C. 38

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𝔖𝔦𝔠𝔞𝔯𝔦𝔬

Mexi o pescoço, estalando o mesmo enquanto caminhava pelo corredor sombrio da casa do terror. Estávamos preparados para mais um ataque surpresa se caso houvesse. Ainda não sei como descobriram que estaríamos aqui, mas a ideia de estarem nos seguindo desde pisamos na cidade ainda gira em minha mente. Olhei por cima do ombro apenas para me certificar de Luna ainda estaria me seguindo já que minutos atrás ela havia sumido quando foi atacada pela segunda vez.

O lugar não estava totalmente escuro e assustador, no entanto, qualquer um se acostumaria com o pouco de visão que tinha. Era possível notar alguns móveis e portas pelos cômodos que passávamos. Os personagens sangrentos tentando assustador nós dois enquanto eu e a mulher atrás de mim esperávamos mais homens estranhos surgir de qualquer canto escuro daqui.

"Ahhh!"

Outro grito.

Dessa vez era uma mulher vestindo macacão vermelho e máscara de Ghost Face no rosto. Ela segurava uma faca que parecia estar ensanguentada. Ignoramos. Continuamos andando pelo corredor que cada vez parecia ser longo e demorado.

Porra!

Eu podia sentir os lábios da boceta de Luna ainda envolvendo meus dedos dentro daquele quarto onde a levei minutos atrás.

— Quanto tempo vai demorar para sairmos daqui, Pietro? — ela perguntou. — Você disse que sabia a saída.

Bom...

É, eu sei onde fica a saída, mas parece divertido enfrentar inimigos aqui.

— Estamos perto. — eu disse.

Ela soltou outro suspiro irritado. Talvez o décimo suspiro dado por ela em apenas meia hora. Olhei para ela novamente e deixei que um riso saísse.

— Achei que você queria se divertir.

— E eu quero. — respondeu. — Mas também quero sair daqui.

Logo quebramos a parede quando curvamos e saímos desse maldito corredor. Encontramos as mesmas pessoas de minutos atrás quando entramos. As mulheres grudadas nos seus namorados enquanto os personagens as assustavam. Observei a mesma mulher de máscara que apareceu no corredor acertar um homem que gritou surpreso e recuou. Ele chutou e a outra cambaleou para trás e bateu as costas no armário.

— Ela me cortou! — ele berrou. — Ela me cortou de verdade! Que merda é essa?

Uma das mulheres que estavam com eles gritaram assustadas.

— Mais um mandado para nos matar? — perguntei e olhei por cima do ombro. — Que porra...

Ela não estava mais ali.

Franzi a testa e virei, procurando Luna que havia sumido mais uma vez. Merda. Cerrei os dentes e voltei para a mulher que ergueu sua mão para cortar os outros quatro. Um gemido de irritação saiu dos meus lábios quando resolvi dar logo um jeito nessa maldita cadela antes de procurar Luna novamente. Me apressei e chutei o braço da mulher, a faca caiu, e não demorei para envolver seu pescoço entre meu braço e antebraço e quebrá-lo. Creeck. O corpo caiu no chão no mesmo instante.

— Saíam daqui. — avisei. — Não são personagens de mentira.

Não esperei resposta e dei a volta após pegar a faca do chão, entrando no corredor e procurando por Luna. Olhei para os dois lados quando ouvi um grito abafado surgir de uma das portas, mas quando um corpo masculino saiu do quarto após ser chutado percebi que Luna estava se defendendo muito bem. Pittman apareceu quando saiu do quarto e olhou em minha direção antes de finalizar com o homem no chão.

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