Perdas

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Eunyu

[45 minutos antes do incidente no Motel Spring Light] 

Observava a rua, aquelas pessoas perambulando sem nenhuma vida em seu olhar, talvez em seu corpo também, meus pais estão assim? Será que essas pessoas estão vivas? 
- Eunyu. - Jinyoung chama. Ignoro. - Eu sei que você está me ouvindo. Estou preocupado. - Ele diz e segura em minha mão. 
- Eu não quero falar. - Respondo sem desviar a atenção dos doentes do lado de fora. 
- ⁠Não precisa falar, grita, quebra algo, me bate, mas põe pra fora. - Insiste. 
Viro bruscamente e acerto um tapa forte em seu rosto, no momento que sinto a palma da minha mão arder, me arrependo do que fiz. Ele me encara sério por alguns segundos, me inclino e junto nossos lábios em um beijo, insiro a língua de imediato em sua boca, explorando cada canto com fome e desejo. Jinyoung põe as mãos em minha cintura, segurando com firmeza e ergue meu quadril para cima, sentando-me em seu colo. Mordo o seu lábio, puxando sem delicadeza enquanto abria apressada os botões de sua camisa. Afasto os nossos lábios e passo as mãos pelo o seu abdômen e ombros, subo a mão direita até a sua nuca, entrelaçando os dedos nos fios de seu cabelo, puxo os fios forçando que incline sua cabeça para trás, distribuo beijos pelo o seu pescoço, alterando entre mordidas. As mãos dele deslizam por de baixo de minha blusa, apertando suas mãos firmes em minhas costas, descendo até a baía da minha blusa e erguendo para cima, retirando a peça. Passo a língua entre os lábios e retomo ao beijo, intenso e quente, sentia cada parte do meu corpo fervendo e ansiando pelo o seu toque. Desço as mãos pelo os seus braços definidos e abro o zíper de sua calça, apoio os joelhos no banco, um de cada lado para que ele retire a sua calça. Seguro em seu queixo e ergo seu rosto, mordendo o seu lábio com força que corta suavemente. Me posiciono em pé na sua frente e abro o zíper do meu sutiã, arfo ao sentir suas mãos firmes apertando com força os meus seios. Retiro a minha calça e antes que pudesse fazer o mesmo com a minha calcinha, Jinyoung segura em meu quadril puxando meu corpo para si, logo segurando na minha calcinha e puxa o tecido, rasgando a peça íntima. Ele estava tão apressado quanto eu, ele havia retirado sua cueca sem eu notar, sento em seu colo novamente, apoio um joelho de cada lado. Seguro em sua nuca com uma mão e a outra em seu membro ereto, posicionado em minha entrada, sento devagar penetrando, aperto os fios de seu cabelo como reação. Aproximo o meu rosto do dele e começo a rebolar devagar, sentindo seu membro pulsar em meu interior, apoio a testa em seu ombro e dou um gemido. Jinyoung segura com uma mão em minha cintura e a outra em minha coxa, apertando enquanto ajudava com os movimentos, impulsionando mais o quadril para trás e para frente, sentindo seu membro em movimentos de vai e vem tão prazerosos. Deito a cabeça para trás e sinto seus lábios em meu seio esquerdo, lambendo ao redor do bico, mordiscando me causando arrepios. Fecho os olhos começando a gemer mais alto até escutar batidas desesperadas na janela ao nosso lado, o grupo inteiro estava parado nos observando. Fico paralisada com todos nos assistindo, levanto apressada e pego o casaco do Jinyoung que estava no banco ao lado, visto rapidamente e corro até a porta do ônibus, aperto no botão de trava e faço novamente para fechar após todos entrarem no veículos a salvos. Sinto meu rosto corar com todos aqueles olharem em nós dois por nos flagrarem. Caminho envergonhada para trás do ônibus, ignorando os comentários, sento no último banco e visto minha roupa novamente. Jinyoung sentado ao meu lado parecia tão envergonhado quanto eu, afinal, sua irmã mais nova presenciou tudo. Eu queria cavar um buraco e me enterrar dentro. 
- Eunyu. - Escuto minha irmã Areum me chamar, ela estava sentada no banco da frente. - Usou camisinha?. - Ela pergunta baixinho me fazendo corar ainda mais. Consigo ouvir o idiota rindo ao meu lado. 
