruza seu caminho. Não é à toa que a mídia marrom o apelidou de príncipe.

Ninguém perde tempo tentando manchar a imagem imaculável de Bang Chan, às pessoas se desgastam para obter sua atenção.

Hoje é seu aniversário... 34 anos, nossa diferença de idade deveria me assustar ao menos, mas não me preocupa nem um pouco que ele seja mais velho que eu. Eu adoro como ele parece maduro, quase como inalcançável aos reles mortais. Seus olhos são suaves para todos, exceto para mim e eu sei o porquê.

A culpa é só sua — a voz me acusa novamente, me deixando sem argumentos para rebater. Me olho no espelho, insegura sobre minha aparência. Minha mãe retorna ao quarto, me olha séria e aponta os dedos para o relógio no seu pulso.

— Já estou pronto!

Encontrei meus pais no andar de baixo, Cooper me sorriu, mas vi a dúvida sobre brigar pelo meu atraso ou elogiar minha aparência.

— Tenho pena do seu noivo no dia do casamento — brinca quando nós entramos no carro e ele começa a dirigir.

— Vale a pena esperar por coisas boas... — Mamãe é quem responde, me deixando rir sozinho no banco de trás.

Envio uma mensagem para minha irmã, Winter saiu de casa aos dezoito. Ela é tão diferente de mim... Vive em um apartamento caro em Capitol Hill, sustentada por Cooper e se formou há quase Um ano em moda. Adora seu estilo de vida livre e jura que nunca se
prenderá a ninguém.

Vejo a cumplicidade dos meus pais, eles são exatamente o que espero para meu futuro: um amor que me aceite como sou e me valorize como mereço. Ambos são a junção de tudo que deu errado, transformaram suas dores em motivos para sorrirem. Se complementam como nunca vi antes, ao ponto de várias vezes falarem a mesma coisa ao mesmo tempo, depois rirem como duas crianças apaixonadas pela primeira vez.

Minha mãe sofreu muito em um casamento ruim, com um Alfa abusivo e quando ficou viúva, eu só tinha 3 anos. Minhas poucas lembranças são dolorosas, acho que só percebi como era carente de afeição masculina quando Cooper perguntou se gostaríamos de chamá-lo de pai. Ele foi um presente, por isso faço qualquer coisa para fazê-lo feliz.

Enquanto dirige, olho a resposta de Winter. Não quero ficar sozinho e sem apoio no jantar de aniversário de Chan, ele prometeu que nos encontrará na festa.

— A Sarah está enviando mensagens sem parar — mamãe diz, ri e mostra ao meu pai. É estranho que ela e a ex dele sejam tão amigas, mas nós já
superamos isso. Fazemos quase tudo juntos, como uma grande família, exceto quando eu ou Chan não estamos.

Será que eles já perceberam o quanto nos evitamos mutuamente?

Quando Cooper estaciona, minha garganta fecha e o estômago gela. Envio outra mensagem a Winter, avisando que já chegamos e perguntando se ela está longe. Desço hesitante, mas sou boa em fingir indiferença, mesmo que meus olhos transbordem medo.

— Não faça essa cara, você fica um pouquinho e inventamos uma desculpa para que parta mais cedo. Está bem? — Sussurra para que Cooper não ouça e assinto. Somos recepcionados pelos funcionários simpáticos de Sarah, deixamos nossos casacos e agradeço antes de passarmos pelo hall de entrada para à sala elegante.

Sei que a festividade acontece do lado de fora porque é de lá que o som animado vem. Em minhas mãos a caixa quadrada e pequena queima,
sustento minha cabeça e Cooper se divide entre minha mãe e eu, nos aparando até os fundos.

— Oi, família! Só faltava vocês. Cadê a Winter?

— A caminho — mamãe diz, beijando Sarah no rosto. A mãe de Chan está lindíssima com um vestido perolado, ela é jovem e vibrante. Sua aparência lembra as socialites ricas e fúteis
dos filmes de Hollywood, mas Sarah não é nada disso.

— Você está lindo, fofinho — me abraça brevemente e eu sorrio em agradecimento. — Chan está por aí,
cumprimentando os amigos. Entre, fiquem à vontade. — Engulo em seco, adentrando à festa. O gramado do jardim extenso de Sarah foi todo
ornamentando com luzes, decoração requintada, mesas bem posicionadas e também uma pista de dança. Bem perto posso ver um DJ, sei bem como as festas de Chan terminam e pretendo estar fora daqui o mais breve possível.

Antes que possa me sentar, eu o vejo. Meu coração dispara como sempre, minha boca seca e me sinto tão nervosa que quero sair correndo. Seus olhos azuis se tornam frios quando se chocam com os meus e o sorriso animado em seu rosto morre enquanto a minha vontade em desaparecer só cresce.

[Nota]

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