A Melodia do Coração(Mpreg) | Livro 3 - Amores perdidos e encontrados

Prólogo

Harry Heart:

5 anos atrás.....

Escuto uma batida na porta do meu quarto. Abro os olhos lentamente, sento-me coçando-os e sinto uma alegria ao olhar para o lado e ver Dominic ao meu lado, meu paquera desde o ensino fundamental.

Lembro-me do momento em que o conheci, espiando-me da porta da sala de música da escola, enquanto eu cantava uma música qualquer. Quando parei de cantar, Dominic entrou correndo. A professora iria anunciar quem tocaria em uma apresentação da escola, e Dominic se apresentou dizendo que tocaria piano. A professora permitiu que ele tocasse.

Foi maravilhoso vê-lo tocar. Aplaudi de pé, junto com meu primo e melhor amigo, Gael, que admirava a habilidade de Dominic com seus dedos velozes, fazendo surgir uma melodia encantadora nas teclas!

Ele parou de tocar e todos aplaudiram, até a professora, que tinha lágrimas nos olhos. Dominic ficou vermelho de vergonha e se sentou.

Depois disso, tudo mudou. Nós nos aproximamos e nos tornamos amigos inseparáveis. Meu primo Jacob até reclamou uma vez que eu deixava ele e Gael de lado nas conversas com Dominic.

Eu ignorava, pois Jacob é muito dramático às vezes, além de ser bastante sério!

O tempo passou, e comecei a querer algo mais com Dominic. Guardei esse sentimento até o último dia do ensino médio. Fomos a uma festa de um colega, onde revelei meus sentimentos a Dominic, chamando—o para um local afastado. Revelei tudo e, quando terminei de falar, Dominic me beijou, dizendo que sempre quis isso desde o momento em que começou a frequentar o ensino médio.

Naquela festa, que aconteceu na noite passada, agimos como um casal. Entreguei-me a Dominic, o que me proporcionou uma noite maravilhosa.

— Bom dia — Dominic falou, abrindo os olhos e me encarando. — Como foi a sua noite?

Deitei-me ao seu lado novamente e o beijei nos lábios. Ele sorriu.

— Olha o bafo matinal — Dominic reclamou.

— Como você quer que eu escove os dentes se não estou na minha casa? — Perguntei, e ele deu de ombros.

Esqueci de mencionar que a festa foi em uma casa afastada da cidade, que pertence ao organizador.

— Verdade, melhor irmos — Dom falou. — Mas antes vamos escovar os dentes.

Tentei levantar, mas senti uma dorzinha na parte de trás. Minha tia Sofia sempre dizia que na primeira vez iria doer.

— Quer ajuda? — Dominic perguntou, vindo me acudir. — Ainda está doendo por causa de ontem?

— O que você acha? — Perguntei. Ele riu, me pegou no colo como uma noiva e me carregou até o banheiro do quarto.

Dominic é muito cuidadoso e cuidou de mim naquela manhã, já que não precisávamos voltar para casa tão cedo. Principalmente eu, já que meu pai me odeia.

Segundo ele, fui eu que matei minha mãe, não o carro que bateu contra ela há três anos.

Ele só piorou comigo, mas nunca chegou a me bater. Apenas me deixava dias sem comer e me trancava no meu quarto.

Aquele é o pior homem que existe, e tudo piorou quando descobriu que posso gerar um bebê.

— Por que está tensa? — Dominic perguntou. — Não precisa ficar assim. Estou aqui por você e só para você. Nada vai acontecer enquanto eu estiver ao seu lado.

Ele beijou meus lábios, e pela primeira vez me senti feliz na vida, pois recebi um gesto de carinho da pessoa que sempre amei.

Mal sabia que essas seriam suas últimas palavras para mim antes do pai dele o afastar da cidade.