Resmungo e cruzo os braços, escorando no banco da frente, apoio a cabeça no meu antebraço escondendo meu rosto, não queria que ninguém me notasse por agora. Forço tanto as pálpebras para mantê-las fechadas que aos poucos adormeço. Acordo com um freio brusco, meu corpo é empurrado para frente, mas sinto os braços de Jinyoung envolverem minha cintura e puxando meu corpo para si antes que batesse com a testa no banco da frente. Sem tempo para processar o ocorrido, o vidro da janela ao meu lado é atingido com uma pancada, logo os demais vidros são quebrados por pessoas do lado de fora acertando com bastões de beisebol. As mulheres começam a gritar e Jinyoung levanta rapidamente até a sua irmã que parecia assustada, ele a abraça.
- TODOS PARA TRÁS!. – Grita Euntak. 
Levanto do banco quando noto que Areum parecia tentar ajudar Krystal no banco da frente enquanto os loucos subiam no ônibus. Resmungo e caminho até ela, dando espaço para a sua paciente seguir para a traseira do veículo, estico a mão para a minha irmã mas um dos loucos segura no braço dela e a ergue ficando com a postura ereta. 
- Vocês tem uma médica?. – Pergunta um segundo do grupo se aproximando. 
- Eles tinham. – Responde o primeiro enquanto os seus amigos começavam a zombar rindo.
Areum pela a primeira vez muda a sua expressão para uma séria e puxa o seu braço para si, ajeitando o seu jaleco.
- Sua vadia. – Resmunga o primeiro e ergue a sua mão, Euntak segura o pulso dele.
O arrogante saliva de raiva e se aproxima, com uma agilidade bem impressionante, o "amigo" de minha irmã passa o seu braço ao redor do tronco dela, trazendo ela para trás de si, empurrando ela para mim. Seguro na mão de Areum e a puxo comigo.
- Euntak. – Ela chama assustada. 
Ele não escuta e segura pela a gola da camiseta do invasor, Jongin se aproxima do irmão, tocando em seu peito e o puxando para trás. Estávamos em desvantagem, nossas armas estavam no bagageiro enquanto os estranhos cada um havia um bastão em suas mãos. Passos apressados começam a se aproximar do ônibus, acompanhados de grunhidos.
- Vocês vão servir para algo por agora. – Diz o aparente líder deles saindo do ônibus.
Caminhamos atrás mas ele estava parado no lado de fora e solta um fósforo acesso ao chão que percorre uma trilha de gasolina ao redor do ônibus, mantendo a gente preso entre as chamas. Woo Tak rapidamente começa a agir, sua habilidade é atravessar e apagar chamas. Ele pisa em um banco da fileira do meio, abrindo a alavanca da escotilha do teto, ele segura no alçapão e ergue seu corpo para fora, subindo do lado de fora do teto do ônibus. 
- Venham!. – Ele chama. 
Guio o grupo em direção ao corredor do meio, subimos os menores primeiro, Jieun, Soobin, Jennie, Areum, Krystal e eu, do lado de fora em cima do teto, ajudo SeungHo, Jongin, Euntak e por último Jinyoung que começa a tossir bastante pelo a quantidade de fumaça crescente. Ele parecia estar mais fraco.
- Segura nos meus pés. – Digo para Woo Tak.
Sem tempo, empurro meu corpo para dentro do alçapão, obrigando a todos me segurarem rapidamente. Seguro nos braços de Jinyoung com toda a força que pude enquanto eles me puxam para cima, apertava cada vez mais em seus braços com medo de perdê-lo. Em cima do teto, me sento e ajudo a puxar ele, posicionando ele sentado no meio das minhas pernas, abraço o seu corpo por trás. Areum se aproxima e segura em seu queixo, fazendo testes se ele está consciente. 
- Se não tivéssemos ainda no fogo, iria dizer para por ele na posição lateral, mas aparente ele está respirando bem. – Areum explica e assenti agradecendo.
- Tem doentes se aproximando.. – Avisa Jieun. 
- O carro deles. – Euntak diz e aponta para uma camionete com pneus furados ao lado do ônibus. – Podemos pular até ela pra evitar impactos maiores de queda para descermos, as árvores vão nos ajudar a despistar eles e a casa não está longe. – Sugere.
- E quem vai distrair eles?. – Pergunto encarando os doentes cada vez mais próximos. 
- Vocês tem sido gentis comigo.. mas eu perdi todos com quem me importava, vocês tem algo ou alguém por quem continuar, eu não tenho. – Krystal começa a falar enquanto estava em pé na traseira do ônibus, encarando a estrada. – Cuidem de seus entes, eles são tudo que temos. – Ela diz e se joga do ônibus. 
Euntak corre para tentar alcançar ela e minha irmã grita assustada, conseguimos ouvir o som de seu corpo batendo contra o chão, ela usou o seu corpo como distração para os doentes para nos dar uma chance. Levanto e ajudo o Jinyoung a fazer o mesmo, seguro na mão dele e corro ao seu lado pegando impulso e pulo para o teto da camionete, ajudo ele a levantar e descemos do veículo. 
