Não esqueça de votar comentar e de me seguir no wattpad. Obrigado 💙
[Kim Seungmin]
Com a garganta seca, o corpo quente e o coração em saltos, fui para o único lugar que sabia que o trânsito de pessoas seria quase inexistente.
Me escondi entre às prateleiras imensas com todos os tipos
de vinho, respirando devagar para me controlar.Se pudesse ceder aos meus instintos...
Uma vozinha insistente na minha cabeça diz que não somos assim, mas a parte histérica em mim queria arrancá-la a força dos braços dele. O jeito como possessivamente me olhou ao abraçá-lo pela cintura, como se lesse exatamente o que sinto e zombasse disso.Será que ele contou?
Meu Deus, isso é uma possibilidade...
Como o doido do enteado do pai dele fingiu ser seu Omega e o deixou beijá-lo, porque foi isso que fiz... Mesmo que ele não soubesse quem eu era, sempre sou que era ele.
Um barulho oco de porta batendo e passos me alertaram.
— Merda... — Sussurrei para mim mesmo e depois, para o mundo. Me encolhi ainda mais entre os vinhos, indo até o final onde a área climatizada ficava e a seleção de vinhos raros, perfeitos para serem degustados gelados. Fiquei esperando a pessoa encontrar o que está procurando e ir embora, até os passos se tornam mais altos e eu o vejo.
— Por que está se escondendo na adega? — Nada pode ser mais humilhante que ser questionado pelo alvo dos seus sonhosmais íntimos, no dia do aniversário dele, quando a namorada dele enviou uma mensagem certeira ao meu ego.
— Não estou me escondendo.
— Você está literalmente abaixado entre prateleiras. — Persiste. Minha mente dá um nó e puxo uma garrafa.
— Só estava lendo o rótulo. Vou querer esse.
— Você gosta de suaves, esse é seco.
Chan leva alguns segundos a mais para perceber a Observação que fez, mas quando o faz, dá um passo para trás e ergue seus olhos até o meu. Há um sorriso cínico despontando dos
lábios que eu sei que beijam bem e isso me enerva só um pouquinho porque me lembro quem está os beijando agora.Enfio a garrafa de volta na prateleira, saindo de onde estava e andando até ele. Me sinto tão envergonhado e ao mesmo tempo cansado, quando paro à sua frente tudo que quero é dizer milhões de coisas.
Ele sustenta o olhar altivo, ergue uma das sobrancelhas e seu rosto fica tomado por seriedade. Nossas respirações densas, o silêncio que grita entre nós. O clima que ganha um peso palpável.
— Você deveria ir, Seungmin — sua voz é perigosamente rouca e baixa.
Meu corpo se arrepia com o tom, quero entender o que isso significa...Você deveria ir, Seungmin. Por quê?
Não me mexo, não faço menção de que vou sair porque não quero. A raiva volta com tudo porque me lembro das mãos de Lily o abraçando, sei exatamente o que é isso, o ciúme brincando com meus sentimentos... Me tornando um pobre garoto frágil que não sabe lidar com a rejeição sofrida quando tinha dezessete anos.— Você não quer seguir por esse caminho, me desafiando... — Ameaça calmamente. Arqueio uma das minhas sobrancelhas, o coração batendo forte no peito. Ele me encara, os olhos escuros tão escuros. Um
sorriso irreconhecível atravessa seus lábios e sinto um pouco de medo.Seus passos são lentos como os de um felino prestes a atacar, acuada, tento me desvencilhar. Cada passo que vem dele, um meu para trás ocorre em seguida, até que minhas costas batam
na superfície revestida de madeira. Não há saída porque estou preso entre a parede e chan está há alguns passos de distância de mim.— Por que estava me olhando daquele jeito? — Questiona rudemente, dando dois passos tão lentamente. Agora posso sentir o calor do seu corpo bem próximo ao meu.
— Você estava me olhando igual.
— Você devia ter ido quando teve a chance, Chan — adoro como meu nome soa pelos seus lábios.
Ele usa um tom excitado e irritado para me repreender, como se eu fosse um boneco maleável às suas vontades. Não o respondo, a quem quero enganar? Estou desesperi para saber o
que ele fará. Minhas mãos tremem, a garganta seca e entreabro meus lábios.Chan se aproxima, seu corpo resvala no meu. Prendo minha respiração com medo de cair e desabar aos seus pés. Seu rosto se aproxima e para há centímetros de distância do meu.
Nossos narizes se tocam, nossos olhos se encontram e o hálito adocicado
frutado pelo vinho bate em minhas bochechas. Às luzes se apagam e eu tremo levemente, assustado. É
nesse momento que uma de suas mãos circulam minha cintura.— O sensor de movimentos parou de detectar presença... — Explica em um sussurro. Um gemido miado atravessa minha garganta, o escuro trazendo quase um dejavu sobre o dia que nos beijamos pela primeira vez. Sei que ele também está lembrando, porque ele aperta minha cintura e enfia seu nariz no meu pescoço, sorvendo
meu cheiro e beijando levemente.— Eu não posso... — Murmura no meu ouvido, sua respiração me arrepia.
Lily. A imagem da ômega se ilumina na minha mente e fico com raiva, ciúme, inveja. Não penso muito quando círculo seu pescoço com minhas mãos, puxando seu rosto para mim.— Você me quer... — Agora eu sei que ele também quer.
— Mas eu não posso — repete, dessa vez mais firme.
Sua mão esmaga minha cintura, me puxando para perto do seu corpo. Posso senti-lo duro, pressionando minha barriga. Chan rosna Com raiva, sua mão livre segura meu pescoço, mas ele não pressiona. Sinto o poder desse gesto, a dominação que ele quer me submeter.
Outro gemido esvai.
Me sinto úmido, meu corpo quente, respiração pesada. Esfrego minhas pernas com força, procurando qualquer coisa que cale a necessidade que meu corpo sente.
— Chan? — A voz suave surge no ambiente, às luzes se acendem e ouvimos passos. Me alarmo, mas Chan não me solta. Ele pressiona sua mão
delicadamente na minha boca, me ergue e caminha devagar comigo, atravessando algumas prateleiras ao fundo e me pressionando em uma delas.— Onde ele se meteu... — Lily murmura, ainda andando pela adega.
Leva alguns segundos, então seus passos aceleram e ouvimos a porta bater novamente. Só assim ele me solta.— Isso nunca mais vai acontecer, entendeu? Nunca mais. — O jeito bruto, rude e grosso que ele diz, me faz sentir pequeno. Meus olhos queimam imediatamente, Chan parece transtornado com o rosto vermelho e uma veia saltada na testa. Me olha sério antes de sair, batendo à porta com ele. Acho que nunca senti tanta vergonha na vida e é por isso que sei que preciso ir embora daqui.
[Notas]
Aí, o Chan acabou com todo o tesão, poderiam ter uma rapidinha ali... Mais tudo ao seu tempo
VOCÊ ESTÁ LENDO
O Fruto Proibido [Seungchan/Chanmin]
FanficTodos diziam que ele tinha uma carinha de príncipe, mas chan escondia segredos submersos em camadas de ternos caros, um sorriso cortês e gentileza quase ensaiada. Ele não pensava em romance, conto de fadas, paixão irresistível. Suas palavras doces s...