𝔇𝔢𝔪𝔬𝔫𝔦𝔬
Eu ainda estava irritada com Pietro. Me dopar alegando que era o que eu precisava só por causa de um ferimento na coxa?
Grande merda!
Porra.
Coloquei o comprimido para dor na boca e virei o corpo de água. Talvez o cretino quisesse se redimir deixando o copo e o remédio na mesinha ao lado da cama.
Respirei fundo e molhei os lábios enquanto sentia a brisa fria do vento entrar pelas janelas abertas. Andei pelo corredor e me apoiei no corrimão das escadas, gemendo ao pensar que terei que descer esses malditos degraus.
Sem pensar comecei a descer degrau por degrau, tomando cuidado para não fazer muito esforço na coxa. Soltei alguns xingamentos e amaldiçoei Alfredo por ter escolhido essa casa com escadas ao invés de outra. Quando finalmente cheguei no final, sorri aliviada e fui mancando até a sala, encontrando aquela mesma mulher do dia anterior sentada no sofá.
Ela usava uma calça de alfaiataria e camisa social. Ambos da cor branca. Salto nos pés, deixando sua aura de elegância ativa. Cabelo preso. Unhas avermelhadas e lábios encostados na xícara em sua mão enquanto bebia o líquido. Sua pele estava brilhante como se acabasse de ter sido hidratada.
Laureline.
Sua beleza era jovial. Parecia ter a mesma idade que a minha, enquanto Alfredo aparentava estar beirando a casa dos quarenta.
Quando seus olhos ficaram em mim, um sorriso se abriu em seus lábios bonitos.
— Bom dia, querida. — falou.
— Bom dia.
— Você aceitaria se juntar a mim e tomar um café? — perguntou.
Olhei ao redor. A casa estava silenciosa. Nenhum deles estão aqui, até Pietro não estava na cama quando acordei.
— Estamos sozinhas?
A mulher assentiu.
— Eles saíram. — respondeu. — Não disse para onde iriam, mas Alfredo foi com eles. Então a casa é só nossa.
— Acaba sendo tedioso.
— Não se soubermos nos divertir. — ela sorriu.
Laureline inclinou o corpo para pegar uma xícara que estava posicionada ao lado da garrafa branca e luxuosa de café. Ela encheu o copo com líquido e temperou com açúcar antes de me entregar.
— Parece que você sabe se misturar com eles.
— Misturar? — questionei.
—Ah... — riu. — Você e os Caccini.
— É. Tenho uma história com os dois. — falei. — Uma história bem divertida, quero dizer.
— Você foi alvo deles?
— Sim. — confirmei. — Pietro foi contratado para me matar.
— Mmmm, e por que você ainda está viva? — brincou. — Meu marido às vezes me conta sobre seus parceiros, e a família Caccini é muita elogiada por ele, simplesmente o Sander. Alfredo o admira.
— Por que o Sander?
— Acho que Alfredo gosta de como ele age. — respondeu. — Parece calmo e relaxado, mas é sombrio por dentro. Meu marido consegue conhecer quando uma mesma é igual a ele.
— O que Alfredo faz? — fui curiosa.
Ela se acomodou ainda mais no sofá após colocar sua xícara vazia na mesa em nossa frente. Cruzou suas pernas e estalou a língua.
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Flames Of Revenge
RomanceNÃO ACEITO ADAPTAÇÕES!!!! ⚠️ 🔞É UM DARK ROMANCE PARA +18🔞 Aprender a se adaptar em uma cela, com pessoas que a odiariam, nunca seria fácil. Luna sabia disso. Os anos se passaram enquanto ela aprendia a sobreviver naquele lugar, pagando por um crim...