- Ela se sacrificou por nós, não vamos fazer ser em vão. – Afirmo. 
Um após o outro começou a saltar em duplas enquanto os doentes que se aproximavam se alimentavam do corpo de Krystal. Apoio o braço de Jinyoung por cima do meu ombro e corremos todos em direção as árvores, estava começando a escurecer e seria mais fácil de passarmos despercebidos. Corremos pela a nossa vida e pela a vida de nossa colega que se sacrificou, Jennie nos guiou entre as árvores até encontrarmos o cercado de telhas do nosso pai, seguimos até a entrada quase sem forças. Minha irmã caminha até o esconderijo que o grande pesquisador havia feito para a chave reserva, uma pequena cova de trinta centímetros em frente ao portão, ela cava e recolhe a chave, destranca o cadeado e os meninos ajudam a arrastar o portão antigo de ferro. Adentramos e logo trancamos novamente, felizmente o local estava intacto, meu pai poderia ser diversas coisas, mas sua inteligência é louvável. 
- Não precisa me carregar até lá dentro, você também está cansada. – Jinyoung diz. – Eu estou bem, não se preocupe. – Conclui. 
- Tsc.. Deixa de ser idiota ou eu mesma irei te acertar. – Repreendo. 
O idiota parecia se divertir com a minha preocupação. Minha irmã abre a porta da casa e adentramos o imóvel, Areum rapidamente segue até o cômodo ao lado da porta e pega as velas, acedendo e colocando dentro dos lampiões de cada cômodo, iluminando o ambiente, sempre me impressiono com a beleza da iluminação dessa casa à noite, era como ter vagalumes espalhados por cada cômodo. Caminho até o meu quarto ainda carregando minha "bagagem" enquanto os demais fazem as repartições dos outros quartos, abro a porta e o coloco na minha cama. 
- De um jeito estranho, é meigo de sua parte esse cuidado diferente. – Ele elogia. – Não me de outro tapa agora. – Brinca. 
- Faz muito tempo que não venho aqui. – Comento e sento ao seu lado na cama.
Observo ao redor das paredes de madeira, a luminária antiga com vela, no topo da cama no lugar da cabeceira, o roupeiro de madeira rústico, o tapete de tapeçaria em tons de madeira com azul marinho, o jogo de cama em tons de cinza, estava tudo exatamente igual na última vez que estive aqui. 
- Mas ele ainda parece ser o seu quarto. – Ele diz. 
- Eu tenho algo perfeito para você. – Começo e sorrio travessa.
Levanto e caminho até o roupeiro, abro a porta o mínimo possível e pego duas peças de roupa, uma calça de moletom e uma regata em tons de verde. Entrego para ele vestir, começo a rir pela a imagem em minha imaginação, mas fico sem reação quando ele começa a tirar sua roupa na minha frente. 
- Eunyu, queria saber se o Jinyoung está se sentindo.. – Areum entra no quarto e trava quando o vê só de cueca. – Bem.. – Ela conclui corada. – Estou vendo que ele está melhor, é.. Boa noite!. – Ela diz fechando a porta, mas logo abre de novo. – Use camisinha!. – Conclui agora realmente saindo. 
Bato com a mão na testa e o encaro séria, o idiota estava deitado na cama gargalhando alto da minha vergonha e dos cuidados preventivos da minha irmã mais velha médica. Pego a almofada e arremesso no rosto dele, mas, é uma bela visão dele vestindo apenas uma cueca deitado na minha cama, seu corpo é bastante definido, nada exagerado mas no ponto ideal. 
- Eu vou me trocar. – Falo e pego do roupeiro meu binding blouse e shorts. Ele parecia estar parado esperando que eu tirasse a roupa na frente dele. – Cobre os olhos!. – Mando. 
Entre resmungos, ele usa as suas mãos para cobrir os seus olhos enquanto retiro a minha roupa e visto binding blouse e shorts um pouco apressada antes que ele tivesse a ideia uma travessa de abrir os olhos antes de estar vestida. 
- Pode abrir. – Aviso e deito na cama ao seu lado, por sorte, sempre tive cama king. – Não vai vestir o seu?. – Pergunto tentando não olhar para o seu corpo escultural.
- Não gosta da visão?. – Provocou.
Reviro os olhos e puxo a coberta dos nossos pés, esticando ela e nos cobrindo, ante que sentisse a coberta cair sobre nós, Jinyoung se posiciona por cima de mim, fazendo meu coração acelerar com a proximidade. 
- Você quer apanhar?. – Resmungo tentando esconder o frio na minha barriga.
- Quero terminar o que começamos no ônibus. – Conclui.

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