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𝔖𝔦𝔠𝔞𝔯𝔦𝔬

Sander pisou no acelerador enquanto Ed seguia atrás do nosso carro. Viramos a esquina até entrarmos em um caminho de chão de terra. Olhei por cima do ombro, vendo Luna ali. Logo voltei para frente e esfreguei a mão no cabelo irritado por vê-la ferida por causa daqueles filhos da puta da máfia.

Rosnei e tirei um cigarro na carteira, colocando-o nos lábios e começando a fumar. Sander também estava puto. O ataque surpresa não causou tanta desgraça, exceto o ferimento de Luna. Cerrei os dentes lembrando da cena dela caindo no chão quando foi atingida e rolando para o lado.

Porra.

Eu só queria matar todos ali.

Olhei para ela novamente, vendo-a ainda dormindo devido ao sedativo que dei antes de pegarmos a estrada. Não era um remédio para dor. Eu só queria que ela dormisse durante a viagem e descansasse sua coxa. Eu conhecia a cretina para saber que ela não ficaria quieta nem por um mísero segundo, e ainda mais por ter levado um tiro.

— Alfredo, chegaremos em cinco minutos. — Sander falou após atender a ligação.

"Certo, Caccini. A nova casa já está preparada. Tem seguranças por toda propriedade. Assim que chegar serão recebidos por mim e minha esposa."

— Tem ideia de como fomos encontrados? — perguntei. — Como descobriram a localização do seu casarão?

"É melhor conversarmos pessoalmente, senhores. Tenho uma teoria que precisamos discutir."

— Estamos a caminho.

"Estarei esperando vocês."

Sander desligou a ligação. Em nossa frente, mesmo distante, avistamos as luzes brancas de uma casa. Parecia ser de dois andares. Meu primo continuou dirigindo até passarmos pelo portão grande onde alguns seguranças já se encontravam. Após adentrarmos completamente a propriedade, o carro foi estacionado na garagem e descemos. Me apressei para abrir a porta após jogar o cigarro fora, e tirei Luna do banco.

Ela respirou fundo e se mexeu levemente, encolhendo o corpo e molhando os lábios enquanto ainda dormia.

Ela ficará uma fera quando acordar.

— Não foram seguidos. — Alfredo disse assim que abriu a porta. — Meus homens estão vigiando a área.

— É um prazer conhecê-lo, senhor Forester. — Sander disse. — Obrigado por nos abrigar em mais uma das suas casas.

— Disponha. — ele disse. — Os filhos de Tifa são meus aliados.

Alfredo era um homem de negócios. Seus trajes formais diziam isso. Terno e sapatos sociais. Penteado engomado. Porém, o seu interior era macabro. Ele comanda uma das máfias que somos aliados. Apesar de não se envolver com crianças ou mulheres, ele é um torturador diabólico. Sander poderia se igualar.

— Precisam de algo? — ele perguntou. — Um banho e comida, talvez?

— Um quarto. — eu disse. — Preciso colocá-la na cama.

O homem desceu os olhos para mulher em meus braços e percorreu o corpo dela. Assim que notou a coxa de Luna enfaixada, ele voltou para o meu rosto.

— Sorte que não mandei a nossa médica partir essa noite. — ele comentou. — Tem quartos no segundo andar. Coloque-a em um deles, e assim que ela despertar uma médica irá cuidar do ferimento. Só não demore. Quero falar com vocês dois.

Não demorei para entrar na casa e andar pelo corredor de entrada. Fui recebido por uma mulher uniformizada que me levou até o segundo andar onde entrei no primeiro quarto e coloquei Luna na cama. Escovei meu polegar na sua bochecha e me afastei, deixando-a.

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