Dominic Rosende:
Harry parou de repente, o olhar fixo em um ponto distante. Apertei sua mão com firmeza, tentando entender o que o estava incomodando.
— Está tudo bem? — perguntei, observando seu rosto em busca de respostas.
Ele tentou sorrir, mas o desconforto era evidente. — Sim, está tudo bem. Só estou um pouco distraído.
— De verdade, Harry — insisti, apertando suavemente sua mão. — Pode me dizer. Está sentindo que estamos sendo observados?
Harry suspirou, seu sorriso desaparecendo. — Sim, Dom. Ainda sinto isso. Mesmo aqui, em meio a tantas pessoas, parece que alguém está nos observando. Não queria te preocupar, mas não consigo ignorar essa sensação.
Olhei ao redor discretamente, tentando identificar qualquer coisa suspeita, mas tudo parecia normal. As crianças riam e brincavam, alheias à nossa preocupação.
— Vamos fazer o seguinte — sugeri, mantendo a voz calma para não alarmar as crianças. — Vamos aproveitar o dia aqui, mas ficaremos atentos. E mais tarde, podemos falar com a polícia sobre isso. Não quero que você se sinta assim, especialmente com Milo e as outras crianças ao redor.
Harry assentiu, aliviado por compartilhar sua preocupação. — Obrigado, Dom. Isso significa muito para mim.
Passei o resto do tempo no parque mantendo um olhar vigilante, sem deixar de desfrutar dos momentos com Harry e as crianças. Sabia que proteger nossa família era a prioridade, e faria o que fosse necessário para garantir a segurança de todos.
Quando voltamos para casa, decidi tomar algumas precauções extras. Liguei para a polícia e expliquei a situação, agendando uma visita para discutir as preocupações de Harry. Também falei com Jean e Gabi, pedindo que ficassem atentas a qualquer coisa fora do comum.
— Vamos resolver isso, Harry — prometi, abraçando-o. — Não deixarei que nada nem ninguém ameace nossa família.
Ele me abraçou de volta, sentindo-se mais seguro.
— Eu confio em você, Dom. E sei que juntos, podemos superar qualquer coisa.
Nos próximos dias, mantivemos uma rotina atenta e cuidadosa, enquanto as investigações continuavam. Apesar da tensão, nossa conexão se fortalecia, e a certeza de que estávamos construindo algo especial me dava forças para enfrentar qualquer desafio.
Juntos, enfrentamos o desconhecido, sabendo que, com amor e apoio mútuo, podíamos superar qualquer adversidade. E, acima de tudo, estávamos determinados a proteger e preservar a felicidade que havíamos encontrado.
— Eu acho que eu e o Milo precisamos voltar para casa — Harry disse, e olhei para ele com um pequeno sorriso.
— Pode ficar mais um dia aqui comigo, não dou muita importância — falei, tentando convencê-lo.
Antes que ele pudesse responder, seu celular começou a tocar com força. Ele o pegou e atendeu de imediato.
— Alô — disse Harry, com uma expressão confusa no rosto. — Sou eu mesmo, mas o que gostaria de conversar?
Ele fez uma pausa, ouvindo atentamente.
— Você está querendo dizer que é minha prima e que sua mãe quer me conhecer para saber sobre o meu pai?
Harry se levantou e seguiu para a cozinha, e eu o acompanhei, curioso e preocupado. Sabia muito bem como a relação entre Harry e o pai dele era caótica. Benjamin já foi um bom pai para Harry, mas depois da morte da mãe de Harry naquele acidente, ele se tornou amargo e sempre culpava o filho pela tragédia.
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A Melodia do Coração(Mpreg) | Livro 3 - Amores perdidos e encontrados
RomanceHarry lembra vividamente o que aconteceu em seu último dia como estudante do ensino médio. Naquela noite, ele foi a uma festa onde teve um momento mágico com Dominic, o rapaz por quem sempre teve uma queda e que também gostava dele. No entanto, devi...