C. 10

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𝔖𝔦𝔠𝔞𝔯𝔦𝔬

Adentrei o salão, respirando fundo enquanto vagava meu olhar pelas pessoas ali, vestidas elegantemente enquanto se acomodavam em suas respectivas mesas. Ternos de grifes e luxuosos e vestidos de gala, acentuando e abraçando as curvas do corpo de cada um. Suas taças cheias com o líquido transparente e borbulhante do champanhe caro que Andrew escolheu para seus convidados.

Eu estava ao lado da parede, também com uma taça na mão, analisando os convidados para ninguém passar despercebido por mim. Ou seja, Luna. Uma escuta estava acomodada na minha orelha, meu terno preto passando a imagem de segurança particular do velho, assim como eu quero que pensem. Dei um gole, o líquido doce descendo em minha garganta.

Avistei Sander se aproximar, passando pelos convidados suavemente. Seus olhos parando no corpo de uma das mulheres que vestia um vestido vermelho, qual abraçava suas curvas perfeitamente, ao lado de um homem. O cabelo castanho escondendo a pele nua das suas costas. Meu primo sorriu assim que ela virou, cumprimentando-a maliciosamente após notar o interesse notável que ela também teve.

Ri pelo nariz e mexi o pescoço. O homem ficou ao meu lado, sua postura sendo ereta assim que suspirou.

— Você foi contratado para trabalhar, e não flertar.

— Você faria o mesmo se alguma dessas mulheres interessassem você. — rebateu. — Não seja tedioso demais. Isso me irrita.

— Onde está Carllos?

— Sala principal com Andrew e os outros dois. — respondeu. — Aquele homem é maluco pra caralho. Me forçou a vir para essa merda.

— Mas isso é algo que aconteceria, afinal você está trabalhando para ele. — virei para olhá-lo. — Mas por que você aceitou trabalhar para ele? Você tem um plano, certo?

— Eu sempre tenho. — falou e pegou uma taça de bebida com um dos garçons que passavam segurando a bandeja. — Talvez trabalhar para Carllos seja uma boa opção no momento. Eu poderia analisar e investigar todos os quatro enquanto faço Carllos acreditar que sou seu funcionário mais fiel.

— Em pouco tempo? — franzi a testa. — Ele é esperto, Sander. Não acredite tanto que ele possa achar você fiel repentinamente.

— Eu sei o que fazer. — assegurou. — Não se preocupe.

— Tome cuidado.

"Preciso de reforços a entrada do evento. Vândalos estão tentando invadir."

— Você disse que a empresa do Andrew usa animais para experimentos em suas marcas, não é? — perguntei. Sander assentiu. — Acho que as pessoas que não curtem muito isso estão lá fora, tentando acabar com a festinha dele.

— Era provável.

— Irei lá. — eu disse. — Cuide daqui por mim.

Sander assentiu e bebeu seu champanhe.

Me afastei, dando as costas e caminhando pelo salão para travessar e ir até o corredor. Ajeitei meu paletó enquanto eu seguia caminho até a entrada da festa. Afrouxei um pouco a gravata assim que me aproximei o portão fechado. Alguns dos convidados estavam dentro, conversando entre si, e não precisei pensar demais para saber que era sobre o transtorno. Passei por eles, e coloquei a mão na escuta, ativando o microfone.

— Estou aqui. Abra o portão.

Ignorei os olhos curiosos ao meu redor e esperei que o portão abrisse. O barulho das duas portas se abrindo chamou minha atenção, e voltei a andar. Passei pela entrada e logo avistei dois seguranças tentando afastar o grupo de quatro pessoas ali. Eles tinham ferros nas mãos e ameaçavam atacar qualquer um que tocasse neles.

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