"Oh, não!! Estou no corpo daquela cria do capeta!"
É o primeiro pensamento de Zayn após acordar não só em um corpo diferente, mas no de Theodor, o jovem marquês da família Morisete, e ouvir como o avô desse garoto berra aos quatro ventos seu desejo...
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《CAPÍTULO 37: PÔNEI MALDITO, PÔNEI MALDITO》
Eu não sei onde é que eu tava com a cabeça para aceitar ir de encontro com Theodor até Carson.
Não, na verdade eu não sei onde é que eu tô com a cabeça faz muito tempo! Isso está ficando perigoso, altamente perigoso, não tem mais como eu me fazer de besta e falar que aquele atentado não está flertando descaradamente comigo.
Pior, aquele costume da família dele, agora faz sentido suas reações. Esse imbecil literalmente me apresentou como seu pretendente.
Eu nem sei o que pensar a respeito, porque minha vida não me deu oportunidade para que eu me envolvesse romanticamente com alguém, eu tava ocupado demais tentando não morrer, sabe?? E caramba, é o Theodor!
Nunca pensei na possibilidade de gostar de garotos, e sinceramente não me importo com isso, minha reputação já tá na vala há anos, uma coisinha assim não vai surpreender ninguém.
O problema em si, é só a pessoa que está me fazendo perder o juízo, o autocontrole, o mínimo de racionalidade que eu já nem tinha! Tinha que ser o Theodor?? A própria cria do capeta, demônio Junior, que não tem o mínimo de senso comum e tem as reações mais imprevisíveis possíveis, em um momento ele pode te tratar com a maior formalidade do mundo, e no outro te dar um soco.
Esse imbecil que está vindo cavalgando em minha direção com um sorriso nos olhos, pelo menos agora eu consigo diferenciar quais tipos de tijolos ele tá usando na sua expressão.
E maldita seja minha mente por me lembrar dos beijos que demos toda vez que vejo sua cara.
Eu quero bater minha cabeça na árvore, mas se eu fizer isso vou assustar meu cavalo.
— Não esperava que trouxesse um arco — falou assim que desceu, segurando a corda do seu cavalo (que quem diria, era preto) para amarrá-lo.
— Tinha que sair com algo para autodefesa.
— Com um arco??
— Cala a boca.
Tirei a bolsa lateral de couro que estava levando e estendi para que pegasse.
— São só documentos? — ele inclinou a cabeça enquanto olhava a bolsa, provavelmente pensando que seria um tamanho exagerado.
— Não, tem objetos também. Elise tem uma mania estranha de passar mensagens codificadas nessas coisas — era estranho, mas não podia negar que era inteligente. Quem imaginaria que o prato que você ganhou de presente estaria lhe dando uma ordem para cometer um crime?
— Um método peculiar, mas bastante funcional, eu diria — é, eu acabei de pensar isso.
Theo passou a alça da bolsa pela sua cabeça e a ajeitou de uma forma que não caísse e não atrapalhasse a bainha de sua espada. E por algum motivo agora estou me sentindo culpado por estragar o look dele com uma bolsa de última categoria.