A Melodia do Coração(Mpreg) | Livro 3 - Amores perdidos e encontrados

Capítulo Cinquenta e Cinco(final)

Harry Rosende Heart:

Sete meses depois....

Olhei para Ayla, que dava seus passinhos em direção aos irmãos que brincavam no quintal da casa. Ela soltou algumas risadinhas, e os três mais velhos ficaram atentos a cada movimento seu, prontos para evitar qualquer queda. Faz algum tempo que ela começou a andar, mas sempre corre e, quando cai, solta um berro enorme e fica irritada. Era impossível não sorrir ao vê-la tão determinada, ainda que atrapalhada, explorando o mundo com uma energia contagiante. Seus irmãos compartilhavam olhares de cumplicidade e carinho, prontos para protegê-la e incentivá-la em cada nova aventura.

Ayla tropeçou em uma pequena pedra e, por um breve momento, seus bracinhos balançaram no ar, tentando encontrar equilíbrio. Antes que pudesse cair, um de seus irmãos mais velhos, Lucas, correu rapidamente e a segurou com cuidado, levantando-a no ar enquanto ela ria alto, encantada com a atenção.

— Cuidado, Ayla! — disse Oleg, rindo junto com ela. — Você tem que olhar por onde anda.

Milo e Daniel se aproximaram, formando um pequeno círculo ao redor dela. Milo ajeitou uma mecha de cabelo rebelde do rosto da pequena, enquanto Daniel lhe entregava uma flor que havia colhido do jardim.

— Olha, Ayla, essa é pra você — disse Daniel, com um sorriso suave.

Ayla pegou a flor com seus dedinhos pequenos, olhando-a com olhos brilhantes de curiosidade. Ela deu uma risadinha, encantada com o presente. A cena era um retrato perfeito da infância: inocente, cheia de descobertas e amor fraternal.

Os irmãos se sentaram na grama, formando um pequeno círculo, com Ayla no centro, ainda segurando sua flor. Oleg começou a contar uma história inventada sobre uma princesa corajosa que encontrava uma flor mágica em seu jardim, enquanto Milo e Daniel faziam gestos animados, ilustrando a narrativa.

Os olhos de Ayla brilhavam de fascínio enquanto ela ouvia cada palavra, sua imaginação correndo solta. A cada momento, ela parecia mais segura de si, mais conectada com seus irmãos, e mais pronta para explorar o mundo ao seu redor.

E eu, observando de longe, não pude deixar de sentir uma profunda gratidão por esses momentos simples e preciosos. A felicidade genuína nos rostos deles era um lembrete de que, apesar das dificuldades e desafios, esses pequenos instantes de alegria e união familiar eram o que realmente importava.

Nesses últimos meses, meus filhos têm sido tão doces uns com os outros, além de me ajudarem com as tarefas diárias durante a gravidez. Dominic deu uma missão aos três mais velhos, e a única diferença é que Ayla distrai os irmãos para que eu possa relaxar um pouco depois de tanta cautela.

Mickey latiu para mim, e eu abri a porta para ele, que correu atrás das crianças para brincar.

Senti os braços de Dominic ao meu redor, e ele me deu um beijinho na curva do pescoço.

— O que está se passando nessa cabecinha? — Dominic perguntou, passando as mãos até chegar ao meu enorme barrigão. — Você acha que vai ser menino ou menina?

— Quero ser surpreendida — falei. — Mas, se estiver apostando, a Ayla quer uma irmãzinha.

Dominic soltou uma risadinha, seus olhos brilhando de alegria e expectativa. Eu me aconcheguei mais nos braços dele, sentindo a tranquilidade do momento. As risadas das crianças e os latidos de Mickey enchiam o ar, criando uma sinfonia de felicidade ao nosso redor.

— E você? — perguntei, olhando para ele com curiosidade. — O que você acha que vai ser?

— Eu só quero que seja saudável e tão incrível quanto os nossos outros filhos — respondeu Dominic, acariciando minha barriga com ternura. — Mas acho que uma irmãzinha para a Ayla seria maravilhoso.