C. 9

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𝔖𝔦𝔠𝔞𝔯𝔦𝔬

Talvez se eu não recebesse aquela milagrosa ligação, eu não salvaria essas pobres crianças. Saber disso fazia meu estômago revirar, a ideia do quase sequestro ter dado certo, assim como a tráfico que aconteceria era como uma faca no meu coração, cravada bem no fundo.

"Quer saber de uma coisa, Caccini? Um grupo de garotinhas estão sendo sequestradas para o tráfico infantil. Ficou curioso? Se eu fosse você, eu daria uma passada no velho depósito de containers em Wolf Creek."

Wolf Creek era um bairro perigoso. Já presenciei cenas perturbadoras de mortes entre gangues nesse lugar, assim como tiroteios com a polícia. Porém, eu conhecia pessoas que moram ali, quais são colegas e conhecidos. Eles me ajudaram com o endereço do tal depósito, então tive a prova que a informação era verídica. Não pensei duas vezes até arrastar Sandy comigo.

Quando chegamos lá, eliminei a única pessoa que estava ali, provavelmente esperando o transportador para levar a mercadoria. Quebramos o cadeado, a imagem partindo meu peito em tantos pedaços que seriam difíceis para serem restaurados. Os olhinhos assustados das pequenas brotaram em mim, com puro medo e horror, assustadas e com pavor ao me ver. Provavelmente horrorizadas demais achando que eu também seria um deles. Eu não queria assustá-las mais ainda, mas precisei ser rápido. Coloquei as vinte garotas na van e fomos embora logo depois. Eduard levando as garotas para o orfanato, e eu indo com Sander para nosso próximo passo.

— Onde estão os outros? — perguntei enquanto apertava o volante.

— Em um prédio que não fica muito longe daqui. — ele disse. — Vire a próxima rua.

— Aquele cretino achou que poderia sequestrar crianças para vender? — neguei. — Vou explodir a cabeça dele.

— Com as informações que recebemos, o chefe tem uma fama de ser um ótimo traficante. — ele comentou.

— Conseguiu descobrir quem nos ligou?

— Não. — meu primo negou. — A pessoa foi cuidadosa. Usou um telefone descartável. Estou tentando rastrear, mas essa porra está me deixando estressado.

Encarei a rua escura de Wolf Creek e tombei a cabeça para o lado suspirando enquanto pisava no acelerador. A chuva ainda caía, embaçando a visão devido as gotas grossas na frente do carro.

— O idiota provavelmente deve mandar uma pessoa buscar sua encomenda para não exposto ou ligado a crime com crianças.

— Descubra logo o nome desse merda. — falei. — Preciso saber o nome da minha próxima vítima.

— Cabral. — comentou. — O mesmo número mandou mensagem agora.

Olhei para ele, parando meus olhos no telefone aceso em sua mão. Sander virou o aparelho, mostrando-me a mensagem.

— Cabral. — murmurei e estreitei os olhos, voltando minha atenção para estrada. — Não me recordo desse nome.

— Talvez seja uma estratégia não ser conhecido para poder fazer seu trabalho sujo sem muito alarde.

— Filho da puta.

— Filho da puta

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