C. 36

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𝔖𝔦𝔠𝔞𝔯𝔦𝔬

Como nossos homens morreram tão facilmente?

O que acabamos de ouvir foi uma surpresa, principalmente para mim e Sander. Estavam mortos. Todos os nossos homens que foram enviados por nossos aliados haviam sido assassinados. E o pior... os pais da Luna.

O telefone que estava em sua mão foi colocado na mesa novamente. Seus ombros tensos, mãos fechadas e respiração controlada. Ela estava fingindo não estar afetada. Não queria demonstrar fraqueza. Eu não conseguia ver seu rosto, mas consigo imaginar sua expressão de sempre, indiferente e longe.

— Como? — Sander perguntou.

"Eu tinha ido comprar comida para os vigias que haviam trocado de turno, e quando eu voltei só havia fogo. A casa toda estava em chamas, senhor. Desculpe por não ter cumprido a missão que foi dada para mim."

— Eles aproveitaram a troca de turnos. — meu primo murmurou. — Talvez já estivessem vigiando há um tempo, Pietro. Agimos assim que recebemos a ameaça do Andrew, mas, infelizmente, ele foi mais rápido.

Alfredo se moveu, dando as costas para encher seu copo com mais bebida alcoólica.

— Quem eram as pessoas que Andrew matou? — ele perguntou.

— Meus pais. — Luna falou.

Sua voz era séria.

— Oh, sinto muito, querida... — Laureline lamentou, levantando-se da mesa para se juntar a Luna.

— Isso aconteceria algum dia. — Pittman falou. — Eu sabia.

— Parece que Andrew anda fazendo da sua vida um inferno. — Alfredo comentou, e eu só queria cortar sua maldita língua. — Homens como Andrew devem ser extraídos.

Luna recuou, mancando suavemente enquanto se virava para sair da cozinha. Seu olhar longe do meu. Ela estava me evitando, e isso martelou o meu peito. Eu não sabia o que ela estava sentindo agora, mas eu queria tomar sua dor. Seu corpo passou por mim, entrando no corredor e sumindo.

Tudo gritou para que eu fosse atrás dela, mas me mantive no lugar, com os pés presos no chão. Assisti Laureline levantar e seguir a mesma direção.

— Pietro?

Virei para olhar Sander que me encarava.

— Sim? — respondi.

— Acredito que tenha sido a máfia.

— Penso o mesmo. — falei enquanto tirava a carteira de cigarro do meu bolso.

Coloquei o rolo na boca e traguei após acendê-lo.

— Andrew deu a localização para eles. — continuei. — Porra, estou estressado pra caralho.

— Vocês têm deixado Andrew se divertir demais. — Alfredo comentou. — Ele está brincando com vocês. Tifa ficaria decepcionada ao ver que seus sobrinhos não estão sendo páreos para um lixo daquele.

Suas palavras me irritaram ainda mais, no entanto, ele estava certo apenas na parte de estarmos deixando Andrew a vontade. Aquele filho da puta está se divertindo enquanto acredita estar no controle.

Deixei um riso sair e soltei a fumaça, balançando a cabeça.

— Você tem razão, Alfredo. — concordei. — Estamos deixando Andrew fazer o que quer, e não é assim que funciona. Não é assim que funciona comigo, porra.

— Agora percebe que está distraído? — Sander apontou. — Luna distraiu você, porra.

Olhei para ele e neguei.

Flames Of RevengeOnde histórias criam vida. Descubra agora