C. 15

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O que é isso?

Dois copos e uma garrafa de bebida. Isso seria minha última bebida ou o quê? Um drinque com o diabo?

Ele me mataria logo depois.

Sentei-me na cama, meus olhos focados em seu corpo e em sua intenção. Eu estava em alerta, pronta para qualquer coisa ou ação que ele fosse fazer. Pietro estava indiferente como sempre. A barba que antes estava feita agora não existe mais, e isso deixava sua semelhança com Sander ser mais explícita. Ele usava roupa leve, diferente do sobretudo e das jaquetas que usava quando entrava.

O que ele queria agora?

Algo me dizia que eu estava ainda mais fodida hoje.

Observei enquanto ele enchia os dois copos enquanto se acomodava cadeira de metal e colocava um dos copos no chão. Esse era para mim. O outro estava em sua mão, seus dedos envolvendo o cálice de vidro.

— O que foi? — perguntei. — Está carente?

— Você que deve estar. — rebateu. — Ou está carente ou tem desejo de morrer.

— Então Sander te contou? — provoquei. — Eu queria que fosse só um segredo meu e dele, sabe? — sorri.

Seus olhos pararam em mim enquanto ele virava seu copo na boca, bebendo o líquido com um único gole.

— Beba. — ordenou.

— Eu não quero. — neguei. — Dor de cabeça amanhã? Recuso.

— Quer que eu empurre o copo inteiro dentro da sua garganta?

Estreitei os olhos, notando seu tom sério. Levantei da cama e me abaixei para pegar o corpo. Dessa vez sentei de frente para ele e bebi.

— Parece irritado. — comentei. — Está com saudades do Sander?

— Ainda estou pensando se devo te deixar viva ou se mato você. — escorou suas costas na cadeira e abriu as pernas, suas coxas grossas destacadas no tecido. — Você parece ser uma peça valiosa para subornar o Andrew, mas você é irritante pra caralho. Sempre abre a boca para dizer merda.

— Mas por que está aqui? — rebati. — Tarde da noite, eu presumo. Você não vem aqui a noite, apenas o Sander. O que você quer?

— Eu quero foder, Luna. — ele disse. — Eu saí a procura de uma boceta para arrombar, mas caralho... — franziu a testa. — Ela era chata e gemia como uma gazela louca. Odeio quando fazem isso.

— Ou talvez você não a satisfez.

Ele riu e se levantou.

— Quem sabe? — foi irônico. — Mas e você? Tinha um namorado, não é?

— Não mais. — respondi. — Brandon sumiu. Talvez esteja foi morto por Andrew.

— É uma opção.

Pietro andou e se aproximou da cômoda, puxando uma das gavetas e achando a sacola preta de calcinhas novas que eles trouxeram para mim dias atrás.

— O que está fazendo aqui, Pietro? — perguntei outra vez. — Está entediado demais e quis me visitar para passar o tempo? — provoquei e levantei. — Ou você veio aqui porque quer foder comigo? — continuei. — A ideia que eu excito você te deixa com raiva?

— Sander me pediu para ficar longe do seu quarto enquanto não consigo saciar minha vontade. — falou. — Mas eu faço o que eu quiser.

— Então você quer mesmo foder comigo? — instiguei e me aproximei.

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