C. 22

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𝔖𝔦𝔠𝔞𝔯𝔦𝔬

A ponta queimada do cigarro caiu enquanto eu batia no rolo. A manhã já havia dado as caras, expondo o mundo para mim. O jardim ao redor da casa estava molhado devido à chuva do dia anterior. O cheiro das folhas úmidas e o vento frio arrepiavam minha pele, mas eu não queria entrar ou me proteger do frio. Prefiro ficar deitado na poltrona enquanto fumo na minha sacada.

Tombei a cabeça para trás e soltei a fumaça entre os dentes, fechando os olhos e tragando mais uma vez, pensando nessa merda. Pensando em como o corpo dela se modelou em minhas mãos. Na tatuagem de chamas negras ao redor da sua cicatriz nas costas, era como se estivesse saindo dela, e do desenho da cobra em sua virilha, descendo até o começo da pele da coxa. Ainda sinto o gosto doce da sua boceta em minha língua.

Maldita. Lindo demônio.

Ela estava ali. Deitada na minha cama enquanto o cobertor quente envolvia seu corpo nu e ainda sensível de ontem. Posso acreditar que Luna esteja inchada entre as pernas assim como eu sinto o meu pau dolorido. Eu fodi aquela mulher durante duas horas ontem. Não resisti a deixar que ela assumisse o sexo e me fodesse.

Sua audácia em me beijar foi irritante, mas assim que seus lábios grudaram nos meus, meu corpo entrou em combustão. Foi como fogo queimando a gasolina que estava dentro de mim. Sua língua era gostosa demais para mandar que ela parasse de me deixar provar seu beijo. Ela era gostosa dos pés à cabeça.

Isso será um problema. Não me canso em imaginá-la nua para mim a cada maldito minuto que passa.

Suguei o cigarro pela última vez antes de jogar pela janela e levantei da poltrona, voltando para o quarto e vendo seu corpo alto ainda envolvido na cama e no lençol branco. Cerrei os dentes e ignorei a vontade de me enterrar nela de novo. Meu pau não aguentaria uma socada agora.

Abri a porta do quarto e estreitei os olhos ao ver o homem usando preto como sempre enquanto caminhava em minha direção. Sander havia voltado e isso não me deixou feliz no momento. Só pensei em esconder Luna para que ele não a veja. Não quero que esse pirralho me repreenda logo agora de manhã. Ainda são quase nove.

— Não feche a porta. — ele disse ainda caminhando. — Preciso pegar uma coisa.

— Que coisa? — perguntei e encostei a porta, me afastando dela.

— Seu notebook. O meu está carregando.

Cocei a garganta e assenti.

— Pegue depois. — falei. — Por que não avisou que estava vindo?

— Você sabia que eu voltaria hoje. Ainda me lembro de ter avisado para você que voltaria na quarta.

É. Merda.

Acabei esquecendo.

Sander passou por mim e empurrou a porta, entrando e sumindo. Respirei fundo e cerrei os dentes enquanto soltava xingamentos e rosnava.

— Você é um filho da puta!

Decidi descer para cozinha e passar beber um pouco de café para começar meu dia ouvindo repreensões do filho da puta que achava que era a porra do meu pai, e esquecendo completamente que somos primos e que sou o mais velho.

Ele me seguiria em breve.

Não demorou para que o homem aparecesse na cozinha com sua expressão irritada pra caralho. Dei o primeiro gole no café quente, amaciando minha garganta e me preparando para a conversa estressante.

— Desde quando? — perguntou.

— Quer mesmo saber?

— Por favor. — assentiu exigindo. — Naquele dia que você disse que achou alguém?

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