Bônus Cinco

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Alex Rosende:

Entramos na casa de Carlos, e o ambiente acolhedor me envolveu imediatamente. A sala estava suavemente iluminada por lâmpadas de canto, criando uma atmosfera quente e convidativa. Carlos caminhou até a cozinha, sorrindo para mim por cima do ombro.

— Sinta-se à vontade, vou preparar o café — disse ele, gesticulando para o sofá. — Pode se sentar e ficar à vontade.

Agradeci e me sentei no sofá, observando enquanto ele se movimentava pela cozinha. Era encantador vê-lo tão à vontade em seu espaço, cada movimento mostrando um lado dele que eu estava começando a conhecer e apreciar cada vez mais. Enquanto ele preparava o café, meus olhos vaguearam pela sala, notando fotos de família e algumas pinturas nas paredes, uma delas mostrando uma cena tranquila de um lago, que parecia lembrar o parque onde estivemos.

Carlos voltou com duas canecas de café fumegante e se sentou ao meu lado no sofá, entregando-me uma das canecas.

— Aqui está. Espero que goste forte — ele disse, com um sorriso brincalhão.

Tomei um gole e sorri de volta, sentindo o calor da bebida se espalhar pelo meu corpo.

— Está perfeito, obrigado — respondi.

Ficamos em silêncio por um momento, apenas apreciando a companhia um do outro. O café quente e o ambiente aconchegante tornavam o momento ainda mais especial. Senti uma sensação de paz e conforto que raramente experimentava, como se estivesse exatamente onde deveria estar.

— Sabe — Carlos começou, quebrando o silêncio —, eu estava pensando em como a noite foi incrível. Não é sempre que se encontra alguém com quem você se conecta tão facilmente.

Olhei para ele, seus olhos castanhos brilhando com sinceridade e algo mais, algo que eu também sentia, mas que ainda não conseguia nomear.

— Eu sinto o mesmo — respondi, sorrindo. — Parece que tudo se encaixa quando estamos juntos, como se estivéssemos destinados a nos encontrar.

Carlos colocou sua caneca na mesa de centro e se inclinou para mais perto de mim, suas mãos encontrando as minhas. Ele segurou minhas mãos com firmeza, seus polegares acariciando suavemente minha pele.

— Eu quero que isso seja o começo de algo real e duradouro — ele disse, sua voz suave mas cheia de determinação. — Não quero apenas uma lembrança bonita de uma noite, quero construir algo sólido com você.

Meu coração acelerou ao ouvir suas palavras, e eu sabia que ele estava sendo completamente honesto. Era raro encontrar alguém disposto a ser tão aberto e vulnerável, e isso só aumentava meus sentimentos por ele.

— Eu também quero isso, Carlos — disse, apertando suas mãos de volta. — Vamos construir algo juntos, passo a passo.

Ele sorriu, um sorriso que fez meu coração disparar. Nos inclinamos ao mesmo tempo, nossos lábios se encontrando em um beijo suave, mas cheio de promessas. Foi um beijo que selou nosso compromisso mútuo, uma promessa de explorar o futuro juntos, enfrentando qualquer coisa que viesse em nosso caminho.

Quando o beijo terminou, ficamos ali, abraçados no sofá, conversando sobre tudo e nada. As horas passaram sem que percebêssemos, e logo a manhã estava se aproximando. Finalmente, com relutância, decidimos que era hora de encerrar a noite.

— Acho que é melhor eu ir, amanhã tenho que buscar o Cameron — disse, com um sorriso. Era difícil sair daquele momento perfeito, mas a realidade nos chamava.

Carlos pegou minha mão, entrelaçando nossos dedos com um gesto carinhoso e decidido.

— Pode dormir aqui comigo — ele sugeriu, um sorriso suave iluminando seu rosto. — Podemos continuar nossa conversa e aproveitar mais um pouco da companhia um do outro.

A Melodia do Coração(Mpreg) | Livro 3 - Amores perdidos e encontrados Onde histórias criam vida. Descubra agora