O Fruto Proibido [Seungchan/Chanmin]

capitulo 20

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[Bang Chan]

Estou segurando o sorriso ao olhá-lo de longe escolhendo minhas roupas. Ele faz tudo alegremente, cantarolando, enchendo uma mala tamanho médio. Seungmin umedece os lábios sensualmente ao puxar uma
boxer preta. Seus olhos brilham diferente e me procuram de esguelha.

— Gostando das escolhas que está fazendo?

— Adorando — ele provoca, mordendo o lábio inferior. Acabo com o espaço entre nós, segurando seu queixo e erguendo em minha direção. Sei que há algo errado desde que ele
chegou com sua mala de rodinhas cor de rosa e os olhos vermelhos. Ficou distante e respeitei seu espaço dizendo que arrumaria minhas coisas, foi quando se ofereceu para fazer por mim.

— É injusto, não faço ideia das coisinhas minúsculas ou não, que você trouxe para me deixar maluco.

— Não trouxe nada para te deixar maluco, príncipe — brinca comigo.
Ele sai do meu alcance, continua enchendo minha mala e me pergunta se quero algo a mais. Me inclino em sua direção propositalmente, colando nosso corpo e abrindo a gaveta atrás dela.

Seungmin suspira pesado, inquieta e sei que está com tesão. Mal o toquei e tenho seus suspiros ansiosos para mim. Adoro como ele é aberto, receptividade, curioso. Um ômega
aplicado querendo aprender tudo que pode, nascido pra me deixar maluco com suas reações claras sobre o que senteComo nunca percebi isso antes?

Paro para pensar e chego à conclusão que sim, eu percebi. Ele sempre me quis e seus olhos miravam em mim desde que nos conhecemos, preferi me manter em negação sobre nosso beijo inesperado em um dos meus
aniversários, ele era um menino e eu me senti um merda. Ainda me sinto um. Ele é lindo, inocente, vibrante. Algo em sua expressão feliz me diz que não posso me descuidar ou vou quebrá-lo.

— Isso — tiro uma das minhas camisas antigas, com o emblema da minha universidade. Eu uso para dormir nos dias frios, mas agora quero vê-lo vestindo minha camisa e nada mais.

— Muito bem. Temos tudo?

— Meu lindo, eu tenho você. Roupas são dispensáveis. — Roubo um beijo rápido e ele ri, me beijando de volta.
Prometi a mim mesmo que não seria um maníaco depravado com ele. Quero que me conheça, quero dar bons motivos para que queira ficar comigo porque não quero viver sem ele.

Organizei nossa bagagem no andar de baixo, deixando tudo pronto para sairmos cedinho. Consegui remanejar toda minha agenda para trabalhar durante o período da manhã, apenas uma reunião ficou marcada por facetime no horário da tarde. Estaria com meus dias livres na medida do possível e pretendia não desgrudar
dele.

Seungmin deitou no sofá, montando uma playlist no telefone, porque de acordo com ele, nossos dias teriam que ser marcados com uma boa trilha sonora. Sentei ao seu lado, puxei suas pernas para a minha e puxei meu celular tirando uma foto do momento.
Ele riu, se inclinou para ver e me pediu para enviar.

— Não somos amigos nas redes sociais — comentou, olhando nossa foto em seu celular e se sentou. — Quero uma foto adequada com o meu namorado.
— Suas bochechas ficaram vermelhas após o pedido.

Meu peito expandiu num orgulho bobo e o puxei para meu colo, Seungmin sorriu juntando nossos rostos e tirou uma selfie. Ele estava absolutamente lindo com seus cabelos loiros bagunçados, sem nenhuma maquiagem. Lindo pra caralho.

Meu coração disparou como se eu fosse um adolescente, afundei meu rosto no seu pescoço, cheirando sua pele macia e os cabelos. Ele é muito cheiroso, além do perfume doce e o hidratante gostoso na sua pele, Seungmin tem um cheiro próprio e afrodisíaco que me deixa doido.

Ouvi o som do disparo da sua câmera e beijei sua pele, distraindo seu momento de fotos. Ouvi sua risadinha e levantei a cabeça para ver a foto que
ela tirou.

— Provando que sou um verdadeiro viciado em você? — Ele riu e depois revirou os olhos. — Que foi, não acredita?

— Não. Você já teve dezenas de Omegas, o que me difere deles? —
Resmungou, saindo do meu colo.

— O que te difere delas? Tá brincando? Absolutamente tudo.

— Não minta...

— Não sou um mentiroso. Há algumas coisas que você não sabe sobre mim, a primeira delas é o quanto sou obcecado por você. Não é uma coisa legal admitir isso. Olhe para mim — peço — não quero ver esse olhar inseguro. Você não é mais um para mim, vou te provar isso. Só preciso de tempo e da sua confiança. — Ele suspira, mas continua me olhando com dúvida. Eu o puxo, beijo seus lábios com delicadeza e abraço forte.

— Você tem minha confiança. Sempre.
E isso é tudo que importa para mim