{Por favor, me perdoe}

46 7 27
                                    

{EXTRA I: Primeiro Dia em Morisete}

{EXTRA I: Primeiro Dia em Morisete}

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

   

— E então? — perguntei por cima de seu ombro.

— Ficaremos no mesmo quarto? — ele afastou meu rosto, enquanto me encarava com as sobrancelhas erguidas.

— Não quer? É o único da casa que não invadem.

— Como não? Perdi a conta de quantas vezes despertei com seus primos reunidos aqui — seu rosto torceu em uma careta, cruzando os braços, o que me fez soltar um leve ar pelo nariz.

— Pediu alguma vez para que saíssem? — Zayn pareceu hesitar, mas pela forma que pressionou os lábios frustrado, já sabia que tinha chegado a uma conclusão — Não costumam vir até mim, pois não reajo as suas provocações, ao contrário de um certo alguém — dei de ombros, sentindo seu olhar hostil — Não me olhe dessa forma, não estou mentindo. Por que não toma um banho para descansar? Use uma de minhas roupas enquanto não providenciamos as suas, pedirei que façam algo para comer.

    Seus ombros pareceram relaxar um pouco com a sugestão, me lançando um olhar de loslaio antes de suspirar, deixando sua irritação se esvair — Está bem, não irei recusar.

    Assim que ouvi o alarde dos guardas no portão no meio da madrugada, de alguma forma, já sabia que algo tinha ocorrido com Zayn, e ver Dariel no meio do salão principal da nossa mansão, apenas contribuiu para aumentar esse desespero.

    Aquela raposa astuta, poderia desaparecer.

    O sentimento amargo que preencheu minha boca, não poderia ser acalmado nem com os medicamentos duvidosos de tia Ana, se não houvesse chegado a tempo naquele maldito julgamento, ia ter que ouvir os agradecimentos do império por ter lhe entregado um novo reino.

    Nunca pensei que poderia sentir algo tão desagradável e angustiante, só de cogitar a possibilidade dele sumir.

— O que há com essa cara de enterro? Ninguém morreu — Ben se aproximou com uma careta no rosto, sentando-se no sofá oposto ao que estava na sala de descanso.

    A mesa no centro estava preenchida com alguns alimentos que as serventes trouxeram, tortas, bolos, chás, não sabia qual tinha sido a última vez que Zayn comeu algo, dar algo forte poderia lhe causar dores no estômago.

— Esse é meu rosto habitual — suspirei. De uma forma infeliz, ninguém morreu, adoraria ter a cabeça daquele rei em uma bandeja.

Hm? Por que estão aqui? Pensei que também tinham saído — Tony se esgueirou, vindo se sentar ao meu lado.

— Os outros saíram? — estranhei.

— Vovô voltou ao palácio com tio Willian, parece que terá que assinar uma ata para enviar ao império, seus pais estão na fronteira, meu pai teve que ficar no escritório e os outros foram conferir a fábrica — a cada pessoa que citava, contabilizava em seus dedos.

De Repente, às Avessas!Onde histórias criam vida. Descubra agora