"Oh, não!! Estou no corpo daquela cria do capeta!"
Zayn já havia recebido de presente por desejar que o jovem marquês batesse o dedinho na quina da parede, uma pedra em sua cabeça vindo da estátua da deusa da luz, mas após entrarem em uma discussão...
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{Capítulo XXIV: Uma amizade não-convencional e inesperada}
As coisas estavam começando a ficarem problemáticas.
Não sei se foi as meninas que deixaram esses documentos em minha mesa de cabeceira, porém assim que acordei me deparei com eles. Os suprimentos dos nossos cavaleiros tinha sido sabotado, e foi encontrado uma grande quantidade de ervas com potencial de adoecer alguém, o que nos salvou foi a coincidência dos meus pais estarem juntos na fronteira e receberem a encomenda no lugar da pessoa designada, nosso olfato é mais sensível a ervas venenosas graças a prática de nossa família de ingeri-los até o décimo quinto aniversário.
Porém, isso significa que o movimento dos novos nobres contra nós começou a agir com a chegada do duque imperial, querem manchar nosso nome a todo custo.
Precisamos aumentar a segurança dos soldados sem criar nenhum alarde, nossa família é forte, entretanto a tecnologia armamentista de Iselin é algo fora do comum, qualquer deslize pode ser fatal ao reino. Esses nobres não pensam? Se nós estamos tendo que ser cuidadosos na defesa da fronteira, o que os faz pensar que vão conseguir?
Egos grandiosos.
Deveria aproveitar a ida de meus pais ao forte para criar alguma estratégia, o vovô deve está uma pilha de nervos com a notícia. Sequer posso ir averiguar em pessoa porque há chances de trocar de lugar com Zayn, não seria seguro para ele.
Céus, deixei acumular tanto carma assim?
— Jovem marquês — ergui o olhar e vi que tinha me encontrado com o jovem conde no corredor — Bomções, teve uma noite tranquila?
Bom... o que? Inclinei a cabeça sem entender, era algum tipo de cumprimento valeiriano?
— Oh? Hoje está com sua personalidade habitual — ele sorriu.
Parece que já conseguiram comunicar esse absurdo, espero que não resulte em mais problemas.
— Lhe desejo um ótimo dia, jovem conde — me curvei de forma leve — Espero que não tenha causado algum tipo de transtorno com minha doença.
— De forma alguma, como poderia? — ele negou um pouco agitado com as mãos — Na verdade, foi bom encontrá-lo, soube que o Marquês não estava muito bem e precisou ficar de cama, se importaria em se juntar conosco a uma xícara de chá para conversarmos?
Imagino que esteja destruindo o quarto de raiva, tia Anastásia terá muito trabalho o pondo para arrumar tudo depois.
— Será um prazer.
Na verdade, neste momento tudo o que gostaria era de virar um objeto o resto do dia, tendo até mesmo minha capacidade de pensar retirada, minha zona de conforto não foi afastada de mim, foi destruída, e agora todas as minhas forças estão sendo usadas para eu não ficar mudo.
