Eu estava sentada no sofá da cafeteria que eu costumo frequentar todas as noites. Estava com meu café predileto em minhas mãos e o meu computador à minha frente.
Vejo um comercial seu na TV, Katsuki e penso em muita coisa...
O som da chuva batendo contra as janelas era uma melodia constante, uma sinfonia de tristeza que preenchia o silêncio opressivo do quarto.
Estava sentada na beira da cama, o olhar fixo na escuridão além da janela.
As gotas deslizavam pelo vidro como lágrimas, refletindo o turbilhão de emoções dentro de mim.
A realidade era ainda mais sombria. Imersa em meu próprio inferno pessoal, havia perdido mais do que uma medalha ou uma posição no maldito ranking
Perdi Shinju, minha irmã de alma, e todos os amigos da UA.
A lembrança da última vez que vi Uraraka, gritando desesperadamente por ajuda, "REY, ME AJUDA!", enquanto eu, consumida pela impotência e pela minha decisão, virei as costas, ainda queimava como uma ferida aberta.
O céu, que antes oferecia promessas de infinitas possibilidades, agora parecia uma vasta extensão de vazio e desespero.
Ele, que uma vez foi um símbolo de liberdade e esperança, agora era um espelho de nossas escolhas...
Nós éramos heróis, não porque conquistávamos glórias, mas porque, mesmo despedaçados, continuávamos a lutar por aqueles que ainda podiam ser salvos... É o que a porra dos malditos heróis fazem...
Olhava para as estrelas e me perguntava onde foi que tudo deu tão errado.
O brilho das constelações parecia zombar de minha dor, refletindo uma ironia cruel: os heróis que deviam salvar o mundo não puderam salvar a si mesmos...
A vida de um herói não é medida apenas pelas vitórias no campo de batalha, mas pelas batalhas travadas no íntimo do coração.
Eu e Shoto tínhamos cicatrizes profundas, invisíveis ao olho nu, mas que rasgavam nossas almas diariamente.
O peso das expectativas, o fardo das perdas e a constante lembrança de que, por mais que lutássemos, sempre haveria algo além de nosso controle, transformavam cada dia em um novo desafio.
Aprendemos a viver com a dor, a conviver com a agonia constante que pulsava em nossos peitos.
Cada respiração era um lembrete de tudo que havia sido perdido, e cada batida do coração era uma batida de luto.
E, no entanto, continuávamos.
Continuávamos porque, no fim das contas, a essência de um herói não está na ausência de dor, mas na capacidade de seguir em frente apesar dela...
As noites eram as piores. O silêncio, que deveria ser reconfortante, era ensurdecedor.
Em meio a essa escuridão, aprendi a conviver com minha própria mente que sempre tramava peças comigo mesma.
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À Espera De Um Milagre... | Katsuki Bakugou | • Boku No Hero Academia
Misterio / SuspensoUm indivíduo está sequestrando heróis e o mundo não sabe o que fazer... Reyten Koshi, Raven, é a segunda maior heroína do Japão e foi chamada para investigar o desaparecimento de Red Riot, que ocorreu no sul do país, e ela fará isso junto de Dynamig...