Capítulo 29

72 7 4
                                    

Eu estava sentada no sofá da cafeteria que eu costumo frequentar todas as noites. Estava com meu café predileto em minhas mãos e o meu computador à minha frente.

Vejo um comercial seu na TV, Katsuki e penso em muita coisa...

O som da chuva batendo contra as janelas era uma melodia constante, uma sinfonia de tristeza que preenchia o silêncio opressivo do quarto

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

O som da chuva batendo contra as janelas era uma melodia constante, uma sinfonia de tristeza que preenchia o silêncio opressivo do quarto.

Estava sentada na beira da cama, o olhar fixo na escuridão além da janela.

As gotas deslizavam pelo vidro como lágrimas, refletindo o turbilhão de emoções dentro de mim.

A realidade era ainda mais sombria. Imersa em meu próprio inferno pessoal, havia perdido mais do que uma medalha ou uma posição no maldito ranking

Perdi Shinju, minha irmã de alma, e todos os amigos da UA.

A lembrança da última vez que vi Uraraka, gritando desesperadamente por ajuda, "REY, ME AJUDA!", enquanto eu, consumida pela impotência e pela minha decisão, virei as costas, ainda queimava como uma ferida aberta.

O céu, que antes oferecia promessas de infinitas possibilidades, agora parecia uma vasta extensão de vazio e desespero.

Ele, que uma vez foi um símbolo de liberdade e esperança, agora era um espelho de nossas escolhas...

Nós éramos heróis, não porque conquistávamos glórias, mas porque, mesmo despedaçados, continuávamos a lutar por aqueles que ainda podiam ser salvos... É o que a porra dos malditos heróis fazem...

Olhava para as estrelas e me perguntava onde foi que tudo deu tão errado.

O brilho das constelações parecia zombar de minha dor, refletindo uma ironia cruel: os heróis que deviam salvar o mundo não puderam salvar a si mesmos...

A vida de um herói não é medida apenas pelas vitórias no campo de batalha, mas pelas batalhas travadas no íntimo do coração.

Eu e Shoto tínhamos cicatrizes profundas, invisíveis ao olho nu, mas que rasgavam nossas almas diariamente.

O peso das expectativas, o fardo das perdas e a constante lembrança de que, por mais que lutássemos, sempre haveria algo além de nosso controle, transformavam cada dia em um novo desafio.

Aprendemos a viver com a dor, a conviver com a agonia constante que pulsava em nossos peitos.

Cada respiração era um lembrete de tudo que havia sido perdido, e cada batida do coração era uma batida de luto.

E, no entanto, continuávamos.

Continuávamos porque, no fim das contas, a essência de um herói não está na ausência de dor, mas na capacidade de seguir em frente apesar dela...

As noites eram as piores. O silêncio, que deveria ser reconfortante, era ensurdecedor.

Em meio a essa escuridão, aprendi a conviver com minha própria mente que sempre tramava peças comigo mesma.

À Espera De Um Milagre... | Katsuki Bakugou | • Boku No Hero Academia Onde histórias criam vida. Descubra agora