Flames Of Revenge

C. 25

𝔇𝔢𝔪𝔬𝔫𝔦𝔬

Acordei primeiro que Pietro. Era estranho estar na mesma cama que ele, assistindo-o dormir e sabendo que ele estava se sentindo seguro até demais ao meu lado. Eu poderia matá-lo, mas toda vez que penso em enfiar uma faca em sua garganta, eu recuo mesmo com os meus demônios ansiando que eu rasgue seu pescoço. Não éramos como antes. Não estávamos naquele jogo de gato e rato qual eu fugia dele como um rato querendo se esconder, enquanto ele me perseguia como um gato feroz e traiçoeiro.

Desde o dia que ele entrou no quarto do porão com sua garrafa de whisky na mão. A primeira vez que fodemos. Eu acreditei que o neguei, mas as palavras que saíam da minha boca mentiram a reação que meu corpo teve. Minha boceta molhada pelo jeito grosseiro que ele havia me pegado, das suas mãos fortes me dominando. Eu odiava saber que gostava de foder com ele.

Porra. Isso tudo está errado.

Eu não deveria estar aqui colaborando com eles. Não deveria ter aceitado tão facilmente. Não deveria me envolver demais nessa merda.

Brandon, por que você deixou que Andrew te matasse?

Tudo seria mais fácil se você estivesse vivo. Imbecil.

Puxei o cigarro outra vez, tragando-o enquanto assistia de longe o portão ser aberto e um dos carros entrarem. Era Sander. Ele desceu usando sua roupa escura de sempre. Jeans e jaqueta de couro. Braços com tatuagens, assim como o primo, mas Pietro tinha mais que ele. Admito estar curiosa para ver cada desenho que estava em sua pele, e esse pensamento me fazia querer sair correndo gritando.

Não posso me deixar cair ainda mais nesse poço.

Pietro era frio e pelo que notei impiedoso também. Era como se estivesse reprimindo algo dentro de si. Talvez uma coisa pior? Não sei. No entanto, ele era como eu. Pesadelos do passado o atormentam toda noite. Pelo o que ele disse, ele matou uma criança inocente que havia lhe pedido a morte, então esse seu ato o assombra como uma ferida nunca fechada.

Me ajeitei na poltrona e soltei a fumaça enquanto fechava os olhos. Enrolei um dos fios escuro do meu cabelo tingido de preto e soltei um suspiro, relaxando meu corpo. Soltei um suspiro ao sentir o vento fresco bater em minha pele, fazendo camisa que eu usava balançar um pouco e minhas pernas arrepiarem. Quando abri os olhos notei sua presença atrás de mim. Pietro tinha uma presença imponente facilmente de ser notada. Ele era uma extrema ameaça e perigoso.

— Gostando do cigarro?

Não virei para encará-lo.

— Tem gosto de cravo. — falei. — Como gosta disso?

— Fumo desde novo, Luna. — respondeu. — Sou viciado nessa merda.

Joguei o cigarro fora e levantei da poltrona.

— Vamos atrás do Ryan para ver como...

— Vamos tomar café da manhã. — ele cortou.

Se virou e andou, não me dando tempo para observar as tatuagens que ficavam na barriga e peito e mostrando suas costas nuas e o desenho dali. A tatuagem tomava quase suas costas inteira. Era um Cyber Angel. Eu já os vi nos desenhos que Ryan tinha pelo estúdio. A tatuagem era bonita e realçava na sua pele.

— Juntos como uma família? — provoquei.

— Sander quer explicar alguma coisa. — ele disse. — Ele pediu que nós descêssemos.

— Então sabe que nós dois estávamos juntos na cama? — continuei.

— Se vista e desça.

— Estou vestida. — franzi a testa.