Flames Of Revenge

C. 8

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Meus seios estavam pressionados na parede do banheiro, meu cabelo puxado para trás enquanto uma das suas mãos agarrava uma madeixa, deixando-me arqueada para ele. Sua outra mão apertava meu quadril com força, seu corpo bombardeando meu com rapidez. Seus dentes grudaram em meu ombro, a dor fina anunciando a marca que ficaria ali mais tarde.

Estamos aqui a quase meia hora.

A água descia em nossos corpos juntos, seu peso imprensando meu corpo contra a parede áspera.

— Você queria isso de novo, não é? — sussurrou. — Me queria dentro de você.

E isso foi fim. Minhas pernas tremeram enquanto o orgasmo inundava meu corpo, minha respiração ofegante e desesperada enquanto a aspereza da parede arranhava minha pele. A dor do meu cabelo fazendo-me fraquejar em seus braços tatuados. Ryan me segurou, seu braço envolvendo meu quadril deixando-me parada para sentir tudo aquilo, a liberação e a água gelada caindo sobre nós, tudo que ele estava me dando.

— Isso. — comentou, seus dentes agora cravando em meu pescoço.

Senti um vazio inundar meu corpo quando Ryan se afastou e saiu de dentro de mim. Uma sensação quente em minha bunda deixava explícito que ele havia gozado ali. Seu murmúrio era rouco como um homem que acabou de ser libertado de um calabouço também denunciava sua ação.

Fechei os olhos e suspirei pesado, soltando todo ar que meu corpo prendia.

— Meu carro está intacto? — perguntou.

Seu calor foi se afastando lentamente.

— Talvez tenha algumas gotas de sangue do banco. — apontei. — Mas isso não é um problema para você, ou é? Mas terei cuidado na próxima vez.

— Não terá próxima vez. — falou.

Olhei por cima do ombro antes de virar e olhar para ele. Seu corpo tonificado e com tatuagens pretas. Seu cabelo molhado e jogado para trás, realçando seus piercings que brilhavam devido à luz do lugar.

— Então eu preciso de um carro.

Um sorriso brotou em seus lábios enquanto seus olhos desciam por meu pescoço, encarando sem vergonha meus seios doloridos. Ele também notou uma cicatriz horizontal abaixo do peito esquerdo, feita por uma das detentas. Virei, incomodada e passei a mão no cabelo enquanto voltava a lavar meu corpo, esfregando meus cabelos após despejar shampoo.

— Posso ajudar você a arranjar um amanhã. — comentou.

— E qual será o preço?

— Só de você não pegar o meu carro de novo é uma coisa boa. — ele disse.

Ri fraco e continuei me levando, mas virei após ouvir o barulho do box abrindo. Ryan havia saído e logo enrolou a toalha na sua cintura. Não quis questionar. Eu queria ficar sozinha de qualquer forma. E não me importava se acabei de foder com ele de novo. Afinal, a ideia de nos divertimos foi totalmente dele.

Quando terminei, fui para o quarto. Revirei as sacolas das roupas que comprei e tirei uma calça e uma camisa de alças finas. Esfreguei a toalha no cabelo, deixando-o úmido ao ponto de não escorrer água, e logo saí. Após entrar na cozinha, não demorei para pegar uma xícara e procurar por café, e quando não encontrei, resmunguei baixo.

Ryan era viciado em café, então por que não fez?

Agarrei a garrafa de uísque e enchi a xícara pelo meio, lambendo os lábios antes de tomar um gole. Olhei para o lado e me aproximei do armário, afastando os potes de vidro e pegando a foto ali. Uma fotografia de Ryan mais novo. Ele já tinha algumas tatuagens nos braços e um piercing no nariz. Seu cabelo preto era grande, batia nos seus ombros. Ele já tinha um olhar malicioso e um sorriso ladino. Pelo fundo rodeado de pessoas e a luz fraca, parecia que a foto foi tirada em uma festa.