A Melodia do Coração(Mpreg) | Livro 3 - Amores perdidos e encontrados

Capitulo Catorze

Dominic Rosende:

Olhei para Harry pelo canto do olho, curioso sobre a razão dele vir até a minha casa naquele instante. Afinal, ele sempre quis fazer as coisas com calma.

— Harry, posso te perguntar algo? — comecei, tentando manter minha voz suave e casual.

— Claro, Dom. O que foi? — respondeu ele, virando-se para me encarar.

— Por que você veio aqui hoje à noite? Sei que você prefere fazer as coisas com calma, então estou curioso — admiti, tentando ler a expressão em seus olhos.

Harry suspirou, olhando para as mãos por um momento antes de falar.

— Eu... precisava de um momento de paz e um lugar onde me sentisse seguro. E, bem, você é essa pessoa para mim, Dom — ele disse, com um sorriso tímido. — E também queria te contar algo importante.

Minha curiosidade aumentou.

— O que você queria me contar?

Harry respirou fundo antes de continuar.

— Eu queria te dizer que... eu quero tentar de verdade. Nós, juntos. Construir uma vida e uma família. Sei que precisamos de tempo e que as coisas não serão fáceis, mas sinto que podemos fazer isso dar certo.

Senti meu coração se aquecer com suas palavras.

— Eu também quero isso, Harry. Quero construir uma vida com você e as crianças. Estamos juntos nessa, e farei tudo o que estiver ao meu alcance para fazer isso dar certo.

Harry sorriu, e a expressão em seu rosto era de alívio e felicidade. Ele se aproximou um pouco mais, tomando minha mão na dele.

— Obrigado, Dom. Significa muito para mim.

Ficamos ali, de mãos dadas, desfrutando da companhia um do outro e do silêncio confortável da casa. Por um momento, tudo parecia perfeito e cheio de possibilidades.

— Vamos fazer isso, Harry — disse, apertando sua mão levemente. — Juntos, podemos enfrentar qualquer coisa.

Ele assentiu, os olhos brilhando com determinação e carinho. E, com isso, soube que estávamos prontos para começar essa nova jornada juntos, com todas as suas alegrias e desafios.

— Mas também tem algo muito sério que preciso te contar — ele disse, levantando uma sobrancelha. — Não quis dormir em casa sozinho com o Milo porque faz quase um dia que me sinto sendo observado.

Senti um frio na espinha ao ouvir isso. A preocupação e o medo nos olhos de Harry eram claros.

— Observado? Você tem ideia de quem poderia ser? — perguntei, tentando manter a calma enquanto analisava a situação.

Harry balançou a cabeça, visivelmente perturbado.

— Não sei quem poderia ser, mas tem sido constante. Movimentos nas sombras, ruídos estranhos. Eu até pensei que estivesse imaginando coisas, mas Milo também ficou assustado, e isso me fez perceber que não era só minha imaginação.

— Você fez bem em vir para cá — disse, apertando sua mão para confortá-lo. — Estamos mais seguros juntos, e podemos descobrir o que está acontecendo.

Harry suspirou, visivelmente aliviado por estar em um lugar seguro. — Eu não queria te preocupar, mas sabia que precisava falar com alguém.

— Não se preocupe. Vamos resolver isso juntos. Amanhã, podemos falar com a polícia e ver se eles podem ajudar — sugeri, tentando pensar em maneiras de proteger nossa família.