Quando voltaram para casa foi próximo do por do sol, passaram apenas mais alguns minutos na praia e voltaram já que Miguel disse que precisaria resolver um problema que tinha surgido. Henrique não o contrariou ou protestou, mas não entendeu porque ele não havia lhe contado o que aconteceu em sua ausência.
Se separaram quando chegaram no prédio, trocando um rápido selar antes do paulista o deixar para trás com mil questionamentos.
Após o banho a primeira coisa que Miguel fez foi retornar a ligação para sua mãe, conversando com a mulher por quase uma hora tentando encontrar uma solução prática para aquela situação delicada. Doongie era o gato mais afetuoso que tinha, ele sofreu maus tratos quando morava na rua e havia criado um grande apego ao dono, tanto que a sua depressão havia piorado graças a longa viagem que Miguel estava fazendo, desencadeando outros problemas no pobre animal.
Próximo das oito da noite o paulista bateu na porta de Henrique, sendo recebido de braços abertos no apartamento arrumado.
— Estava ficando preocupado... — O baiano comentou incerto, abraçando o mais velho.
Miguel se limitou a sorrir pequeno e então retribuiu o abraço com um pouco de força, tirando o menor do chão e o carregando até o sofá.
— Você já comeu? — Henrique questionou com certa preocupação. — Eu tentei fazer panqueca...
— Não quero nem ver o resultado disso. — Miguel comentou e os dois riram. — Eu já comi, amor.
— Vai dormir comigo hoje?
— Claro que vou. — A resposta foi rápida, arrancando um sorriso do mais novo.
Antes que Henrique formulasse uma nova frase o paulista tomou os lábios macios em um beijo, mordiscando levemente a boca desenhada do baiano que o abraçou um tanto que desengonçado enquanto deitava no estofado o levando consigo.
As mãos pequenas puxavam cada vez mais o corpo do moreno, derretendo levemente por causa do beijo de língua lento.
— Será que seu celular sempre vai tocar quando estivermos nos beijando em meu sofá? — Henrique gemeu descontente, encarando os lábios vermelhos do outro. — Vai atender?
Miguel rapidamente olhou o vistor do celular que estava um pouco a cima da cabeça do menor, negando logo depois e aproximando seus lábios novamente.
— Dessa vez não é importante. — Cochichou, passando a língua devagar nos lábios molhados do menor o beijando de novo.
Não viram ou ouviram mais nada pelos próximos minutos, continuavam na mesma posição enquanto trocavam um novo beijo. Miguel riu contra a boca do baiano ao sentir as patas pequenas em suas costas, olhando por cima do ombro a cachorrinha.
— Acho que não é só você que quer minha atenção essa noite. — Comentou, erguendo levemente o corpo tendo cuidado para não derrubar a cadela. — O que foi, pequena?
Miguel se sentou no sofá com a cachorrinha nos braços, começando a brincar com ela a vendo se abrir cada vez mais para receber carinho.
— Que tal você ir fazer um lanchinho? Podemos comer assistindo alguma coisa. — Henrique pediu como quem não quer nada, sorrindo ao ver o mais velho rir.
— Você é muito folgado. — Comentou, rindo. — O que quer?
— Hambúrguer. Três, por favor.
— Qual é a forma de pagamento, senhor? — A pergunta inocente do paulista rapidamente se tornou em uma com duplo sentido devido a mudança de expressão do menor. — Raios, você é demais! — Miguel riu.
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Pelourinho [MINSUNG]
FanfictionMiguel não fazia ideia que além de encontrar lugares belos e comidas maravilhosas em Salvador, iria cruzar também com um baiano esquentadinho que iria conquistar seu coração paulista no centro histórico em um dia de domingo.